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sábado, 25 de outubro de 2014

Exoplanetas em WASP-94 A e B: Júpiteres quentes primos em um sistema binário

Um Júpiter quente orbitando sua estrela mãe (Ilustração: ESA/C Carreau)



O consórcio WASP (Wide Angle Search for Planets) apresentou uma descoberta interessante: dois exoplanetas da classe Júpiter, cada um orbitando sua estrela mãe em um sistema estelar binário. Ambos os exoplanetas são “Júpiteres quentes”, uma categoria de corpos bastante suscetíveis de serem descobertos tanto através do método de trânsito com também pela técnica de velocidade radial. O consórcio WASP utiliza dois observatórios robóticos, um em La Palma (Ilhas Canarias) e o outro na África do Sul. O programa WASP tem um consistente acervo de descobertas, tendo encontrado mais de 100 exoplanetas desde 2006. Os exoplanetas encontrados orbitando as estrelas WASP-94A e WASP-94B, como todos os candidatos do WASP, foram confirmados pela técnica de velocidade radial através da colaboração com o Observatório de Genebra. Ambas as estrelas do sistema binário WASP 94 residem a 600 anos luz na direção da constelação do Microscópio (Microscopium). Neste caso especifico, o time do WASP-Sul (África do Sul) observou obscurecimentos na luz emanada pela estrela WASP-94A, uma marca da possível presença de um Júpiter-quente. A descoberta do segundo exoplaneta em WASP-94B ocorreu logo após quando a equipe de Genebra trabalhava na confirmação o primeiro exoplaneta. Marion Neveu-VanMalle (Genebra), autora líder do artigo científico exclamou:


Nós observamos a outra estrela [do par binário] por acidente e então encontramos um exoplaneta por lá, também!

Essa descoberta é importante por causa do nosso sistema vizinho mais próximo, o par binário Alfa Centauri A e B, onde têm sido largamente caçados possíveis exoplanetas na zona de habitação, orbitando cada uma dessas estrelas, as quais ficam relativamente próximas entre si. No entanto, WASP-94A e WASP-94B representam um cenário diferente, pois a separação entre estas estrelas é da ordem de 2.700 UAs (unidades astronômicas, a distância entre a Terra e o Sol).

O artigo explora três outros sistemas binários com pares de exoplanetas:
HD20782/HD20781 é parecido com WASP 94 em termos de distância entre suas estrelas pares. HD20782 hospeda um exoplaneta tipo Júpiter e HD20781 contém dois exoplanetas similares a Netuno.
Kepler-132 é um Sistema interessante que abriga 3 super-terras, com uma separação angular pequena demais para que saibamos qual das duas estrelas estes exoplanetas estão orbitando. Cientistas estimam que os dois exoplanetas de menor períodos não podem orbitar a mesma estrela.
Finalmente o Sistema XO-2, também um binário com grande separação entre suas estrelas, hospeda um Júpiter quente enquanto a outra estrela abriga dois gigantes gasosos, um tipo Júpiter e outro com a massa de Saturno.
Podemos aprender coisas interessantes sobre a formação de Júpiteres quentes ao analisar WASP-94. Exoplanetas deste tipo deveriam se formar bem longe da sua estrela mãe para permitir que os gelos se agreguem na zona de neve. Depois de algum tempo estes exoplanetas são forçados, talvez por interações com outra estrela ou exoplaneta a se aproximar da estrela mãe. O artigo descreve:

A descoberta de dois Júpiteres quentes, um em volta de cada estrela, sugere que o mesmo processo de formação se deu e as condições favoráveis similares provocaram a migração destes exoplanetas.  
As interações entre duas estrelas em um par binário são problemáticas dada a grande distância entre elas, mas tal pode ajudar-nos a testar nossas teorias:
Mesmo que neste estágio ainda não possamos provar nada, há teorias dinâmicas recentes relevantes para este sistema. Moeckel & Veras (2012) descreveram interações nas quais um planeta orbitando um componente de um par binário pode ‘pular’ de uma estrela para outra. Se ambos os planetas gigantes se formaram em volta da mesma estrela, a interação planeta x planeta poderia ter ocorrido. Tal poderia ter empurrado um dos planetas para próximo de sua estrela e ejetado o segundo. Assim, o segundo planeta pode ter sido capturado pela estrela companheira. Como ainda não sabemos a excentricidade do Sistema estelar, podemos considerar o mecanismo descrito por Li et al. (2014), no qual um Sistema coplanar pode acarretar em excentricidades muito altas para o planeta.

Nós também podemos considerar o Sistema WASP-94 valioso em outros campos de estudo. Como a maioria dos planetas detectados pelo programa WASP, estes dois exoplanetas orbitam duas estrelas (WASP-94A e WASP-94B ) que são relativamente brilhantes. Em contraste, a maioria das estrelas de Kepler são tênues. O artigo da Keele University “Keele astronomers find ‘cousin’ planets around twin stars” cita a sugestão de  Coel Hellier  sobre a possibilidade de estudos atmosféricos através da espectroscopia, onde a atmosfera do exoplaneta em trânsito pode ser analisada enquanto se move para dentro e para fora do disco estelar durante o trânsito em frente a estrela hospedeira. O artigo assinado por Neveu-VanMalle et al., intitulado “WASP-94 A and B planets: hot-Jupiter cousins in a twin-star system” foi publicado em Astronomy & Astrophysics.

Como se denomina o espaço ocupado pela matéria? E sua medida?




O espaço ocupado pela matéria chama-se volume. Suas medidas são em litros (L), geralmente utilizado para líquidos, ou metros cúbicos (m³), geralmente utilizado para sólidos. Para os gases, as duas medidas são normalmente utilizadas. Algumas vezes também se utiliza o m³ para medidas de volume de líquidos.

Composição do Universo




O Universo é composto por mais de 150 bilhões de galáxias, cada uma dessas galáxias possuem mais de 400 bilhões de
estrelas(algumas possuem até mais, ou menos estrelas, pois nem todas são como à Via Láctea). 

Todos os elementos fundamentais à vida são compostos nessas estrelas. Cabe a você acreditar, se estamos sozinhos ou não neste perigoso e ao mesmo tempo maravilhoso Universo.

Evidências Científicas




Uma evidência é tudo aquilo que pode ser usado para corroborar que uma determinada afirmação é verdadeira ou falsa.

Uma evidência científica é o conjunto de elementos utilizados para suportar a confirmação ou a negação de uma determinada teoria ou hipótese científica. Para que haja uma evidência científica é necessário que exista uma pesquisa realizada dentro de preceitos científicos - e essa pesquisa deve ser passível de repetição por outros cientistas em locais diferentes daquele onde foi realizada originalmente.

Na imagem: A evidência que somos uma poeira de pó suspensa num vasto Universo.

AR 2192: Um Gigante no Sol




Enquanto você (com segurança!) observava o progresso do eclipse solar parcial de ontem (a partir da América do Norte), você provavelm...ente também avistou um grupo gigante de manchas solares. 

Capturada nesta imagem telescópica notável em 22 de outubro, a complexa AR 2192 é uma vasta região solar ativa bonita de se ver, comparável em tamanho ao diâmetro de Júpiter.

Melotte 15 no Coração



Nuvens cósmicas criam formas fantásticas nas regiões centrais da nebulosa de emissão IC 1805. 

As nuvens são esculpidas por ventos estelares e pela radiação de estrelas massivas e quentes no aglomerado de estrelas recém-nascido da nebulosa, chamado Melotte 15. 

Com cerca de 1,5 milhões de idade, as estrelas do conjunto estão à direita neste colorido quadro, juntamente com nuvens de poeira escura em silhueta contra o gás atômico brilhante.

Universo em escala




O universo é tão grande quanto cheio de possibilidades. Mesmo assim há pessoas que se apegam à dogmas e crenças para dar certezas a respeito do que é a vida e o universo e até mesmo sobre o futuro da terra. Há quem diga que alguma coisa não existe ou que não é possível, mas depois de ver o universo em escala você entenderá o quanto qualquer opinião se torna muito irrelevante frente à imensidão do universo.

