Pop up my Cbox

domingo, 22 de fevereiro de 2015

KEPLER-432B - Planeta denso e gigante com estações extremas




Ilustração da órbita de Kepler-432b (linha interior a vermelho) em comparação com a órbita de Mercúrio em redor do Sol (linha exterior a laranja). O círculo vermelho no meio indica a posição da estrela que o planeta orbita. O tamanho da estrela é visto à escala, enquanto o tamanho do planeta foi ampliado dez vezes para propósitos de ilustração. A órbita de Kepler-432b é altamente alongada. Como consequência, a distância entre o planeta e a estrela, bem como a temperatura no planeta, mudam drasticamente durante uma única órbita. Crédito: Dr. Sabine Reffert

Dois grupos de investigação de astrónomos da Universidade de Heidelberg descobriram, independentemente um do outro, um planeta raro. O corpo celeste, chamado Kepler-432b, é um dos planetas mais densos e maciços conhecidos até ao momento. As equipas, uma liderada por Mauricio Ortiz do Centro de Astronomia da Universidade de Heidelberg (ZAH) e a outra por Simona Ciceri do Instituto Max Planck para Astronomia (MPIA) em Heidelberg, relatam que o planeta tem seis vezes a massa de Júpiter mas aproximadamente o mesmo tamanho. A forma e tamanho da sua órbita são também invulgares para um planeta como Kepler-432b que orbita uma estrela gigante.

Daqui a menos de 200 milhões de anos, esta "gigante vermelha" irá provavelmente engolir o planeta. Os resultados da investigação foram publicados na revista "Astronomy & Astrophysics. "A maioria dos planetas conhecidos que se deslocam em torno de estrelas gigantes têm órbitas grandes e circulares. Com uma órbita pequena e altamente alongada, Kepler-432b é um verdadeiro 'rebelde' entre planetas do seu género," afirma o Dr. Davide Gandolfi do observatório estatal Königstuhl, parte do Centro para Astronomia. O Dr. Gandolfi é membro da equipa de pesquisa que descobriu o planeta.

Ele explica que a estrela em torno da qual Kepler-432b orbita já esgotou o seu combustível nuclear no núcleo e está expandindo-se gradualmente. O seu raio é já quatro vezes maior do que o do nosso Sol e ficará ainda maior no futuro. Como a estrela tem um tom avermelhado, os astrónomos chamam-na de "gigante vermelha".

A órbita de Kepler-432b trá-lo incrivelmente perto da sua estrela-mãe e afasta-o bem mais que outros planetas do género, criando assim enormes diferenças de temperatura ao longo do ano do planeta, que corresponde a 52 dias terrestres. "Durante a estação de inverno, a temperatura em Kepler-432b ronda os 500 graus Celsius. Na curta estação de verão, pode aumentar até aos 1000 graus Celsius," afirma a Dra. Sabine Reffert do observatório estatal Königstuhl. Kepler-432b foi anteriormente identificado como um candidato a planeta em trânsito pela missão do satélite Kepler da NASA. A partir do ponto de vista da Terra, um planeta em trânsito passa em frente da sua estrela, diminuindo periodicamente a luz estelar recebida.

Ambos os grupos de investigação usaram o telescópio de 2,2 metros do Observatório de Calar Alto, na Andaluzia, Espanha, para recolher dados. O grupo do observatório estatal também observou Kepler-432b com o NOT (Nordic Optical Telescope) em La Palma, Ilhas Canárias. Assim sendo, foram capazes de adquirir as medições de alta precisão necessárias para determinar a massa do planeta. "A descoberta de Kepler-432b só foi possível graças à programação flexível do tempo de observação nos telescópios e ao excelente suporte fornecido pelos técnicos e operadores nos dois locais," enfatiza o Dr. Gandolfi.

"Os dias de Kepler-432b estão contados," acrescenta Mauricio Ortiz, estudante de doutoramento na Universidade de Heidelberg, que liderou um dos dois estudos sobre o planeta. "Em menos de 200 milhões de anos, Kepler-432b será engolido pela contínua expansão da estrela hospedeira. Esta pode ser a razão pela qual nós não encontramos outros planetas como Kepler-432b - astronomicamente falando, as suas vidas são extremamente curtas."

