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sábado, 28 de julho de 2012

Nossa galáxia ‘tem bilhões de Terras’



Podem existir cem bilhões de planetas parecidos com a Terra na nossa galáxia, de acordo com dados apresentados em uma conferência científica nos EUA. Para Alan Boss, um palestrante do evento, que é do Instituto Científico de Carnegie, muitos desses mundos poderiam ser habitados por formas de vida simples.
Até agora, telescópios conseguiram detectar mais de 300 planetas fora do nosso Sistema Solar. No entanto, poucos poderiam abrigar formas de vida. A maioria é parecida com Júpiter, uma gigantesca bola de gás, e muitos estão tão próximos de suas estrelas-mães (o “Sol” desses planetas, no caso) que as formas de vida precisariam ter a capacidade de sobreviver a temperaturas altíssimas.
Mas, com uma estimativa baseada no número reduzido de planetas que descobrimos até o momento, pode-se estimar que cada estrela-mãe tem, dependendo de si, pelo menos uma Terra. Um simples cálculo mostra, então, que teria um número astronômico (com o perdão do trocadilho) de planetas capazes de abrigar vida.
“Esses planetas não são apenas habitáveis. Eles provavelmente já estarão habitados” afirmou Boss. “Acho que eles estarão povoados de criaturas que se desenvolveram na Terra há uns três ou quatro bilhões de anos. Bactérias” explica o professor.
Boss acha que o projeto Kepler, da Nasa, que será lançado em março, começará a encontrar esses planetas nos próximos anos.
Um trabalho recente, da Universidade de Edimburgo, propunha quantificar quantas civilizações extraterrestres inteligentes poderiam existir. A pesquisa sugeriu que poderia haver milhares delas espalhadas pelo cosmos

Crosta estelar é 10 bilhões de vezes mais forte do que aço



Cientistas descobriram que a crosta de estrelas de nêutrons é 10 bilhões de vezes mais resistente do que aço ou qualquer outro metal encontrado na Terra.
As estrelas de nêutrons são enormes, giram 700 vezes por segundo e sua força gravitacional é enorme. São estrelas normais que sofreram colapso, depois que seus centros pararam de realizar fusões nucleares e não produziram mais energia.
As únicas coisas mais densas do que estrelas de nêutrons são buracos negros – e estima-se que uma colher de chá do material de uma estrela de nêutrons pesaria cerca de 100 milhões de toneladas. Uma colher de chá um tanto pesada.
Os cientistas pretendem entender a estrutura de estrelas de nêutron porque suas irregularidades (ou montanhas) podem irradiar ondas gravitacionais e, sendo assim, criar fendas no tempo-espaço.
Tudo isso ocorre por causa da pressão. O espaço é formado de vazios, a distância normal entre átomos é enorme – no entanto as estrelas de nêutrons compactam todo esse material, apresentando uma densidade enorme e uma resistência maior ainda.
De acordo com simulações, a crosta dessas estrelas poderia suportar até 10 bilhões de vezes a pressão que o aço suporta.

Gráfico da NASA mostra 1.235 prováveis planetas alienígenas



O gráfico é uma nova representação da missão Kepler da NASA. Foi ideia do cientista Jason Rowe, que o criou em uma tentativa de ilustrar de forma clara e concisa os resultados da missão de caça a planetas até agora.
Para desenhar a ilustração, ele criou um programa de software de plotagem científica, produzindo imagens devidamente dimensionadas.
A figura mostra todos os “candidatos” a planetas (a confirmação só virá por meio de observações de acompanhamento), cruzando suas estrelas-mãe. Isso fornece escala, e mostra a estratégia de Kepler para detectar os planetas: a nave identifica potenciais mundos alienígenas medindo a diminuição de brilho de uma estrela quando um corpo planetário transita por ela.
Desde março de 2009, a missão Kepler procura planetas girando em torno de outras estrelas. Para isso, a nave espacial observa continuamente um único pedaço do céu, destacando pequenas mudanças na quantidade de luz que vem de todas as estrelas que vê.
Astrônomos usam outros telescópios para acompanhar os resultados de Kepler, a fim de confirmar ou não se as estrelas de fato hospedam exoplanetas.
No gráfico, as estrelas-mãe dos potenciais planetas são organizadas por tamanho, com as maiores na parte superior esquerda do diagrama e as menores na parte inferior direita. Para referência, o nosso próprio sol é mostrado sozinho, logo abaixo da linha superior. Tanto Júpiter quanto a Terra são representados transitando o sol na ilustração.
Até hoje, a missão Kepler descobriu 1.235 possíveis planetas, 54 desses situados na chamada “zona Cachinhos Dourados”, ou seja, uma zona habitável que fica a distância exata de sua estrela para que possa existir água líquida na superfície de um planeta.
Como a NASA se deparou com resultados tão fartos, os astrônomos estimam que a Via Láctea pode conter até 50 bilhões de planetas alienígenas, 2 bilhões desses provavelmente do tamanho da Terra

Existência do Boson de Higgs é CONFIRMADA [partícula de Deus]