Simulador de universo para você rodar no seu PC


O SpaceEngine é um programa para Windows, desenvolvido por Vladimir Romanyuk, que faz uma simulação completa do universo - com planetas, naves espaciais e galáxias - e permite explorá-lo em três dimensões.

Grupo de Manchas Solares AR 2192 em Crepitação



Um dos maiores grupos de manchas solares nos últimos anos está agora cruzando o Sol. Chamada de Active Region 2192 (Região Ativa 2192), ela já lançou uma poderosa erupção solar e tem o potencial para produzir mais.


Antigas estrelas indicam evolução da Via Láctea


O Hubble identificou estrela no halo da galáxia que provavelmente é mais velha que aglomerados estelares 

A equipe de VandenBerg usou o Hubble para determinar que uma das estrelas do halo, chamada HD 140283, fica a aproximadamente 190 anos-luz da Terra. A distância revelou quanta luz a estrela emite. Modelos de evolução estelar indicam que a estrela deveria atingir essa luminosidade aos 14,3 bilhões de anos. Isso é um pouco mais que os 13,8 bilhões de anos do Universo, mas a idade estelar tem uma margem de incerteza de 0,8 bilhão de anos, assim não existe conflito.
A estrela é muito mais velha que um aglomerado globular com a mesma composição química. “Eu acredito que exista uma diferença real de idade”, declara VandenBerg. O aglomerado, chamado de M92, fica na constelação de Hércules e tem cerca de 12,5 bilhões de anos – 1,5 bilhão de anos a menos que a estrela. Tanto o aglomerado quanto a estrela têm a mesma baixa quantidade de ferro, cerca de 1/250 a do Sol.
No princípio, explica ele, a galáxia provavelmente não conseguia produzir grandes aglomerados, mas apenas estrelas individuais e pequenos grupos estelares.

Estrelas se formam quando nuvens de gás colapsam. Mas uma nuvem deve estar fria para colapsar; na Via Láctea moderna, átomos de carbono e oxigênio irradiam calor, deixando nuvens com temperaturas gélidas. Mas a galáxia primitiva tinha pouco carbono ou oxigênio. Como resultado disso, explica Gilmore, algo tão grandioso quanto um aglomerado globular só poderia surgir após supernovas terem lançado esses dois elementos cruciais ao espaço.

Assim, os primeiros objetos que se formaram na Via Láctea foram estrelas individuais.





Vendo na escuridão

Kandinsky_Geology1

A Cratera Kandinsky está localizada perto do polo norte de Mercúrio e mostra evidências de que ela abriga gelo de água. O assoalho da Cratera Kandinsky está permanentemente na sombra e nunca recebe diretamente a luz do Sol, mantendo-a numa temperatura muito baixa. Contudo, usando a luz do Sol que é dispersada pelas paredes da cratera e o filtro limpo de banda larga da câmera WAC, o instrumento MDIS foi capaz de capturar essa imagem que revela os detalhes da superfície escondida nas sombras. A imagem de banda larga da câmera WAC é mostrada do lado esquerdo, delimitada em amarelo e sobreposta sobre o mosaico polar também obtido pelo instrumento MDIS.

A visão na direita mostra a mesma imagem mas com o brilho e com o contraste estourado para mostrar os detalhes do assoalho da cratera que fica na sombra permanente. Essa imagem foi adquirida como parte da campanha do instrumento MDIS que tem como objetivo imagear as regiões que ficam permanentemente nas sombras nas crateras polares congeladas de Mercúrio. Imageando esses locais com o filtro limpo de banda larga do MDIS, que tem uma largura de banda de 600 nanômetros e que é usado para calibrar imagens das estrelas, tem o potencial de revelar detalhes das superfície escondidas nas sombras que são fracamente iluminadas pela luz do Sol dispersada. Uma variedade de tempos de exposição e de condições de imageamento são empregados para maximizar a oportunidade para resolver as feições superficiais das áreas permanentemente escondidas nas sombras.

Colonizadores de Marte devem morrer no 68º dia, diz estudo

Científicos urgen a enviar seres humanos a Marte «sin billete de vuelta»


Os corajosos pioneiros dispostos a embarcar em uma missão a Marte, prevista pela empresa holandesa Mars One, começarão a morrer no 68º dia de missão, alerta um rigoroso estudo científico divulgado nesta terça-feira. Cinco estudantes de aeronáutica do prestigioso Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês) chegaram a esta conclusão, após ter analisado os dados científicos disponíveis sobre a missão, que a empresa pretende transformar em um 'reality show'. Segundo o informe de 35 páginas, que analisa com gráficos e fórmulas matemáticas recursos como oxigênio, nutrientes e tecnologias disponíveis para o projeto, a morte do primeiro pioneiro "ocorrerá aproximadamente aos 68 dias demissão, por asfixia.  As plantas, que teoricamente devem alimentar os colonos, produzirão oxigênio demais e a tecnologia para equilibrar a atmosfera "ainda não foi desenvolvida", afirmam os autores do estudo.

Além disso, os colonos dependerão do envio de peças de reposição em umamissão que poderá custar US$ 4,5 bilhões, uma cifra que, segundo os autoresdo informe, aumentará com o envio de outros equipamentos. O Mars One é um projeto lançado pelo co-fundador da companhia, o holandês Bas Lansdorp (PDG), que pretende enviar em 2024 a primeira tripulação dequatro voluntários para colonizar Marte sem retorno à Terra, após uma viagemde sete meses. Lansdorp rechaçou as cifras do estudo na revista Popular Science, alegando que se baseou em dados incompletos. Mais de 200.000 pessoas de 140 países se apresentaram voluntariamente para participar do projeto, que gerou muito ceticismo, mas também o apoio decientistas como o ganhador do prêmio Nobel de Física em 1999, Gerard't Hooft. 

Higgsogênese: novo modelo sobre o início do universo

Higgsogênese

Recentemente, em função de um artigo publicado na revista “Physical Review Letters”, houve notícias sobre um novo modelo cosmológico conhecido como higgsogênese. O termo refere-se à primeira aparição das partículas de Higgs no início do universo, assim como a bariogênese se refere ao aparecimento de bárions (prótons e nêutrons) nos primeiros momentos após o Big Bang. Enquanto a bariogênese é um processo bem compreendido, a higgsogênese ainda é muito hipotética.
A Higgsogênese

Experimentalmente, nós temos observado o bóson de Higgs com uma massa cerca de 125 vezes maior do que a do próton. Atualmente, as evidências apontam para uma única partícula de Higgs, mas ainda são necessárias mais experiências para definir algumas de suas propriedades exatas. Isto dá uma excelente abertura a teóricos. Depois de termos demonstrado a existência da partícula e conhecermos algumas das suas propriedades básicas, ainda precisamos definir outras, por isso, os teóricos podem brincar com diferentes alternativas para ver como elas afetam a cosmologia. Neste artigo em particular, propõe-se que o Higgs tem uma antipartícula que se chama anti-Higgs. Partículas comuns como prótons e elétrons têm suas antipartículas (o antipróton e o pósitron).

Em partículas comuns, a matéria e a antimatéria aparecem em quantidades iguais. Este é realmente um grande mistério na cosmologia, porque vivemos em um universo dominado pela matéria. Não temos certeza de como essa assimetria entre matéria e antimatéria se apresentava no início do universo. Para resolver este mistério, os autores propõem uma assimetria entre o Higgs e o anti-Higgs. Esta quebra de simetria, então, daria lugar à dominância da matéria em nosso universo atual. Eles também propõem que, conforme o universo esfriou, as partículas de Higgs poderiam ter decaído em partículas de matéria escura, dando origem à matéria escura no universo.