Temperatura Média dos Planetas Telúricos





Mercúrio

De temperatura elevadíssima do lado esférico iluminado pelo Sol e, com o lado escuro fatalmente frio, Mercúrio tem sua superfície fortemente marcada por crateras. Esse planeta é desprovido de ar, ou seja, condições claramente hostis que desencorajam os astronautas a desembarcar nele.

A duração de sua órbita em volta do Sol é de 88 dias e a rotação é de 58 dias e 15 horas. É o menor planeta do Sistema Solar, sendo 40% menor que o planeta Terra. 

Sua atmosfera é composta por potássio, sódio, oxigênio atômico, argônio, hélio, oxigênio molecular, nitrogênio, dióxido de carbono, água e hidrogênio. A superfície é marcada pela presença de planícies que, devido ao impacto de meteoritos, apresente muitas crateras.

Mercúrio não possui satélites naturais, ou seja, é um planeta sem luas.

O planeta foi identificado por uma observação através do telescópio, realizada pelo conhecido astrônomo italiano Galileu Galilei.

Distância média do Sol: 57.910.000 km
Massa: 3.302 x 1023 kg
Área superficial: 7.500 x 107 km²
Diâmetro: 4.879 km
Temperatura média: 800º C

Vênus

De tamanho quase idêntico ao da Terra, esse planeta está constantemente envolto por camada de nuvens que não permitem a passagem de luz solar até sua superfície. A hostilidade também está presente em suas condições atmosféricas, pois os gases são sufocantes e venenosos, tornando inviável qualquer forma de sobrevivência, típica do planeta Terra.

Seu movimento de rotação, a volta completa sobre si, demora 243 dias, fazendo com que seus dias sejam maiores que os anos. Vênus é facilmente avistada em nosso céu durante a noite. É um corpo celeste bastante conhecido e vulgarmente chamado de estrela d'alva, da manhã, da tarde, Vésper (altura de sua aparição) e do pastor (hora em que este movimentava o rebanho).

Vênus é um planeta que não possui satélites naturais e sua atmosfera é composta, principalmente, por: dióxido de carbono, nitrogênio e outros gases em menor quantidade, como dióxido de enxofre, argônio, monóxido de carbono, vapor de água, hélio e neônio. Sua pressão atmosférica é extremamente alta e os ventos na parte superior das nuvens podem alcançar 400 km/h. Seu núcleo é formado por ferro e coberto com manto rochoso.

Distância do Sol: 108.200.000 km
Massa: 48.685x1024 kg
Área superficial: 4600x108 km²
Diâmetro: 12.103 km
Temperatura média: 480º C

Terra

Ao contrário de outros planetas, a Terra é ativa graças aos vulcões e tremores de terra que mantém a superfície em constantes mudanças. É o único planeta em que a água se apresenta no estado líquido e onde o ar é rico em nitrogênio e oxigênio. A combinação desses dois elementos propicia um filtro à atmosfera, ajudando a filtrar algumas radiações mais nocivas que o Sol emite. A atmosfera também protege a superfície terrestre da colisão de meteoritos. Essas condições permitem que haja vida no planeta.

A Terra é conhecida por ter uma aparência esférica azul e brilhante devido à abundância de água líquida, cobrindo mais de 2/3 do planeta, tornando-se única no Sistema Solar.

Seu movimento ao redor do próprio eixo é conhecido por rotação. Esse movimento é anti-horário e dura 24 horas, um dia para dar uma volta sobre si mesma. A velocidade de rotação é de 1500 km/h, originando também a sucessão dos dias e das noites.

Como outros planetas do Sistema Solar, a Terra também exerce um movimento ao redor do Sol. Esse movimento denomina-se translação. A translação dura 365 dias, ou seja, um ano, dando origem às quatro estações do ano: Primavera, Verão, Outono e Inverno.

Distância do Sol: 149.600.000 km
Área superficial: 510.000.000 km²
Diâmetro: 12.756 km
Temperatura média: 15º C 

Marte

Considerado um astro pequeno por ter, proporcionalmente, metade do tamanho da Terra, Marte possui algumas semelhanças com o planeta azul. Algumas delas são: rotação com duração de 24 horas, calotas polares e atmosfera. Tal atmosfera é formada por elementos como: gás carbônico, nitrogênio, argônio e oxigênio.

Descobertas recentes mostram evidências da existência de água no planeta por meio de superfícies com erosões e presença de partículas de gelo. 

Sua translação dura 687 dias e a rotação 24 horas e 36 minutos. Marte é detentora de duas pequenas luas: Fobos e Deimos.