É um marco histórico, mas é apenas o começo.
Uma coletiva de imprensa realizada no CERN (Organização Européia de Pesquisas Nucleares) em Genebra, Suíça, anunciou hoje (quarta), a descoberta de uma das partículas elementares para a formação de tudo o que existe: o Boson de Higgs.
“Nós observamos em nossos dados sinais claros de uma nova partícula.” Disse a porta-voz do ATLAS Fabiola Gianotti.
Peter Higgs, que propôs a partícula teórica décadas atrás e deu nome a mesma, estava presente durante o evento e foi recebido com muitos aplausos pelo auditório cheio de jornalistas, cientistas e entusiastas da Física de Partículas.
Por muitos anos as demais partículas do modelo padrão da física tem sido testadas e confirmadas com menos de 1% de incerteza.
Os novos resultados, anunciados na coletiva, são preliminares, mas que os especialistas entendem ser bem sólidos. O equipamento do LHC esteve funcionando com todos seus componentes próximos de 100% de eficiência e possui grande sensibilidade para detectar a nova partícula.
Foram inúmeros dados coletados e analisados em 2011 e 2012. No ano passado já haviam indicações da existência da partícula segundo dados do LHC, mas eram resultados muitos imprecisos. Neste ano a resolução do aparelho foi aumentada significativamente e apenas nas últimas duas semanas os sinais definitivos foram detectados.
Na demonstração da coletiva muitos dados técnicos foram apresentados. O que pareciam flutuações anteriormente passaram a ser observações significativas e consistentes.
Este pico vermelho no gráfico confirma a existência do sinal do Bóson de Higgs, segundo Joe
As descobertas estão em conformidade com as previsões teóricas sobre as partículas subatômicas do modelo padrão agora com a inclusão do Higgs.
“Tudo está muito consistente … mas ainda é muito cedo.” Afirmou o cientista que anunciou a descoberta. São 95% de precisão. “Ainda estamos um pouco fora.” Durante as próximas semanas e meses as descobertas serão mais afinadas, segundo ele.
A massa medida é de 125.3 +- 0.6 GeV. São medições precisas das propriedades do Boson de Higgs. Finalmente nós observamos o novo Boson com massa de 125.3 GeV com 4.9 sigma de significância.
Observamos uma partícula compatível com o Boson de Higgs. O Higgs é responsável pelas partículas terem massa, ou seja, a capacidade de se agruparem para formarem matéria. Sejamos gratos aos cientistas que descobriram mais uma parte misteriosa da natureza sem a qual nada do que conhecemos hoje existiria, nem sequer nós mesmos.

‘Assustadora ação à distância’ é diretamente observada



Para Einstein, nada poderia viajar mais rápido do que a luz. Ele considerava eventos do tipo impossíveis, e o batizou de “assustadora ação à distância”, o até então teórico efeito Kondo. No entanto, parece que o gênio não esperava que a física quântica mudasse isso.
No Japão, um grupo de pesquisadores pode ter mudado um dos paradoxos mais clássicos da mecânica quântica e realmente observou a ocorrência de uma “assustadora ação à distância” que pode ocorrer 10 mil vezes mais rápida do que a velocidade da luz.
A mecânica quântica é uma área vanguardista da física, na qual a ciência e a filosofia, muitas vezes, se fundem para formar seus conceitos (e dúvidas).
O Paradoxo de Hardy prega que, ao observar um evento, o próprio ato da observação altera o resultado final do que estamos assistindo. Isso é aplicado, especialmente, em estruturas subatômicas. E aí vem o problema: como observar essas estruturas minúsculas se, o próprio ato de a observarmos, estará alterando sua natureza?
Cientistas da Faculdade de Engenharia e Ciência de Osaka declararam terem observado a ocorrência desses eventos a partir de um par de fótons.
Em uma publicação, os pesquisadores explicam como usaram uma técnica de medição, que tem um impacto imperceptível na ocorrência do experimento, que permite que todos os resultados prováveis para o evento sejam compilados.
O experimento foi baseado no próprio Lucien Hardy, que deu o nome ao paradoxo, e em suas técnicas. Eles seguiram o caminho de dois fótons, usando interferômetros (instrumentos que podem ser usados para interferir em cada um dos fótons, mas simultaneamente). Essa experiência é conhecida por produzir resultados contraditórios, que não condizem com nossa concepção de mundo clássica.
Usando o par de fótons e seu sistema de medição fraco, sem interferência, os japoneses estão a um passo mais próximos de entender, de verdade, a realidade quântica.
“Nós acreditamos que esse tipo de demonstração será útil para a meteorologia quântica e para a tecnologia de informação quântica, não só para nossas teorias físicas” afirmam os cientistas

A evolução é observada em ação



Enquanto passeava com sua família pelo sul da Escócia, o pesquisador Mario Vallejo-Marin fez uma descoberta inesperada: uma espécie de flor surgida recentemente e que pode nos ajudar a compreender melhor a evolução das plantas, fenômeno poucas vezes presenciado na história humana.
Mimulus peregrines (“andarilha”, em latim) surgiu a partir do cruzamento de duas espécies vindas do continente americano (uma dos Estados Unidos e outra da região dos Andes) e, diferentemente da maioria dos híbridos, é capaz de se reproduzir.
“Ela nos dá a oportunidade de estudar como ocorre a formação de uma nova espécie”, explica Vallejo-Marin. Ele calcula que a flor tenha surgido no máximo há 140 anos – o que faz dela um “recém-nascido” perto da maior parte das espécies, que surgiu há milhares de anos.
O caso da Mimulus peregrines pode mostrar como um híbrido é capaz de se tornar fértil e, assim, ajudar a entender a evolução de plantas similares, como trigo, tabaco e algodão (que passaram pelo processo há muito, muito tempo).