Se esta última ideia for verdadeira, então o Higgs deve se deteriorar de maneira a indicar uma interação da matéria escura. A teoria é interessante, mas é muito especulativa. Desde que o bóson de Higgs ganhou o prêmio Nobel no ano passado, vimos uma enxurrada de artigos na imprensa popular sobre várias teorias “revolucionárias” que o ligam à cosmologia primitiva. Todas elas ainda são especulativas e permanecerão assim por um bom tempo. No momento, temos que explorar um monte de ideias para ver o que funciona e o que não funciona. Então, apertem seus cintos: os artigos da astrofísica de Higgs estão chegando

Cometa Siding Spring passando pelo planeta Marte

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Ontem, dia 19 de Outubro de 2014, um cometa passou muito perto do planeta Marte. De fato, o cometa C/2013 A1 (Siding Spring) passou mais perto do Planeta Vermelho do que qualquer cometa já passou pela Terra em toda a história. Para aproveitar essa oportunidade única de estudar a interação próxima de um cometa com um planeta , a humanidade atualmente tem cinco sondas ativas orbitando o planeta Marte: MAVEN, MRO e Mars Odyssey da NASA, Mars Express da ESA, e a Mars Orbiter da Índia. A maior parte das sondas já mandou informações de volta para a Terra dizendo que elas não foram danificadas pelos pedaços e pelos gases do cometa. Essas sondas, bem como os dois rovers ativos da NASA, em solo marciano, o Opportunity e o Curiosity, obtiveram dados e imagens que serão enviadas para Terra nas próximas semanas e com certeza serão estudados por anos. A imagem acima, foi feita ontem, dia 19 de Outubro de 2014, porém não foi feita de Marte e sim da Terra, e mostra o cometa Siding Spring, na parte inferior esquerda, enquanto passava por Marte, na parte superior direita da imagem.

Protótipo de telescópio será testado na Itália

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Com a participação do Brasil, projeto internacional pretende construir maior observatório do mundo para estudo de raios gama vindos do Universo

Primeiro protótipo de um dos telescópios do futuro CTA, que deverá ser o maior observatório astronômico dedicado ao estudo de emissão de raios gama

Entrou em fase de testes no dia 24 de setembro, em Catania, na Itália, o primeiro protótipo de um dos telescópios do Cherenkov Telescope Array (CTA), consórcio internacional formado por 28 países — entre eles o Brasil — que pretende construir até 2020 o maior observatório astronômico do mundo dedicado ao estudo da emissão de raios gama, a radiação de mais alta energia. O observatório contará com cerca de 100 telescópios, os quais serão instalados em dois lugares distintos, um no hemisfério Sul e o outro no hemisfério Norte. Por meio do CTA, os pesquisadores esperam poder estudar melhor os chamados aceleradores de raios cósmicos: buracos negros, remanescentes de supernovas e pulsares, além de núcleos de galáxias ativas e regiões de formação estelar. “O escopo científico do CTA será muito amplo”, diz a astrofísica Elisabete de Gouveia Dal Pino, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG-USP) e uma das pesquisadoras brasileiras envolvidas na concepção do CTA. “Com ele, poderemos obter limites para os campos magnéticos intergalácticos e estimar a origem e natureza da matéria escura do Universo, além de estudar fenômenos físicos inéditos como a violação da constância da velocidade da luz para fótons de altas energias.”

O telescópio protótipo do CTA será testado pelos próximos seis meses em Serra la Nave, na Sicília. Durante este período, passará por ajustes da estrutura e da câmera que fará a captação da chamada radiação Cherenkov — chuveiros de elétrons e pósitrons produzidos por raios-gama, que, ao entrarem em contato com a atmosfera da Terra, excitam suas moléculas, emitindo a radiação Cherenkov. Após a fase de testes, o telescópio protótipo irá compor parte de um arranjo menor do observatório — conhecido como CTA Mini-Array —, formado por 7 telescópios, que será construído em parceria com o Instituto Nacional de Astrofísica da Itália e, em torno do qual, o resto do observatório será depois concebido. Destes sete telescópios, o Brasil construirá três. Ao todo, o país, no âmbito de um projeto temático financiado pela FAPESP e coordenado por Elisabete, investirá cerca de 1,5 milhão de Euros.

O CTA Mini-Array deverá ser concluído em 2016, 4 anos antes do grande observatório. “O CTA Mini-Array estará entre os maiores observatórios de astronomia de raios gama do mundo, e colocará o Brasil e seus pesquisadores na dianteira de pesquisas pioneiras em astrofísica de altas energias”, diz Elisabete. “Além disso, com o conhecimento tecnológico adquirido por meio da concepção do CTA Mini-Array, o Brasil deverá ser capaz de construir diversos telescópios para o observatório principal.” Ainda não se sabe onde o CTA será construído no hemisfério Sul. Chile e Namíbia são candidatos para receber o observatório. No hemisfério Norte, a disputa está entre México, Estados Unidos e Espanha. Se o projeto avançar, o CTA será capaz de medir a radiação gama produzida por fontes astrofísicas com sensibilidade até dez vezes maior que o observatório HESS ou o satélite FERMI, os maiores observatórios de astronomia gama em funcionamento hoje.

ProjetoInvestigação de Fenômenos de Altas Energias e Plasmas Astrofísicos: Teoria, Simulações Numéricas, Observações e Desenvolvimento de Instrumentação para o Cherenkov Telescope Array (CTA) (nº 2013/10559-5); Modalidade Auxilio à Pesquisa — Temático; Pesquisador responsável Elisabete Maria de Gouveia Dal Pino (IAG-USP).



Nova galáxia poderia ajudar a explicar a origem da primeira luz do universo

nova galáxia

Algumas centenas de milhões de anos após o Big Bang, durante o período chamado de Época de Reionização, o gás existente no universo deixou de ser quase completamente neutro e passou a ser quase completamente ionizado. Os cientistas acreditam que esse evento está intimamente ligado a muitas questões fundamentais da cosmologia e da estrutura de formação e evolução do mundo.


Nova galáxia e primeira luz

Para lançar luz sobre a física complexa do processo de reionização, a astrônoma Dra. Sanchayeeta Borthakur da Universidade Johns Hopkins (EUA) e seus colegas decidiram buscar no céu uma galáxia de formação estelar densa que emitisse enormes quantidades de radiação UV. Eles encontraram essa galáxia observando os raios UV que escapavam de sua cobertura de nuvens de poeira e hidrogênio neutro.  A regiões de formação estelar em galáxias são cobertas com gases frios de modo que a radiação não pode sair. Se pudermos descobrir como a radiação fica fora da galáxia, podemos aprender que mecanismos ionizaram o universo”, explicou a Dra. Borthakur, principal autora do artigo publicado na revista Science.

Usando observações feitas com o telescópio espacial Hubble da NASA, os cientistas encontraram o objeto exato que procuravam: a galáxia SDSS J092159.38 + 450.912,3. Localizada na constelação de Ursa Maior, a cerca de 2,9 bilhões de anos-luz da Terra, essa galáxia emite até 21% de sua radiação ionizante para o universo. A título de comparação, galáxias normais emitem apenas 1% da radiação UV no meio intergaláctico circundante. O objeto recém-encontrado pertence a uma classe especial de galáxias onde vários bilhões de massas solares de estrelas são produzidas em uma região central extremamente compacta, com um raio de 300 anos-luz.  Resta aguardar que respostas o estudo da SDSS J092159.38 + 450.912,3 pode trazer sobre tal época do início do universo.

Lua de Saturno parecida com a “Estrela da Morte” pode ter oceano subterrâneo

Mimas, a lua de Saturno



Mimas, a lua de Saturno que se parece com a Estrela da Morte de Star Wars, pode conter água subterrânea, segundo cientistas. O satélite apresenta uma espécie de tremor, semelhante a um movimento de oscilação, o que vem intrigando os cientistas. Esse tremor é duas vezes o esperado para uma lua de estrutura sólida, segundo a Nasa, a Agência Espacial dos EUA. Mimas está sendo estudado por um grupo de pesquisadores norte-americanos, franceses e belgas. O primeiro estudo saiu na revista Science e foi baseado em dados da sonda Cassini.

Mimas tem cerca de 400 km de diâmetro e é quatro vezes menor que a nossa Lua. Depois de examinar diversos pontos da superfície, os cientistas identificaram tremores em seus polos. Essas oscilações fazem a lua “balançar”, o que é bem incomum em astros desse tupo. A principal razão para esses movimentos estranhos de Mimas é que ela tenha um oceano gigantesco localizado em seu subsolo. Outra possibilidade é que a lua tenha um formato de bola de rugby, o que reforça a hipótese de que ela tenha sido formada dentro dos anéis de Saturno.