Distância do Sol: 227.940.000 km
Massa: 0,107 x a massa da Terra
Diâmetro: 6.794 km
Temperatura média: -63º C






Sírio



Sírio é a estrela mais brilhante no céu noturno, com uma magnitude aparente de −1,46, localizada na constelação de Canis Major. Pode ser vista a partir de qualquer ponto na Terra, sendo que, no Hemisfério Norte faz parte do Hexágono do Inverno.

NGC 4755




NGC 4755 (também conhecido como Caixa de Joias, Aglomerado Kappa Crucis e Caldwell 94) é um aglomerado estelar aberto localizado a 6 445 anos-luz da Terra na constelação ddo Cruzeiro do Sul.

Sua principal estrela é Kappa Crucis, de magnitude aparente 5,98.

Se pode ser observado com o auxílio de um binóculo ou telescópio.

A Equivalência entre massa e energia




Considere uma pedra em repouso em relação ao solo ... Sendo m0 sua massa de repouso, pode-se demostrar que essa massa equivale a uma energia intrínseca E0, dada por E0=m0c^2

por exemplo, se fosse possivel aniquilar uma pedra de massa de repouso igual a 1 g, transformando-a totalmente em energia, obteríamos:

E0=m0c² = (1.10^-3).(3.10^8) ² --> E0= 9.10^13J

essa energia seria suficiente para manter acesas 1000 lâmpadas de 100W por quase 30 anos! portanto uma pequeníssima massa equivale a uma enorme quantidade de energia
Todas as reações que liberam energia,até mesmo as reações exotérmicas, fazem-no por causa de uma perda de massa, que se transformar a em energia Emoticon smile

Do exposto, concluímos que a masa é uma forma de energia

Se um corpo estiver em movimento em relação a um referencial no qual ele possui uma massa de repouso igual a m0, sua energia total será dada por:

E=mc²

em que "m" é a massa relativística do corpo
Essa energia total E é a soma da energia de repouso do corpo, Eo com sua energia cinética Ec:

E=E0+Ec

- EXEMPLOS CURIOSOS

1º: Quando você aquece 1kg de água, de 0 a 100ºC, a água absorve cerca de 4.10^5J de energia. com isso, sua massa de repouso sofre um acréscimo de 4.10^-12 Kg, aproximadamente

2º: Se você deformar uma mola, armazenando nela 180J de energia potencial elástica, sua massa aumentara de 2.10^-15Kg

3º: A reação do hidrogênio com o oxigênio para formação da agua é exotérmica, ou seja, libera energia térmica. Para cada mol de agua formada, é liberada uma energia de 68Kcal. o que equivale a uma perda de massa dos reagentes aproximadamente igual a 3.10^-9 g

* Nos três exemplos que citamos, faça os cálculos e confira as variações de mass

Foto : Hubble



O Hubble obtém melhor imagem até agora de um disco de detritos circunstelar distorcido por um Planeta

A foto é o retrato mais detalhado até agora de um disco grande de gás e poeira que rodeia a 20 milhões de anos de idade, estrela Beta Pictoris. 

A nova imagem do Hubble de luz visível traça o disco na mais perto da estrela para dentro de cerca de 650 milhões milhas da estrela (que fica dentro do
 raio da órbita de Saturno em torno do Sol).

Ao comparar as últimas imagens de imagens do Hubble obtidas em 1997, os astrônomos acham que a distribuição de poeira do disco pouco mudou ao longo de 15 anos, apesar do fato de que toda a estrutura está orbitando a estrela como um carrossel.

A foto Telescópio Espacial Hubble foi colorida artificialmente para realçar os detalhes na estrutura do disco.

Crédito: NASA , ESA , e D. Apai e G. Schneider (University of Arizona)

Foto : Grande e a Pequena Nuvem de Magalhães.





Grande e a Pequena Nuvem de Magalhães. A cena também captura a vasta cauda e a brilhante coma do Cometa McNaught, o chamado Grande Cometa de 2007.

A Grande Nuvem de Magalhães é visível como um distinto objeto no céu noturno do hemisfério sul, abrindo seu contorno entre as constelações de Dorado e Mensa. 

Fonte: Astrônomo de BH

Nebulosa Ômega



A Nebulosa Ômega, ou também conhecida como Nebulosa do Cisne ou M17 é um exemplo de nebulosa de emissão.