Cientistas planejam usar nuvem artificial para bloquear o sol



Uma ideia curiosa para reduzir o aquecimento global se tornou alvo de polêmicas nos Estados Unidos e na Europa: uma nuvem artificial de partículas de sulfatos, capazes de refletir luz solar e, assim, reduzir a temperatura do planeta.
O projeto é um exemplo de geoengenharia (ciência que estuda como combater mudanças climáticas com base em intervenções físicas, químicas e biológicas) e, segundo seus autores, pode ser uma alternativa acessível para desacelerar o aquecimento global.
Para testar a viabilidade da “nuvem artificial”, eles pretendem fazer um teste em microescala, usando um balão para liberar dezenas ou centenas de quilogramas de partículas em uma área da camada de ozônio, partindo da cidade de Fort Summer, Novo México (EUA), a uma altitude de aproximadamente 25 kilômetros.
Apesar do otimismo da dupla de engenheiros, ambientalistas temem que intervenções desse tipo tenham consequências drásticas se forem feitas em larga escala, como danos à camada de ozônio e alterações no regime de chuvas em várias regiões. Outra preocupação é a de que, se a ideia se tornar uma alternativa contra o aquecimento global, os esforços para reduzir emissões de carbono fiquem em segundo plano.
A previsão é de que o experimento comece dentro de um ano

Descoberta de nova ligação atômica que pode revolucionar a computação quântica



Todos nós aprendemos na escola que existem dois tipos de ligações químicas: a ligação iônica, na qual dois átomos com desequilíbrio elétrico são mantidos juntos por foças de Coulomb, e a ligação covalente, na qual átomos compartilham um elétron de sua última camada.
Isso pode mudar. Usando programas de computador para simular o comportamento da molécula de hidrogênio (H2) em um campo magnético forte, Kai Lange, Trygve Helgaker e alguns colegas da Universidade de Oslo, na Noruega, descobriram uma terceira ligação química, que só aconteceria em campos magnéticos muito fortes, do tipo que, na natureza, só poderiam ser encontrados em estrelas anãs brancas, magnetares e estrelas de nêutrons.
A equipe do prof. Lange examinou como o estado de energia mais baixo de uma molécula de hidrogênio era distorcido por um campo magnético. A molécula, com formato de um haltere, orienta-se em paralelo à direção do campo magnético, e a ligação se torna mais curta e mais estável. Quando um dos elétrons recebe um fóton de energia e vai para outro nível, o que normalmente iria romper a ligação, a molécula simplesmente gira de forma a ficar perpendicular ao campo e permanecer unida, formando a “ligação paramagnética perpendicular”.
Efeito semelhante provavelmente deve ocorrer com átomos de hélio, que normalmente não formam ligação nenhuma. Segundo o professor Helgaker, os átomos são mantidos unidos pela forma que seus elétrons dançam em torno das linhas de campo magnético. Dependendo da sua geometria, a molécula iria girar de forma a permitir que os elétrons girem em torno da direção do campo magnético.
Por enquanto esta nova ligação não pode ser testada em laboratório, já que se trata de um campo magnético de 105 Tesla, 10.000 vezes mais fortes que qualquer campo magnético artificial já feito na Terra. Só para comparar, o campo magnético terrestre tem intensidade média de 40×10-6 Tesla (40 micro Tesla), um humilde ímã de geladeira tem 5×10-3 Tesla (5 mili Tesla), e o Grande Colisor de Hádrons tem bobinas capazes de gerar campos magnéticos com pouco mais de 8 Tesla. Em laboratórios que estudam o campo magnético, já se conseguiu campos de 30 a 40 Tesla. Além disso, um campo magnético com tanta intensidade iria destruir a máquina. Ou seja, a máquina para criar o campo magnético deixaria de ser uma máquina.
Mas se não dá para fazer um campo magnético tão forte, existe uma outra alternativa para testar a teoria em laboratório: usar átomos de Rydberg, átomos altamente excitados que podem ser do tamanho de um ponto da letra “i”. Como o tamanho da ligação entre estes átomos é muito grande, a interação de Coulomb é muito menor, e eles talvez possam ser usados para testar a hipótese. E, se estes átomos de Rydberg forem utilizados para guardar informação em um computador quântico, por exemplo, um campo magnético poderia ser utilizado para controlar a força da ligação entre eles.
Só que os pesquisadores também não têm certeza se esta ligação existe na natureza. Os campos magnéticos de anãs brancas, por exemplo, poderiam abrigar este tipo de ligação, mas isso não é conclusivo. Uma das maneiras de descobrir isto é usar modelos de física quântica para determinar como o espectro luminoso emitido por átomos envolvidos neste tipo de ligação seria modificado, e procurar por esta assinatura espectral na luz destas estrelas

Conheça o novo traje espacial da Nasa


Já faz um tempo que a agência espacial americana, a Nasa, teve que reconfigurar seu programa por causa de cortes no orçamento. Os ônibus espaciais (shuttles) foram aposentados, e agora é a Rússia quem está comandando as viagens para a Estação Espacial Internacional.
Ainda assim, os avanços não podem parar. Mesmo sem ter um próximo destino definido – um asteroide, Marte e a lua estão as opções de viagens tripuladas – os astronautas precisam de uma roupa nova.
E a tarefa de descobrir o que eles terão que levar nas malas ficou com os engenheiros da agência. “É como se você estivesse tentando sair de férias sem saber se você está indo para a Antártica, Miami, ou Londres”, brinca Amy Ross, engenheira espacial no Centro Espacial Johnson.
O que você faz, então? Leva um casaco bem quente, um biquíni e um guarda-chuva. É mais ou menos o que a Nasa está tentando fazer com o protótipo Z-1, um traje espacial sendo testado atualmente em uma câmara de vácuo, projetado para ter o máximo de versatilidade possível.
Ele serve para explorar superfícies estranhas, flutuar fora de uma estação espacial, e até mesmo superar a radiação do espaço profundo. Segundo Amy, é como colocar o máximo de ferramentas possível em uma caixa de ferramentas: a ideia é ter flexibilidade para enfrentar qualquer tipo de cenário.
Veja o novo traje espacial, e conheça suas características mais marcantes:


1 – “Porta traseira”

O traje tem uma espécie de “porta traseira”, que é por onde os astronautas vão “entrar” na roupa. Essa porta se encaixa na nave espacial, o que permite que eles se vistam de dentro da nave para sair para alguma atividade extraveicular. Também, quando usado em baixa ou nenhuma atmosfera, essa porta conserva mais ar do que outros fechos de bloqueio de ar convencionais.