Hubble encontra galáxia extremamente distante através de lente gravitacional




Espiando através de uma lupa cósmica gigante, o Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA detectou uma galáxia pequena e ténue - uma das galáxias mais distantes já observadas. O pequeno objecto está a uma distância estimada em mais de 13 mil milhões de anos-luz. Esta galáxia fornece um olhar sobre os anos mais jovens do Universo e pode ser apenas a ponta do iceberg.

O gigantesco enxame galáctico Abell 2744 é tão maciço que a sua poderosa gravidade curva a luz de galáxias ainda mais distantes, tornando estes objectos de outra forma invisíveis maiores e mais brilhantes. Crédito: NASA, J. Lotz, STScI

"Esta galáxia é um exemplo do que se suspeita ser uma população abundante e subjacente de objectos extremamente pequenos e ténues que existiam cerca de 500 milhões de anos após o Big Bang, o início do Universo," explica o líder do estudo Adi Zitrin do Instituto de Tecnologia da Califórnia em Pasadena, no estado americano da Califórnia. "A descoberta diz-nos que galáxias ténues como esta existem, e que devemos continuar à sua procura e à procura de objectos ainda mais fracos, a fim de podermos entender como as galáxias e o Universo têm evoluído ao longo do tempo. A galáxia foi detectada pelo programa Frontier Fields, um esforço ambicioso de três anos que junta o Hubble a outros grandes observatórios - o Telescópio Espacial Spitzer e o Observatório de Raios-X Chandra - para examinar o universo primordial ao estudar grandes aglomerados de galáxias. Estes enxames são tão maciços que a sua gravidade curva a luz que passa por eles, ampliando, iluminando e distorcendo objectos de fundo num fenómeno chamado lente gravitacional.

Estas lentes poderosas permitem com que os astrónomos encontrem muitas estruturas ténues e distantes que de outra forma seriam demasiado fracas para observar. A descoberta foi feita usando o poder de lente do gigantesco enxame galáctico Abell 2744, apelidado de Enxame de Pandora, que produziu três imagens ampliadas da mesma galáxia ténue. Cada imagem ampliada torna a galáxia 10 vezes maior e mais brilhante do que seria sem as qualidades de ampliação do enxame. A galáxia mede uns meros 850 anos-luz de diâmetro - 500 vezes mais pequena que a nossa Via Láctea - e tem uma massa estimada correspondente a apenas 40 milhões de sóis. A nossa Galáxia, em comparação, tem uma massa estelar de várias centenas de milhares de milhões de sóis.

E a galáxia forma aproximadamente uma estrela a cada três anos, ao passo que a Via Láctea forma aproximadamente uma estrela por ano. No entanto, tendo em conta o seu tamanho pequeno e baixa massa, Zitrin realça que a galáxia minúscula na verdade está evoluindo rapidamente e formando estrelas de modo eficiente. Os astrónomos acreditam que galáxias como esta são, provavelmente, pequenos aglomerados de matéria que começou a formar estrelas e a brilhar, mas ainda sem uma forma definida. É possível que o Hubble esteja apenas a detectar um aglomerado brilhante devido ao efeito de lente. Isto explicaria porque é que o objecto é mais pequeno que as galáxias típicas dessa época.

A equipa de Zitrin avistou a galáxia gravitacionalmente multiplicada em imagens do enxame obtidas no infravermelho próximo e no visível, capturadas pelas câmaras WFC3 (Wide Field Camera 3) e ACS (Advanced Camera for Surveys) do Hubble. Mas eles precisavam de medir quão longe estava da Terra. Normalmente, os astrónomos conseguem determinar a distância de um objecto através da sua luz "esticada" à medida que o Universo se expande lentamente. Os astrónomos conseguem medir este efeito com precisão através de espectroscopia, que caracteriza a luz de um objecto. Mas esta galáxia e outros objectos ampliados pelo efeito de lente gravitacional, encontrados neste período jovem do Universo, estão demasiado distantes e são demasiado ténues para a espectroscopia, por isso os astrónomos usam a cor de um objecto para estimar a sua distância.

A expansão do Universo torna o objecto mais avermelhado de forma previsível - que os cientistas podem medir. A equipa de Zitri aplicou a técnica de análise de cor e aproveitou as múltiplas imagens produzidas pela lente gravitacional para confirmar independentemente a estimativa de distância do grupo. Os astrónomos mediram a separação angular entre as três imagens ampliadas da galáxia nas fotos do Hubble. Quanto maior a separação angular devido ao efeito de lente, mais distante está o objecto da Terra. Para testar este conceito, os astrónomos compararam as três imagens ampliadas com as posições de outros objectos de fundo mais próximos e também multiplicados no enxame de Pandora. A distância angular entre as imagens ampliadas de galáxias mais próximas era menor.

"Estas medições sugerem que, dada a grande separação angular entre as três imagens da nossa galáxia de fundo, o objecto deve estar muito longe," explica Zitrin. "Também coincide com a estimativa de distância que calculámos, com base na técnica de análise de cor. Temos uma confiança de 95% na distância deste objecto remoto, com um 'redshift' de 10, uma medida da expansão do espaço desde o Big Bang. A lente tira qualquer dúvida de que este possa ser um objecto próximo altamente avermelhado, que se mascara como um objecto muito mais distante."

Os astrónomos debatem há muito tempo se essas galáxias iniciais podem ter fornecido radiação suficiente para aquecer o hidrogénio que arrefeceu logo após o Big Bang. Pensa-se que este processo, chamado reionização, ocorreu 200 milhões até mil milhões de anos após o nascimento do Universo. A reionização tornou o Universo transparente à luz, permitindo com que os astrónomos observassem muito atrás no tempo sem encontrarem uma "névoa" de hidrogénio frio. Os resultados da equipa foram publicados na edição online de Setembro da revista The Astrophysical Journal Letters.




Descobertas as primeiras rochas que formaram a Terra




Descobertos os primeiros "tijolos" que deram origem ao planeta Terra. Segundo publicação da revista Nature, um estudo liderado pelo geoquímico Matthew Jackson descobriu blocos de pedras que estavam presos no manto terrestre e que remontam à época da formação do sistema solar. As pedras foram encontradas nas Ilhas Samoa, na Polinésia, local de constante pesquisa para descobrir a origem da Terra. De acordo com o estudo, esses primeiros tijolos são fósseis do novíssimo sistema solar e nasceram da agregação de pó da nebulosa onde se originou o Sol.

Em um tipo de espiral espacial, esses blocos rochosos foram encontrados e assentados para dar forma ao nosso planeta e aos outros planetas rochosos da nossa família planetária. Na lava de alguns vulcões, é possível individualizar as formas desses tijolos, que agora estão sepultados na profundidade do manto terrestre. Por isso, a região das Ilhas Samoa é tão importante, pois a maior parte dos vulcões está no local de encontro de duas placas tectônicas enquanto em Samoa eles estão dentro da placas. Ali, eles constituem uma zona de flexão da crosta terrestre e a sua formação é ligada à presença do manto da Terra por correntes ascendentes quentes (plumas mânticas). Por elas, o magma atinge grandes profundidades.

Para revelar a composição química das plumas mânticas, que alimentam os vulcões de Samoa, os pesquisadores precisaram fazer "uma viagem ao centro da Terra" através da análise das concentrações e proporções dos isótopos (átomos de um mesmo elemento químico com o mesmo número atômico, mas com pesos diferentes) de chumbo e hélio contidos na lava. Com estas informações, foi possível traçar as "assinaturas" do material que deu origem ao nosso planeta. Segundo Jackson, a maior parte da pluma de Samoa é composta por esse material.