2 – Mobilidade

Quando alguém pensa em traje espacial, aposto que logo imagina um troço branco e fofo meio desajeitado em que as pessoas andam como se não tivessem mobilidade alguma. Não é o caso de Z-1, que tem “rolamentos” na cintura, quadris, coxas e tornozelos, para permitir que um astronauta tenha a maior mobilidade possível, essencial para coletar amostras de solo e rocha em terrenos difíceis, por exemplo.

3 – Material

O traje que você vê é uma cobertura exterior provisória, que esconde um outro material: uma camada de náilon revestida de uretano que retém ar, e uma camada de poliéster que permite que o traje se mantenha na sua forma.
Ser astronauta parece divertido para quem não é um, mas a verdade é que esses trajes espaciais, por mais que pareçam engraçados, precisam ter diversas características para garantir a segurança dos que o estão usando.

Em quantos anos o Universo acabará?



Felizmente, nós já conseguimos sobreviver a vários hipotéticos fins do mundo, inclusive a teoria do fim do mundo prevista pelo calendário maia (bom, melhor não falar isso tão cedo, afinal 2012 ainda não acabou. Pra ajudar, Nostradamus, famoso profeta francês popular por suas previsões certeiras, também disse que não passaríamos de 2012).
Mas não adianta ter a falsa ideia de imortalidade, porque, como um dos grandes físicos e cosmólogos de todos os tempos já disse, o universo teve um começo (Big Bang), então também terá um fim. Só pra constar, esse cara é Stephen Hawking. E não só ele, mas muitos outros cientistas, apesar de não poderem dizer exatamente como o Universo vai terminar, acreditam que um Universo infinito é impossível, porque as leis da física não o permitem.
Como será seu fim, então? Tirando da jogada teorias religiosas, filosóficas e outras (poderíamos, por exemplo, destruir toda a Terra com uma guerra nuclear), o que a ciência tem a dizer?
De uns anos para cá, descobrimos que o Universo está se expandindo (e essa expansão está acelerada). Porém, não só esse, mas vários outros fenômenos do Universo fogem da nossa compreensão, porque cada vez mais nós percebemos que não conhecemos nem o que conhecemos. Por exemplo, as misteriosas energia escura e matéria escura parecem formar a maioria do Universo, entre 90 e 95% dele, enquanto a matéria, que é o que conhecemos, é só o “resto”.
Pode ser que, daqui a trilhões de anos, o universo esteja tão expandido que a matéria e a energia vão estar tão rarefeitas que vão deixar de existir.
Mas não parece que sequer vamos chegar a tanto. Outra teoria, proposta por um grupo do Instituto de Física Teórica da
Academia Chinesa de Ciências, diz que a energia escura pode acabar com o Universo da mesma forma que o Big Bang e a inflação o iniciou. Usando cálculos que nem me atrevo a mencionar aqui, os cientistas chegaram, com um nível de confiança de 95,4%, a conclusão de que o Big Fim acontecerá em 16,7 bilhões de anos. Espera! “16,7 bilhões, ou milhões?”, pensa você. Bilhões, confirmo eu. “Ufa!”, o leitor respira aliviado.
Bom, na verdade esse tempo tem tudo pra ser menor ainda. Isso porque temos um problema chamado Sol. Ele também é finito. E nenhum cientista sugere que ele vai durar tanto quanto 16,7 bilhões de anos. Algumas estimativas apontam que a vida do Sol vai acabar em seis bilhões de anos. Mas, apesar de já termos observado outras mortes estrelares (“supernovas”), não podemos ter certeza absoluta de quanto tempo nossa estrela tem.
Pior notícia do que essa, só a de que um outro modelo do Universo mostra que há uma chance de 50% de que o tempo acabe nos próximos 3,7 bilhões de anos – sim, o tempo mesmo, as horas, minutos e segundos.
Para finalizar o mais pessimista possível, é bem provável que nós tenhamos ainda menos tempo que isso, pelo jeito que cuidamos da nossa casa, a mãe Terra. Se as pessoas não se importam nem o suficiente para não jogar um papel no chão ou andar um quarteirão a pé e não de carro, quem dirá os governos dos países em preservar o meio-ambiente, e, numa dessa, o aquecimento global, defendido por inúmeras teses e com resultados que podem ser comprovados, pode assolar o planeta com vários males; com o aumento da temperatura, a qualidade do ar é prejudicada, os alimentos se tornam escassos e as terras podem se tornar desertas. Sem comida e suscetíveis a diversas doenças, essa morte lenta e dolorosa parece a pior de todos os cenários possíveis

Problemas técnicos prejudicam operações da NASA em Marte



Para investigar a existência de água e outros elementos vitais em Marte, a NASA enviou uma sonda espacial batizada como Curiosity (“Curiosidade”, em inglês). O pouso, programado para o próximo dia 6 de agosto, não vai poder ser devidamente monitorado por causa de problemas técnicos em um dos satélites usados na operação.
No último mês, o satélite apresentou falhas no sistema de navegação e, embora elas tenham sido corrigidas, foram o suficiente para tirá-lo da órbita inicial. Outros dois equipamentos vão apoiar a missão, mas não poderão mandar dados em tempo real para os cientistas.
O pouso é relativamente curto (deve durar cerca de 7 minutos), mas complexo: a atmosfera de Marte é considerada “imprevisível”, e os mecanismos de pouso precisam estar muito bem calibrados para evitar danos à sonda. Não é por acaso que os cientistas da NASA chamam a aterrisagem em Marte de “7 minutos de terror”.
A missão deve durar dois anos e tem como objetivo avaliar se a Cratera Gale, uma das regiões mais profundas da superfície do planeta, tem (ou teve algum dia) condições propícias para o surgimento de vida

O que são galáxias ultraluminosas?



Observadas pela primeira vez na década de 1980, as galáxias ultraluminosas infravermelhas (ULIRGs, na sigla em inglês) são, como o nome sugere, o tipo mais luminoso de galáxia conhecido.
Tais estruturas despertam a curiosidade dos astrônomos até hoje. Como se formaram, afinal? Duas hipóteses foram criadas pouco depois da descoberta: a primeira, de 1988, sugere que essas galáxias seriam uma fase evolutiva de quasares (corpos astronômicos de alta energia, muito maiores que estrelas, mas menores do que galáxias); a segunda, de 1998, propõe que são fruto da fusão de várias galáxias.
Observações mais recentes reforçam esta última hipótese. Usando equipamentos específicos, astrônomos analisaram a galáxia ultraluminosa Arp 220 e encontraram um par de “caudas” (formadas por estrelas e gases interestelares) com 50 mil anos-luz de comprimento. Estudando as propriedades luminosas dessa estrutura, eles concluíram que Arp 220 é resultado da fusão de pelo menos quatro outras galáxias, o que pode se aplicar a outros exemplares de galáxias ultraluminosas

Anel de matéria escura é encontrado em grupo de galáxias



Você provavelmente já sabia que o universo não é só feito de matéria, como nós, mas também de matéria escura, uma misteriosa substância que não pode ser vista, mas que os cientistas sabem que existe porque pode ser detectada através de sua atração gravitacional.
Os cientistas estimam que a matéria escura componha cerca de 83% da massa de nosso universo, o que é muito mais do que a matéria e, consequentemente, figura um grande mistério para nós.
Recentemente, pesquisadores do Observatório da Universidade de Munique, na Alemanha, detectaram uma gigantesca cadeia de matéria escura entre dois superaglomerados de galáxias – Abell 222 e Abell 223.
Os astrônomos há um bom tempo imaginavam que o espaço entre as galáxias era composto por matéria escura e fria, mas ela nunca havia sido detectada diretamente. Nas observações dos pesquisadores, ela aparece justaposta com a distribuição de matéria comum, o que permite uma comparação sem precedentes entre as duas fontes de gravidade.
A matéria escura pode ser detectada porque a forte gravidade do filamento que une os dois aglomerados de galáxias, a 2,7 bilhões de anos-luz de distância da Terra, funciona como uma lente para a luz que vem de galáxias mais distantes em direção ao nosso planeta.

Mais provas por aí

A imagem acima, feita pelo telescópio espacial Hubble, da NASA, mostra um “anel fantasmagórico” de matéria escura do aglomerado de galáxias Cl 0024 +17, localizado na constelação de Peixes, ou Pisces.
A estrutura em forma de anel evidente no mapa azul de distribuição do aglomerado de matéria escura é considerada uma das provas da existência de matéria escura.
O mapa está sobreposto a uma imagem do aglomerado Cl 0024 +17. As listras azuis perto do centro da imagem são as imagens borradas de galáxias muito distantes, que não fazem parte do aglomerado. As galáxias distantes parecem distorcidas porque a luz está sendo “dobrada” e “ampliada” pela poderosa gravidade do Cl 0024 +17, um efeito chamado efeito de lente gravitacional.
Por conta disso, o anel é um dos mais fortes elementos que evidenciam a existência de matéria escura até esse momento, permitindo que os astrônomos investiguem a distribuição de matéria escura no espaço

Estrela recém-nascida tem “batimentos” registrados em raio-X



A estrela “recém nascida” chama-se V1647 Orionis, e não é de fato uma estrela, mas uma “protoestrela” – ela não tem temperatura e densidade suficientes para produzir luz e energia por nucleossíntese estelar, o processo que transforma hidrogênio em hélio, e habita uma nebulosa, a Nebulosa de McNeil, a cerca de 1.300 anos-luz de distância do Sol.
A nebulosa chamou a atenção de astrônomos e astrofísicos em 2004, quando a atividade de V1647 aumentou e iluminou a mesma. Durante dois anos, a protoestrela esteve ativa e então acalmou-se, voltando à ativa em 2008. Desde então, tem se mantido brilhante.
A observação de V1647 começou pouco depois que ela começou a brilhar em 2004, e tem prosseguido até hoje. Desta observação, os astrônomos descobriram que ela tem 5 vezes o tamanho do nosso Sol, dá uma volta por dia, e tem um milhão de anos, talvez bem menos.
Além disso, ela tem dois jatos de raio-X que são alimentados pela nuvem de gás e poeira que a rodeia. São estes os “batimentos” que os cientistas tem observado usando telescópios de raio-X, as rotações indicando que, pelo tamanho dela, a protoestrela está no tamanho máximo para girar com esta velocidade e não se romper pelas forças centrífugas.
Durante os próximos milhões de anos, a estrela será alimentada por gás e poeira até poder gerar sua própria energia, como nosso Sol. O processo de formação acaba, e ela se torna uma estrela. Os astrônomos continuarão a vigiá-la, para descobrir o que puderem sobre seu berço de gás e poeira