Fatos que você deveria saber sobre a energia escura



1. É usada para explicar porque o universo está se expandindo;
2. Mas, na verdade o nosso universo não vai apenas continuar se expandindo. Ele também está acelerando nessa expansão;
3. Uma vez que nosso universo está ficando maior e mais pesado, a atração gravitacional deve desacelerar a expansão e o Universo voltará a ser um ponto super-mega-ultra denso e poderá explodir de novo, criando um novo Big Bang;
4. Se o processo de expansão do Universo não parar, daqui bilhões de anos só restará frio e escuridão;
5. Então, nós usamos essa energia escura. E dizem que essa energia está em todo o espaço;
6. A energia escura deve compor mais de 68% de tudo que existe no Universo;
7. As curvas da rotação da galáxia, o teorema virial e a análise das anisotropias da radiação cósmica de fundo em micro-ondas são coisas que mostram que a energia escura tem que existir, só precisamos achar um jeito de encontrá-la;
8. Acredita-se que também existe algo chamado matéria escura, que compõe 22% de todo o Universo.

É possível comprovar a aceleração do Universo?

É possível comprovar a aceleração do Universo?


A observação direta da aceleração do Universo pode ser obtida medindo variações de velocidade em nuvens de hidrogênio intergalácticas.magem: APS/Alan Stonebraker/Wikimedia Commons/Diceman Stephen West]

HIPÓTESES NÃO COMPROVADAS

Depois dos questionamentos lançados sobre a inflação pós-Big Bang, agora é a vez de os astrofísicos tentarem se livrar dos incômodos ligados à aceleração cósmica. O principal suporte observacional para a teoria da aceleração do Universo vem de dados coletados de supernovas. Em 1998, astrônomos detectaram que algumas supernovas emitem uma luz fraca demais - portanto, estão mais distantes de nós do que seria esperado. Isso implica que o Universo está se acelerando, e não desacelerando, como as interações gravitacionais normais levavam a prever. No entanto, esta conclusão pressupõe tanto a validade da relatividade geral de Einstein, quanto uma hipótese não comprovada - a de que o Universo seria homogêneo - a fim de derivar equações que relacionam a distância à velocidade e à luminosidade. Três pesquisadores chineses afirmam agora que é possível escapar dessas indefinições usando radiotelescópios, que podem fornecer uma "observação mais direta" da aceleração do Universo medindo variações de velocidade em nuvens de hidrogênio intergalácticas. Eles propõem algumas modificações na coleta de dados desses radiotelescópios, que seriam necessárias para alcançar uma medição da aceleração suficientemente precisa.

MEDIÇÃO DIRETA DA ACELERAÇÃO DO UNIVERSO

Hao-Ran Yu e seus colegas da Universidade Normal de Pequim e da Universidade de Toronto (Canadá), afirmam que é possível fazer uma medição direta da aceleração - se ela estiver mesmo ocorrendo - observando nuvens de hidrogênio muito densas. Essas nuvens, situadas entre as galáxias, são detectadas porque absorvem emissões de rádio vindas de quasares situados por detrás delas em relação à Terra. A velocidade dessas nuvens pode ser então medida pela observação do desvio para o vermelho do hidrogênio em um comprimento de onda muito preciso, de 21 centímetros. Como a linha de absorção de 21 centímetros é muito estreita em comparação com as linhas de emissão das galáxias, torna-se possível observar mudanças de velocidade muito pequenas.

Os pesquisadores lembram que rastreios já programados pelos radiotelescópios vão medir a velocidade de centenas de milhares de nuvens de hidrogênio. Se esses rastreios receberem as adaptações propostas pelo trio, bem como tiverem um aumento na frequência observacional de cada nuvem, dizem os físicos chineses, então eles poderão detectar acelerações cosmicamente relevantes - de cerca de um milímetro por segundo por ano - em observações realizadas ao longo de uma década. Se tudo isto for feito, e se a esperada aceleração for realmente detectada, então mais um dos fundamentos da cosmologia moderna poderá passar da incômoda classe de hipótese para a categoria dos fenômenos diretamente observados.

Encontradas duas famílias de cometas em torno de estrela próxima



O instrumento HARPS em operação no Observatório de La Silla do ESO, no Chile, foi utilizado no censo mais completo feito até à data de cometas em torno de outra estrela. Uma equipa de astrónomos franceses estudou quase 500 cometas individuais que orbitam a estrela Beta Pictoris e descobriram que estes objetos pertencem a duas famílias distintas de exocometas: exocometas velhos que fizeram já várias passagens próximo da estrela e exocometas mais jovens que se formaram provavelmente da recente destruição de um ou mais objetos maiores. Os novos resultados serão publicados na revista Nature a 23 de outubro de 2014.

A Beta Pictoris é uma estrela jovem situada a cerca de 63 anos-luz de distância do Sol. Tem apenas 20 milhões de anos de idade e encontra-se rodeada por um disco de material enorme - um sistema planetário jovem muito ativo onde o gás e a poeira são produzidos tanto pela evaporação de cometas como pela colisão de asteróides. Flavien Kiefer (IAP/CNRS/UPMC), autor principal do novo estudo explica: ”A Beta Pictorias é um alvo muito interessante! Observações detalhadas dos seus exocometas fornecem pistas que nos ajudam a compreender que processos ocorrem neste tipo de sistemas planetários jovens. Durante quase 30 anos os astrónomos observaram variações subtis na radiação emitida pela Beta Pictoris, que se pensava serem causadas pela passagem de cometas em frente da própria estrela.

Os cometas são corpos pequenos - com alguns quilómetros de tamanho - ricos em gelos que se evaporam quando o corpo se aproxima da estrela, produzindo enormes caudas de gás e poeira, que podem absorver alguma da radiação que passa através delas. A fraca luz emitida pelos exocometas é ofuscada pela radiação da estrela brilhante e por isso não se conseguem obter imagens diretas destes objetos a partir da Terra. Para estudar os exocometas da Beta Pictoris, a equipa analisou mais de 1000 observações obtidas entre 2003 e 2011 com o instrumento HARPS, montado no telescópio de 3,6 metros do ESO, no Observatório de La Silla, no Chile. Os investigadores seleccionaram uma amostra de 493 exocometas diferentes. Alguns exocometas foram observadas por diversas vezes e durante algumas horas.

Uma análise detalhada permitiu obter medições da velocidade e tamanho das nuvens de gás. Foram também deduzidas algumas das propriedades orbitais de cada um dos cometas, como a forma e orientação da órbita e a distância à estrela. Este tipo de análise efetuada em várias centenas de exocometas pertencentes a um único sistema exoplanetário é única. O trabalho revelou a presença de dois tipos distintos de famílias de exocometas: uma família de exocometas cujas órbitas são controladas por um planeta de grande massa  e outra família, provavelmente originada pela destruição recente de um ou mais objetos maiores. Diferentes famílias de cometas existem igualmente no Sistema Solar.

Os exocometas da primeira família apresentam uma variedade de órbitas e mostram atividade relativamente fraca com baixas taxas de produção de gás e poeira, o que sugere que estes cometas gastaram já o seu conteúdo em gelo durante múltiplas passagens perto da Beta Pictoris. Os exocometas da segunda família encontram-se muito mais ativos e deslocam-se em órbitas quase idênticas,  o que sugere que os membros desta família têm todos a mesma origem: provavelmente a destruição de um objeto maior cujos fragmentos se encontram numa órbita rasante da estrela Beta Pictoris. Flavien Kiefer conclui: “Esta é a primeira vez que um estudo estatístico determina a física e órbitas de um grande número de exocometas. Este trabalho dá-nos um olhar fantástico sobre os mecanismos que estavam presentes no Sistema Solar logo após a sua formação, há cerca de 4,5 mil milhões de anos atrás.”

O cometa de Marte

cometa de marte

E aqui estão as primeiras imagens do "raspão" que o cometa Siding Springs deu no planeta Marte ontem, dia 19! As primeiras imagens de um cometa obtidas de outro planeta! As duas imagens foram obtidas pelo jipe Opportunity. A maior delas é uma imagem obtida diretamente do banco de imagens do jipe, sem nenhum tratamento. Vários desses pontinhos brancos são raios cósmicos que atingiram o detector durante a foto, mas também são pixels defeituosos. A imagem da direita foi tratada pelo pessoal do site unmannedspaceflight e o ruído foi quase todo removido. Nas duas imagens o cometa aparece como uma bola difusa, quase como uma nebulosa.

Não há evidência de cauda, como muitos supunham que iria acontecer. Isso talvez pela baixa atividade do núcleo, já mencionada pelos astrônomos amadores que estão monitorando o cometa há meses. Por enquanto, somente nessas imagens podemos ver o cometa. O jipe Curiosity enviou alguns panoramas, mas o cometa não está evidente, as imagens foram obtidas com o lusco-fusco do entardecer e como pode ser notado, o brilho do cometa não é dos maiores. As imagens obtidas pelos satélites em órbita devem demorar ainda para chegar. Isso por que os dados obtidos pelas naves são envidadas a Terra apenas de tempos em tempos. Eles são acumulados para quando houver uma configuração orbital que favoreça a transmissão e só então são descarregados. O que se sabe delas é que todas estão funcionando normalmente, nenhuma delas foi danificada pela poeira da ejetada do cometa.

Físicos revelam indícios de matéria escura



Uma análise realizada com 12 anos de dados telescópicos encontrou um sinal que alguns físicos acreditam poder ser a primeira detecção de matéria escura. Astrônomos encontraram variações no fluxo de raios-X observados pela Agência Espacial Europeia que se adequam ao que seria esperado se áxions – partículas hipotéticas de matéria escura – estivessem interagindo com o campo magnético da Terra.

Análises mais detalhadas são necessárias para confirmar se o Sol de fato está projetando partículas de matéria escura. 

A matéria escura é o nome dado à substância que se acredita compor cerca de 85% de toda a matéria do Universo. Ela é ‘escura’ porque sua presença pode ser inferida pelo arrasto gravitacional que exerce sobre as estrelas do Universo, mas nenhuma tentativa de detectá-la de maneira convincente funcionou até agora. Se confirmada, a identificação dos áxions seria uma descoberta colossal. O líder do estudo, o astrônomo George Fraser da University of Leicester, no Reino Unido, morreu apenas dois dias depois de enviar o artigo para publicação com seus colegas. O estudo foi “seu trabalho mais impressionante antes do fim”, escreveu Andy Lawrence, astrônomo do Instituto de Astronomia em Edimburgo, no Reino Unido, em seu blog e-Astronomer.

Mas ainda que o artigo tenha sido aceito pelo periódico Monthly Notices of the Royal Astronomical Society e publicado em 20 de outubro, os demais autores ainda não estão estourando champagne. “Nós encontramos um resultado incomum que não conseguimos explicar por nenhum método convencional, e essa teoria do áxion de fato explica tudo”, declara o coautor Andy Red, astrônomo de Leicester. “Mas isso é apenas uma hipótese, e a maioria das hipóteses não passa disso”, adiciona ele. Áxions foram originalmente propostos para explicar uma anomalia em uma área diferente da física – a teoria da força nuclear forte, uma das quatro forças da natureza. Essas partículas sem carga, e muito leves, seriam criadas no núcleo solar e quase não interagiriam com a matéria comum, o que lhes permitiria passar por milhares de quilômetros de plasma solar e escapar para o espaço sideral.

Mas os áxions poderiam interagir com campos magnéticos, como o que cerca a Terra, e se transformar em fótons de raios-X. Esses fótons são as partículas que os pesquisadores declaram talvez ter visto. A equipe descobriu que, conforme a sonda europeia Multi Mirror Mission (XMM-Newton, ou “Missão de Espelhos Múltiplos), passava pelo forte campo magnético do lado  da Terra iluminado pelo Sol, ela encontrou um sinal levemente mais intenso de raios-X do que quando estava no lado sombreado da Terra. Descontando fontes conhecidas de raios-X, a radiação de fundo deveria ser a mesmo onde quer que a sonda estivesse, explica Read.

Em seu artigo de 67 páginas, os pesquisadores fizeram o possível para descartar fenômenos mais corriqueiros – a interação entre o vento solar e o campo magnético da Terra, por exemplo – como origem do excesso antes de invocar áxions como explicação, pondera Read. Um aspecto incomum dessa análise é que ela mostra a XMM-Newton captando fótons de raios-X, mesmo sem estar olhando diretamente para o Sol. (Geralmente, espera-se que os fótons continuem se movendo na mesma direção dos áxions que os originaram). Mas os autores declaram que os áxions poderiam estar espalhados e que por isso foram captados pelo telescópio. Os autores também mostram que indícios de um sinal semelhante pode ser encontrado em dados produzidos pelo Observatório Chandra de Raios-X, ainda que uma corroboração formal exija mais dados e anos de análises.

Nem todos estão convencidos pela interpretação dos áxions. O astrônomo Peter Coles da University of Sussex, no Reino Unido, chamou as evidências de “circunstanciais” em seu blog, In the Dark. “É tentador mas, se alguém me pedir para apostar, receio que provavelmente escolheria física de plasma local em vez de algo mais fundamental”, escreveu ele. Igor Garcia Irastorza, que trabalha no Telescópio Solar de Áxions (CAST), com sede no laboratório de física CERN perto de Genebra, na Suíça, concorda que o sinal é intrigante. Mas o tipo de áxion que se encaixaria nesse sinal também se chocaria com outras observações astrofísicas, adverte ele. Além disso, as propriedades das partículas teriam que ser diferentes das que foram propostas durante décadas.

A confirmação das descobertas de Leicester vai exigir análises de outros experimentos de áxions que funcionam de maneira completamente diferente de telescópios, adiciona Konstantin Zioutas, que dirige o experimento CAST. Mike Watson, astrônomo também da University of Leicester, mas que não se envolveu no estudo, declara que Fraser era um “cientista excepcional” e o mentor do trabalho. “A interpretação é bastante tentadora, e no lado humano todos nós gostaríamos que estivesse correta, já que seria um grande tributo ao George. Mas não é assim que se faz ciência”.

Estudo observa Titã brilha ao anoitecer e ao amanhecer



Bem alto na atmosfera de Titã, grandes zonas de dois gases brilham perto do pólo norte, no lado do anoitecer da lua, e perto do pólo sul, no lado do amanhecer. As cores mais brilhantes indicam sinais mais fortes dos dois gases, HNC (esquerda) e HC3N (direita); os tons avermelhados indicam sinais menos pronunciados. 

Novos mapas da lua de Saturno, Titã, revelam grandes manchas de gases que brilham perto dos pólos norte e sul. Estas regiões estão curiosamente desviadas dos pólos, para Este ou Oeste, quando o amanhecer surge na região a Sul e enquanto a noite cai na região a Norte. O par de manchas foi descoberto por uma equipa internacional de cientistas que investigavam a composição química da atmosfera de Titã. "Esta é uma descoberta inesperada e potencialmente revolucionária," afirma Martin Cordiner, astroquímico que trabalha no Centro de Voo Espacial Goddard da NASA em Greenbelt, no estado americano de Maryland, autor principal do estudo. "Estes tipos de variações de leste para oeste nunca foram antes vistos nos gases atmosféricos de Titã. A explicação da sua origem apresenta-nos um novo e fascinante problema."

O mapeamento vem de observações feitas pelo ALMA (Atacama Large Millimeter/submillimeter Array), uma rede de antenas de alta precisão no Chile. Nos comprimentos de onda utilizados por essas antenas, as áreas ricas em gás da atmosfera de Titã brilham intensamente. E graças à sensibilidade do ALMA, os investigadores foram capazes de obter mapas espaciais dos químicos na atmosfera de Titã a partir de uma observação "instantânea" que durou menos de 3 minutos. Há muito que a atmosfera de Titã é de interesse, pois actua como uma fábrica química, usando a energia do Sol e do campo magnético de Saturno para produzir uma grande variedade de moléculas orgânicas, ou à base de carbono.