Telescópio captura “momentos finais” de uma estrela



Esse “olho” que o leitor vê na imagem acima é, na verdade, um retrato dos momentos finais de uma estrela distante, registrado pelo Telescópio Hubble. Localizada a 1.500 anos-luz da Terra, a U Cam faz parte da constelação Camelopardalis (“girafa”, em latim) e está no fim da sua vida. Em outras palavras, ela tem “apenas” alguns milhares de anos pela frente (o que, comparado com sua idade, não é quase nada).
U Cam é uma estrela de carbono, um tipo raro cuja atmosfera contém mais carbono do que oxigênio. Nos últimos milhares de anos, uma vez ou outra a estrela expeliu uma nuvem de gás, devido à instabilidade de seu núcleo. Normalmente, por estar tão distante, U Cam mal é vista mesmo pelo poderoso Telescópio Hubble. Desta vez, porém, foi possível registrar um momento em que ocorreu a expulsão de gás, quando seu núcleo se torna mais brilhante

sábado, 14 de julho de 2012

Higgs mostra como a matemática pode prever coisas no mundo real



Durante 40 anos, o bóson de Higgs não passou de uma letra nas equações dos físicos. Ele era usado para completar o modelo padrão de partículas, sendo responsável pela “quebra de simetria eletrofraca”, a separação da força eletromagnética, que é mediada pelos fótons, e a força nuclear fraca, que é conhecida pelo seu papel na radioatividade, logo nos primeiros momentos do Big Bang.

A matemática previu

Matematicamente, o bóson de Higgs é uma consequência das equações que descrevem um campo de força, o campo de Higgs, um campo que exerce sua influência no universo invisível. Sem o campo de Higgs, as partículas podem viajar pelo espaço sem resistência alguma, e as mudanças de velocidade acontecem sem inércia – por que não existe massa.
No início do universo, a temperatura altíssima do Big Bang não permitia que o campo de Higgs se formasse. Com o resfriamento do universo a uma temperatura apropriada, logo depois do tempo de Planck, o momento mais remoto do Big Bang, o campo de Higgs pode se organizar.
A partir daquele momento, as partículas passaram a sofrer uma mudança em seus movimentos. Os transmissores da parte fraca da força eletrofraca, duas partículas W (uma positiva e outra negativa) e a partícula neutra Z passaram a sentir a força Higgs de forma dramática. Para o fóton nada mudou, mas para os W e Z, voar passou a ser como nadar no melado.
Outras partículas que também sentiram a influência do campo de Higgs, mas de forma diferente, foram os quarks, que também passaram a ter massa. E com isto puderam se reunir em prótons e nêutros, e ser orbitados por elétrons. A influência do campo de Higgs permite a existência de átomos, de reações químicas e de estruturas complexas.
Pelo menos era isto o que os físicos diziam para si mesmos. Era algo tão matematicamente perfeito que alguns acreditavam que a natureza deveria seguir o script. Mas as dúvidas incomodavam muitos que conheciam história. Uma substância imponderável que preenche todo o espaço, e responsável por todos os fenômenos físicos? Será que existia mesmo?

A experiência confirmou

Mas desta vez veio o sucesso. Os cientistas construíram uma máquina que colide prótons a 99,999999% da velocidade da luz, o suficiente para sacudir alguns bósons de Higgs. Os bósons têm vida muito curta, mas quando se desfazem, deixam um rastro de partículas que é a assinatura do seu decaimento. Os cientistas registraram esta assinatura nos detectores e com isto deduzem que alguns bósons decaíram.
Mas o sucesso dos cientistas tem um outro significado profundo: valida o empreendimento científico como uma forma de conhecer a natureza. De alguma forma, alguns humanos rabiscando em papéis descobriram um dos mais profundos segredos da natureza usando apenas a cabeça (e talvez lápis e papel), coisa que mais tarde uma máquina de vários bilhões de dólares que cria temperaturas de um milhão de bilhão de graus iria confirmar.
Durante os anos em que o bóson de Higgs era um símbolo matemático hipotético nas equações dos físicos, a sua existência era quase como um artigo de fé científica. Sem ele, haveria alguma coisa desesperadamente errada com toda a estrutura da compreensão científica do universo. Felizmente, a história termina bem, o bóson foi encontrado, o que é, segundo o físico Brian greene, “um enorme triunfo para os métodos mátemáticos que fazem predições de coisas no mundo real”.
Mas esta história é só um capítulo, e nem é o último capítulo no livro da natureza. Os cientistas ainda precisam descobrir mais partículas para explicar mistérios como a abundância da matéria escura no espaço e como a gravidade se encaixa nas forças da natureza.

Telescópio captura “momentos finais” de uma estrela



Esse “olho” que o leitor vê na imagem acima é, na verdade, um retrato dos momentos finais de uma estrela distante, registrado pelo Telescópio Hubble. Localizada a 1.500 anos-luz da Terra, a U Cam faz parte da constelação Camelopardalis (“girafa”, em latim) e está no fim da sua vida. Em outras palavras, ela tem “apenas” alguns milhares de anos pela frente (o que, comparado com sua idade, não é quase nada).
U Cam é uma estrela de carbono, um tipo raro cuja atmosfera contém mais carbono do que oxigênio. Nos últimos milhares de anos, uma vez ou outra a estrela expeliu uma nuvem de gás, devido à instabilidade de seu núcleo. Normalmente, por estar tão distante, U Cam mal é vista mesmo pelo poderoso Telescópio Hubble. Desta vez, porém, foi possível registrar um momento em que ocorreu a expulsão de gás, quando seu núcleo se torna mais brilhante