O estudo desta química complexa pode fornecer mais dados sobre as propriedades da atmosfera primitiva da Terra, que pode ter partilhado muitas das características da atmosfera actual de Titã. Neste estudo, os cientistas focaram-se em duas moléculas orgânicas, ácido isocianídrico (HNC) e cianoacetileno (HC3N), que são formadas na atmosfera de Titã. Em altitudes mais baixas, o HC3N aparece concentrado acima dos pólos norte e sul. Estes resultados são consistentes com observações feitas pela sonda Cassini, que encontrou uma zona nublada e altas concentrações de alguns gases sobre qualquer dos pólos que atravessa a estação de Inverno em Titã.

A surpresa surgiu quando os investigadores compararam as concentrações dos gases em diferentes níveis da atmosfera. Nas altitudes mais elevadas, as bolsas de gás pareciam desviar-se dos pólos. Estes locais desviados do pólo são inesperados porque os rápidos ventos na atmosfera média de Titã movem-se na direcção Este-Oeste, formando zonas parecidas às bandas de Júpiter, embora muito menos pronunciadas. No interior de cada zona, os gases atmosféricos deviam, em grande parte, misturar-se completamente. Os investigadores não têm ainda uma explicação óbvia para estas descobertas.

"Parece incrível que estes mecanismos químicos possam estar a operar em escalas de tempo rápidas o suficiente para provocar 'bolsas' reforçadas das moléculas observadas," comenta Conor Nixon, cientista planetário em Goddard e co-autor do estudo, publicado na edição online da revista The Astrophysical Journal Letters. "Seria de esperar que as moléculas fossem rapidamente misturadas em redor do globo pelos ventos de Titã."

De momento, os cientistas estão a considerar uma série de explicações possíveis, incluindo efeitos térmicos, padrões de circulação atmosférica até então desconhecidos, ou a influência do poderoso campo magnético de Saturno, grande o suficiente para englobar Titã. Espera-se que mais observações melhorem a compreensão da atmosfera e dos processos em curso em Titã e em outros objectos do Sistema Solar.

sábado, 18 de outubro de 2014

Astrônomos descobrem buraco negro 'guloso'



Formação consome massa equivalente a 100 quintilhões de cachorros-quentes por minuto.

Astrônomos descobriram um buraco negro que consome gás de uma estrela vizinha dez vezes mais rápido do que se pensava ser possível. Conhecido como P13, o buraco negro “guloso” está há cerca de 12 milhões de anos-luz da Terra, na periferia da galáxia NGC7793. Segundo cálculos dos cientistas, ele consome peso equivalente a 100 quintilhões de cachorros-quentes por minuto. Segundo Roberto Soria, pesquisador do Centro Internacional para Pesquisas Radioastronômicas, o P13 chamou atenção dos astrônomos por ser muito mais luminoso que outros buracos negros, mas o que se pensava era que ele era simplesmente maior.

Nós acreditávamos que a velocidade máxima que um buraco negro absorvia gás e produzia luz era determinada pelo seu tamanho — explicou Soria, em comunicado. Então, fazia sentido pensar que o P13 era maior que os buracos negros comuns, com pouco brilho, que vemos na nossa galáxia, a Via Láctea. Quando Soria e seus colegas na Universidade de Strasbourg mediram a massa do P13, descobriram que ele era pequeno, apesar de ser no mínimo um milhão de vezes mais brilhante que o Sol. Então, eles perceberam o volume de material que o buraco negro consumia. Não existe um limite estrito como pensávamos. Buracos negros podem realmente consumir mais gás e produzir mais luz, disse Soria.

O P13 orbita em torno de uma estrela “doadora” supergigante, 20 vezes mais pesada que o Sol. Segundo Soria, os astrônomos perceberam que a estrela sempre tinha um lado mais brilhante que o outro por causa dos raios-X vindos do buraco negro. Isso permitiu medir o tempo que o buraco negro leva para girar em torno da estrela doadora, que é de 64 dias, e modelar a velocidade dos dois objetos e o formato da órbita disse Soria. A partir daí, estimamos que o buraco negro tem massa bem menor que 15 vezes a massa do Sol.

Soria comparou a formação com o japonês Takeru Kobayashi, que apesar do visual esguio, é campeão de diversos campeonatos de comilança. O P13 foi colocado como membro de um seleto grupo de buracos negros conhecidos por serem fontes de raios-X ultraluminosos. Como o lendário comedor de cachorros-quentes Takeru Kobayashi nos mostrou, tamanho nem sempre importa no mundo de competições de comidas e até buracos negros pequenos podem, por vezes, consumir gás a taxas excepcionais. Eles são campeões nos torneios de consumo de gás no universo, capazes de engolir a estrela doadora em menos de um milhão de anos, o que é muito pouco em escalas cósmicas.

Corona Auroral sobre a Noruega




Mais alto que a montanha mais alta encontra-se o reino da aurora. As auroras ocorrem raramente abaixo de 60 quilômetros, e pode variar até 1.000 quilômetros de altura. A luz da aurora resulta de elétrons e prótons energéticos chocando-se contra os átomos e moléculas na atmosfera da Terra.

Está chegando a Chuva de Meteoros Orionídeas 2014



Todos os anos entre os dias 15 e 29 de outubro a Terra passa por um grande fluxo de detritos deixados pelo famoso cometa Halley, que é o responsável pela chuva desse mês. O pico da Chuva de Meteoros Orionídeas acontecerá entre os dias 20 e 22 de outubro, quando os meteorologistas estimam que poderemos ver entre 20 e 25 meteoros por hora, na região da constelação de Orion.

E o que tornará a Chuva de Meteoros Orionídeas de 2014 ainda mais animadora é que nos dias em que ela terá sua maior atividade, a Lua estará na fase minguante, quase nova, ou seja, poderemos ver o máximo de meteoros possível, afinal, a luminosidade da Lua não será um problema.

Cientistas se aproximam de viabilizar tecnologia de fusão nuclear



Cientistas americanos relataram avanços importantes na busca por viabilizar a tecnologia de fusão nuclear. De acordo com a Science, pesquisadores do Sandia National Laboratories, em Albuquerque, detectaram um aumento no número de nêutrons vindos de um recente experimento. O feito marca um progresso em direção ao objetivo final da equipe de pesquisadores – produzir mais energia do que o dispositivo de fusão utiliza.

A máquina utilizada foi a "Z machine" – um enorme gerador de pulso elétrico capaz de produzir correntes de dezenas de milhões de amperes.

A fusão é uma reação nuclear que libera energia sem dividir núcleos atômicos pesados ao meio - como acontece nas estações nucleares atualmente – e sim pela fusão de núcleos leves. A abordagem é atraente como fonte de energia, porque o combustível (hidrogênio) é abundante e barato e não gera qualquer tipo de poluição ou resíduos nucleares de longa duração.

O problema é que os núcleos atômicos são carregados positivamente e se repelem, por isso é difícil deixá-los perto o suficiente para ocorrer a fusão. Para reações suficientes ocorrerem, os núcleos de hidrogênio devem colidir a velocidades de até mil quilômetros por segundo (km/s), e para isso é necessário aquecê-los a mais de 50 milhões de graus Celsius. A tais temperaturas, porém, o gás torna-se plasma (núcleos e elétrons que colidem separadamente), e conter isso se torna um problema, porque se ele tocar o lado de seu recipiente irá derretê-lo instantaneamente.

Cientistas especialistas em fusão estão trabalhando há mais de 60 anos para encontrar uma maneira de conter o plasma superquente e aquecê-lo até a fusão acontecer. A técnica do Sandia é uma das várias que se enquadram no meio termo entre os extremos de fusão a laser e fusão magneticamente confinada de tokamaks. Ela tritura o combustível em um pulso rápido, como na fusão a laser, mas não tão rápido e com densidade tão alta.

Conhecida como fusão inercial de revestimento magnético (MagLIF, na sigla em inglês), a abordagem envolve colocar um pouco de combustível de fusão (um gás do deutério, um isótopo do hidrogênio) dentro de uma pequena lata de metal de 5 milímetros de diâmetro e 7,5 milímetros de altura. Os pesquisadores, então, usam a Z machine para passar um enorme pulso de corrente de 19 milhões de amperes, com duração de apenas 100 nanossegundos, através da lata - de cima para baixo. Isto cria um poderoso campo magnético que esmaga o interior da lata a uma velocidade de 70 km/s.