Peter Higgs não tem ideia para que serve seu bóson



Diante de tanta comoção com a descoberta da Partícula de Deus, muita gente deve ter se perguntado para que, afinal, ela serve (além, é claro, de completar o Modelo Padrão da Física). Questionado sobre aplicações práticas, o próprio Peter Higgs, autor da teoria por trás da partícula, confessou que “não faz ideia”.Em entrevista recente, divulgada pelo The TelegraphUK, ele explicou que a partícula só aparece por um tempo ínfimo (“um milionésimo de milionésimo (…) de milionésimo de segundo”) e que “já é difícil usar partículas com tempo de vida maior”.Por outro lado, seu colega Alan Walker, da Escola de Física e Astronomia da Universidade de Edinburgh (Escócia), lembra que houve uma incerteza semelhante logo após a descoberta do elétron. Em outras palavras, ainda é cedo para pensar em aplicações práticas para o célebre Bóson de Higgs, cuja existência havia sido proposta há quase 50 anos

Explosão solar detona telecomunicações na Europa



Nesta semana, uma rajada de partículas emitidas pelo sol causou interferência em transmissões de rádio por toda a Europa.
Rajadas como essa, chamadas de “ejeções de massa coronal” (EMCs), são resultado de fortes distorções no campo magnético do sol. Além de conter bilhões de toneladas de gases, raios-X e radiação ultravioleta, elas chegam à absurda temperatura de 100 milhões de graus Celsius. A ejeção que causou interferência na Europa sequer estava vindo direto para a Terra, o que nos dá uma ideia do poder desse fenômeno.
Vez ou outra, nosso planeta (ou, melhor, seu campo magnético) é atingido por EMCs menores, e o resultado são intensos flashes de luz. Às vezes, contudo, uma EMC pode causar tempestades magnéticas, interferindo em satélites e redes de energia. Em 1989, seis milhões de moradores do Quebec (Canadá) ficaram sem eletricidade por causa de uma ejeção.
Sabe-se que as atividades solares ocorrem em ciclos de 11 anos – e o pico do ciclo atual está previsto para 2013. Em outras palavras, mais fenômenos violentos estão a caminho.
Além das EMCs, fortes alterações no campo magnético do sol também causam as chamadas “manchas solares”. “Nos próximos dois anos, estamos esperando que o número de manchas solares visíveis chegue ao máximo”, relata o pesquisador Matthew Penn, do Observatório Solar Nacional dos Estados Unidos. “Elas são capazes de causar as maiores e mais danosas tempestades espaciais”, completa.
Parece que o campo magnético da Terra vai ter bastante trabalho para nos proteger ano que vem


Uma galáxia vista de perfil



Poucas coisas são tão impressionantes quanto fotos do espaço tiradas por potentes telescópios.
A que você vê acima é da galáxia NGC 4565, mais conhecida como Galáxia Agulha. A bela imagem mostra o núcleo central da galáxia, “cortado” por uma gigantesta nuvem de poeira espacial.
Essa foto, embora tenha sido tirada recentemente, é, na verdade, um registro de tempos remotos: a Galáxia Agulha está localizada a nada menos do que 40 milhões de anos-luz da Terra


sábado, 7 de julho de 2012

Mistério : A realidade da reencarnação



Será que, em cada um de nós, habita uma alma que já viveu outras vidas, em diferentes tempos da história? É uma idéia fascinante, e inúmeras pessoas acreditam nela – até mesmo o Dalai Lama (ele acredita ser a décima quarta reencarnação de um mestre budista).
Como você pode imaginar, provar cientificamente que uma pessoa já viveu antes não é uma tarefa muito fácil. Boas evidências podem ser fatos que uma pessoa sabe sobre a sua possível encarnação passada que ninguém mais saberia. Melhor ainda seria ter uma informação que ajuda a resolver desaparecimentos. Por exemplo, se sua encarnação passada fosse a da princesa russa Anastácia e se você soubesse qual foi o destino que encontrou na outra vida, o mistério estaria resolvido.
Mas, mesmo que várias pessoas acreditem em reencarnação, pouquíssimas afirmam se recordar de um fato de sua vida passada. Normalmente, essas memórias surgem quando se usa uma técnica controversa (e bastante desacreditada) chamada “regressão hipnótica”. Pelo menos é como se deu o caso “mais famoso” deste tipo.
Virginia Tighe, do Colorado (EUA), em 1952, passou por uma sessão de hipnose amadora. Sob hipnose, ela adquiriu um sotaque irlandês e relatou sua vida como Bridey Murphy, uma mulher que viveu na Irlanda, em Cork. Ela relatou fatos como seu casamento, seu nascimento em 20 de dezembro de 1789 e sua morte em 1864.
Tighe nunca fora à Irlanda – e contou detalhes que lhe seriam desconhecidos sobre o lugar e sobre os costumes do povo, que só lhe seriam conhecidos se ela realmente tivesse vivido naquela época. Até aí a história parece convincente. Mas logo ela começa a desmoronar.
O fenômeno “Bridey Murphy” se tornou um sucesso mundial e até mesmo foram escritos bestsellers sobre o assunto.
Jornalistas, então, descobriram que não havia registros de ninguém chamado Bridey Murphy nascido naquela região e nas datas fornecidas por Tighe. Mais tarde foi descoberto que, embora nunca tenha conhecido a Irlanda, Virginia teve contato seguido durante a infância com uma pessoa desta nacionalidade.
Poucas pessoas pensam que Tighe causou todo esse escândalo sobre sua “vida passada” de má-fé. Acredita-se que ela foi realmente hipnotizada, mas, ao invés de relatar sua vida passada, seu subconsciente misturou algumas histórias e criou, baseado em memórias de infância, a vida de Bridey Murphy.
Décadas de estudos psicológicos mostraram que pessoas sob hipnose conseguem criar histórias extremamente detalhadas e convincentes – mesmo que tratem de experiências que nunca vivenciaram. E as pessoas podem até mesmo acreditar nessas visões, com a ajuda de psicólogos mal-informados.
O mesmo processo psicológico explica testemunhas oculares de abduções alienígenas.
Os cientistas ainda apontam outras falhas na história de reencarnações. Se nossa alma nasce várias vezes, o número de pessoas no planeta não iria crescer. Por volta de 1800 havia apenas 1 bilhão de pessoas no mundo. Agora estima-se que estejamos perto dos 7 bilhões. De onde as novas 6 bilhões de almas surgiram nos últimos 200 anos? Será que nossos ancestrais tinham seis almas adicionais dentro deles?
Outra questão é: por que há tantas pessoas no mundo que dizem serem as reencarnações de pessoas famosas? Afinal, nos dias de hoje, há várias Cleópatras, Joanas D´Arc e muitos Napoleões e, com certeza, mais de um Jesus .

3 mil cometas negros podem destruir a Terra, afirmam astrônomos



Dois astrônomos britânicos afirmam que a Terra está exposta a um perigo invisível: 3 mil cometas que seriam praticamente invisíveis estão arriscando a existência do nosso planeta.
Esses cometas escuros quase não refletem luz, porque não possuem gelo ao seu redor, logo seriam difíceis de serem identificados. São constituídos, apenas, de uma massa orgânica escura. Especula-se que existam 3 mil deles por aí, mas apenas 25 foram detectados.
Um exemplo do que pode acontecer ocorreu um 1983, quando um cometa chamado IRAS-Araki-Alkock, com apenas 1% da sua superfície capaz de refletir a luz solar, pasou a cinco milhões de quilômetros da Terra – o “quase encontro” mais próximo em 200 anos.

Cientistas afirmam que o sol “rouba” os cometas de outras estrelas



Segundo uma nova pesquisa, o sol pode ser um ladrão cósmico que rouba a maioria de seus cometas de outras estrelas.
As novas simulações de computador sugerem que bilhões de cometas que cruzam o sistema solar (a maioria deles) se originaram longe da nossa “vizinhança”, mas acabaram agarrados e atraídos pela gravidade do nosso sol mais tarde.
Esse cenário vai contra o modelo de longa data da evolução dos cometas, que afirma que a maioria dos cometas locais vem de uma mesma região, onde o sol e os planetas se formaram. Essa região, conhecida como a Nuvem de Oort, circunda o sistema solar e se estende muito além de Plutão.
Segundo os pesquisadores, no entanto, o modelo padrão não consegue explicar ou chegar ao número de cometas que realmente existem. Cometas são pequenos corpos gelados que se inflamam conforme se aproximam do sol, e a radiação solar vaporiza seu gelo para criar uma cauda brilhante.
A distância da Nuvem de Oort da Terra faz com que seja difícil de observar, muito menos fixar, o número exato de cometas que contém. A quantidade de cometas que existem lá é inferida a partir da observação dos cometas que se acendem ao passar perto do sol.
Mas, com base nesses dados, parece haver em torno de 400.000 milhões de cometas pairando além de Plutão. Em comparação, o modelo convencional prevê apenas 6.000 milhões. Isso é uma enorme discrepância, demasiado grande para ser explicada por erros nas estimativas. Segundo os pesquisadores, só pode haver algo de errado com o modelo em si.
O novo modelo diz que os cometas são resíduos da formação planetária do nosso próprio sistema solar e que nossos planetas, gravitacionalmente, os “chutaram” a enormes distâncias, povoando a Nuvem. Esse processo provavelmente ocorreu também em torno de outras estrelas, e cada uma deu origem à sua própria nuvem de detritos de cometa.
Mas as estrelas podem não ter “segurado” suas nuvens de cometas iniciais. Como muitas outras estrelas, o sol nasceu de um agrupamento de estrelas que se desintegrou ao longo do tempo. Esses aglomerados, normalmente contendo entre dez e mil estrelas atoladas em um espaço minúsculo, têm um raio médio não muito diferente da atual Nuvem de Oort. A proximidade das estrelas dentro desses grupos poderia ter permitido que elas “roubassem” os cometas incipientes das outras.
Segundo os cientistas, uma estrela não precisa ser a maior para ser a ladra mais bem-sucedida. Se um cometa passou longe o suficiente da sua estrela-mãe e perto o suficiente do sol, por exemplo, a gravidade do sol poderia prendê-lo mesmo que a estrela fosse significativamente mais maciça.
Os pesquisadores lembram que as órbitas dos cometas de longo período parecem apoiar a conclusão do novo modelo. Suas órbitas altamente oblongas os levam para longe nas profundezas do espaço. Então, eles não poderiam ter nascido em órbita ao redor do sol, eles tiveram que se formar perto de outras estrelas e, em seguida, serem “sequestrados” por aqui.
Os cometas são geralmente considerados excelentes fotos dos primórdios do sistema solar, porque passam grande parte de suas vidas envoltos em gelo. Mas, se alguns desses cometas vêm de fora do nosso sistema solar, então eles podem falar algo sobre suas estrelas-mãe também.
Os pesquisadores querem estudar as órbitas dos cometas e colocar a sua química no contexto de onde e em torno de quais estrelas eles se formaram.