"É um bom progresso, mas apenas um começo", disse o cientista sênior do Sandia,Mike Campbell. "Precisamos ter mais energia para o gás e aumentar o campo magnético inicial, e assim observar se ele pode ser expandido na direção correta”.

As simulações sugerem que a corrente máxima da Z machine, de 27 milhões de amperes, deve ser suficiente para atingir o ponto de equilíbrio. Mas os pesquisadores já estão enxergando além. Uma aguardada atualização de 60 milhões de amperes, dizem eles, aumentaria a potência em torno de mil vezes - um passo gigante rumo à viabilidade comercial.

Estrelas cadentes e bólidos. O que são?


Os bólidos são "estrelas cadentes" como os meteoros que vemos cruzar o céu noturno numa fração de segundos, porém, a diferença entre um bólido normal e um meteoro é o seu tamanho e seu brilho. Na Rússia, o meteoro que explodiu no ar antes de chegar ao solo nada mais era que um Bólido de um tamanho considerável. 

Em uma boa noite estrelada, podemos ver (mais raramente) bólidos cruzando o céu com uma grande cauda, grande brilho e dependendo da distância que você esteja, pode até ouvir o estrondo dele ao explodir.
Cada bólido tem uma cor própria causada pelo efeito de sua composição própria e a alta temperatura gerada ao ser atraído pela gravidade do planeta e seu atrito com a atmosfera, sendo que, sua predominância é de ferro e níquel.

Os bólidos são mais comuns do que imaginamos, pois a Terra é bombardeada por pequenos meteoros o tempo inteiro, mas nem todos são de grande tamanho e por isso não vemos com facilidade. Em noites de observação, principalmente em céus muito limpos como o do deserto do Atacama, no Chile, a contagem de estrelas cadentes pode passar de mais de 60, e de bólidos, se tiver sorte, poderá ver alguns.

Galáxia Pode Dar Pistas Sobre o Universo Primordial




A época da reionização é a fase na formação do universo quando os átomos de hidrogênio que permeavam o espaço foram ionizado e o universo se tornou transparente para a luz de baixa energia. Para atingir essa ionização foi necessária radiação altamente energizada, mas de onde ela veio ainda é incerto. 

Uma possibilidade é que as primeiras galáxias lançavam grandes quantidades de radiação de UV extrema ou superior, uma gama conhecida como radiação contínua de Lyman.

No entanto, galáxias aprisionam maior parte da radiação nessa gama, com apenas um número muito reduzido de fuga de apenas 2% da radiação de alta energia que elas produzem. Para iniciar o processo de reionização é estimado que as primeiras galáxias precisavam de pelo menos 20% da sua radiação extrema. Agora, pesquisadores usando o Telescópio Espacial Hubble encontraram uma galáxia que está liberando 21% da radiação que ela produz na gama da radiação contínua de Lyman.

A galáxia J0921+4509 está produzindo novas estrelas massivas com uma taxa enorme de 50 massas solares por ano, uma ordem de magnitude maior do que a Via Láctea. É possível que essa taxa de criação de estrelas esteja relacionada a quantidade de radiação que está escapando.

Como as partículas se separam em um acelerador ?




Elétrons e prótons podem se separar e atingir grandes velocidades após ser eletricamente carregados. Cargas negativas são separadas por meio do aquecimento de um filamento de metal, método utilizado pelas TVs de tubo para acelerar os elétrons e produzir um feixe de luz na tela. Com os prótons, a operação é mais complexa e depende da presença do hidrogênio. 

“O elemento é armazenado em um cilindro e, após ser injetado em uma câmara, é aquecido e submetido a um intenso campo elétrico, onde ocorre a separação entre elétron e próton”, diz Alexandre Magno Montibeller, professor do Colégio Bandeirantes.

Alinhamento planetário produz catástrofes?














O alinhamento planetário poderia criar um efeito maré com um campo gravitacional capaz de frear ou acelerar o movimento de rotação da Terra, ou, até mesmo alterar a posição de seu eixo de rotação, causando assim um deslocamento incomum das placas tectônicas, sob sua crosta, e, consequentemente, um aumento gradual e constante de atividade sísmica, como o que está acontecendo agora, pondo em risco a espécie humana; no grau de civilização e tecnologia alcançados até o momento, ou até sua própria existência?  Os efeitos de maré na Terra são devidos apenas à Lua e ao Sol. Para o efeito máximo a contribuição da Lua é cerca do dobro da contribuição do Sol e cada um deles produz uma força de maré máxima sobre um corpo na Terra da ordem de décimo de milionésimo (0,0000001) do peso do corpo. 

Newton desenvolveu, no século XVII, uma teoria de marés que permite compreender quantitativamente estes efeitos. Quando se quantifica forças de maré dos demais corpos (planetas) do sistema solar sobre a Terra, constata-se que elas são muitas ordens de grandeza menores do que as forças de maré lunar e solar e, portanto, desprezíveis frente a essas duas produzidas pela Lua e pelo Sol. Júpiter, o maior planeta do sistema solar, quando se encontra o mais próximo possível de nós, produz uma força de maré sobre a Terra que equivale a um milionésimo de milionésimo (0,000000000001) da força de maré lunar! Mesmo um alinhamento de diversos planetas não produziria um efeito comparável ao da Lua e do Sol e, consequentemente, não teria os efeitpos catastróficos apregoados na mitologia sobre o fim do mundo.

 Adicionalmente tais alinhamentos ocorrem de vez em quando e não há qualquer evidência de que algum deles tenha produzido as catástrofes apocalípticas que mentes supersticiosas criam para dar aparência de verdade aos seus estúpidos devaneios. 

Selfie da Rosetta




Esta "selfie" da nave espacial Rosetta foi tirada em 07 de outubro. Nesse momento, a sonda estava a cerca de 472 milhões de quilômetros do planeta Terra, mas apenas 16 quilômetros da superfície do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko.

Por que o arco-íris não é uma circunferência?



Para vermos um arco-íris, supondo que estejamos sobre a superfície da Terra (caso se esteja elevado em relação à superfície da Terra poderemos até enxergar a circunferência completa), devemos nos postar de costas para o Sol e deve existir à nossa frente uma cortina de gotas de água capaz de refratar e refletir a luz em nossa direção. O arco-íris tem seu centro na direção de visada do observador com a região da sua sombra que corresponde aos seus olhos, aparecendo para o observador segundo um ângulo de cerca de 40 graus (arco-íris primário) com a direção de onde vem a luz solar (ou a cerca de 50 graus para o arco-íris secundário). Desta forma, como o Sol se encontra acima do horizonte, o centro do arco está abaixo do horizonte, podendo se encontrar muito próximo do horizonte ao nascer e a por do sol. 

Assim sendo, mesmo que exista uma cortina de gotas suficientemente ampla para produzir o arco-íris em todas as direções possíveis em relação ao observador em condições semelhantes às do fotógrafo (isto é, situado no solo), ele NUNCA será uma circunferência completa, podendo ser no máximo uma meia circunferência no caso de o Sol estar no nascente ou poente. Entretanto um observador que tenha o Sol pelas suas costas e abaixo dele se encontre a cortina de gotas, como é o caso do paraquedista que fez a foto abaixo, poderá observar um arco-íris em forma de circunferência completa.



Nebulosa do Bumerangue



A Nebulosa do Bumerangue é uma protonebulosa planetária na constelação de Centaurus localizada a 5000 anos luz da Terra. É uma estrela ou sistema estelar que está evoluindo para a fase de nebulosa planetária.


Você sabia ?

A fabulosa Galáxia de Andromeda



Um dia, no passado, Charles Messier observou essa mancha pálida e achou que era uma simples nebulosa. Mas desta vez ele se enganou.

M31 encontra-se 2,5 milhões de anos-luz de distância na constelação de Andromeda e é a grande galáxia espiral mais próxima da nossa, tendo mais ou menos o dobro do tamanho da Via Láctea. Sob um céu limpo e escuro, ela pode ser vista como uma mancha nebulosa a olho nu.