Nebulosas de emissão são nuvens de gás com temperatura alta. Os átomos na nuvem são energizados por luz ultravioleta de uma estrela próxima e emitem radiação quando decaem para estados de energia mais baixos (luzes de néon brilham praticamente da mesma maneira). Nebulosas de emissão são geralmente vermelhas, por causa do hidrogênio, o gás mais comum do Universo e que comumente emite luz vermelha.


Nebulosa Saco de carvão




Nebulosa Saco de carvão é um exemplo de nebulosas escuras.

As nebulosas escuras, são nuvens de gás e poeira que impedem quase completamente a luz de passar por elas, são identificadas pelo contraste com o céu ao redor delas, que é sempre mais estrelado ou luminoso. Elas podem estar associadas à regiões de formação estelar.


Nebulosa do Haltere




Nebulosa do Haltere, também conhecida como M27 ou NGC 6853, é um exemplo de nebulosa planetária.

As nebulosas planetárias receberam esse nome de William Herschel porque quando foram vistas ao telescópio pela primeira vez, elas se pareciam com um planeta, posteriormente se descobriu que elas eram causadas por material ejetado de uma estrela central. Este material é iluminado pela estrela central e brilha, podendo ser observado um espectro de emissão. A estrela central normalmente termina como uma anã branca.

Nebulosa IC 2118

Nebulosa IC 2118, também conhecida como Nebulosa Cabeça de Bruxa (devido à sua forma) é um exemplo de nebulosa de reflexão.

Nebulosas de reflexão são nuvens de poeira que simplesmente refletem a luz de uma estrela ou estrelas próximas. 

Nebulosas de reflexão são geralmente azuis porque a luz azul é espalhada mais facilmente. Nebulosas de emissão e de reflexão são geralmente vistas juntas e são às vezes chamadas de nebulosas difusas


Teoria Geral da Relatividade : Buraco Negro




De acordo com a Teoria Geral da Relatividade, um buraco negro é uma região do espaço da qual nada, nem mesmo objetos que se movam na velocidade da luz, podem escapar. Este é o resultado da deformação do espaço-tempo causada por uma matéria maciça e altamente compacta. Um buraco negro é limitado pela superfície denominada horizonte de eventos, que marca a região a partir da qual não se pode mais voltar. O adjetivo negro em buraco negro se deve ao fato deste não refletir a nenhuma parte da luz que atinja seu horizonte de eventos, atuando assim, como se fosse um corpo negro perfeito em termodinâmica. Acredita-se, também, com base na mecânica quântica, que buracos negros emitam radiação térmica, da mesma forma que os corpos negros da termodinâmica a temperaturas finitas. Esta temperatura, entretanto, é inversamente proporcional à massa do buraco negro, de modo que observar-se a radiação térmica proveniente destes objetos torna-se difícil quando estes possuem massas comparáveis às das estrelas.

Delta Ophiuchi



Delta Ophiuchi (Yed Prior, Yad, Jed Prior, 1 Ophiuchi) é uma estrela na direção da constelação de Ophiuchus. Possui uma ascensão reta de 16h 14m 20.77s e uma declinação de −03° 41′ 38.3″. Sua magnitude aparente é igual a 2.73. Considerando sua distância de 170 anos-luz em relação à Terra, sua magnitude absoluta é igual a −0.86. Pertence à classe espectral M1III.

Estrela que explodiu floresce como uma flor cosmica




As observações do remanescente de supernova G299.2-2.9 pelo Chandra revelam informações importantes sobre este objeto. Crédito: NASA/CXC/U. Texas

Tendo em conta que os campos de destroços de estrelas que explodiram, conhecidos como remanescentes de supernovas, são muito quentes, energéticos e brilham intensamente em raios-X, o Observatório Chandra da NASA tem provado ser uma ferramenta valiosa no seu estudo. O remanescente de supernova chamado G299.2-2.9 (ou G299) está localizado dentro da nossa Via Láctea, mas a imagem do Chandra é uma reminiscência de uma bonita flor cá na Terra. G299 foi deixado por uma classe particular de supernovas chamada Tipo Ia. Os astrónomos pensam que a supernova de Tipo Ia é uma explosão termonuclear - envolvendo a fusão de elementos e a libertação de grandes quantidades de energia - de uma anã branca num órbita íntima com uma estrela companheira.

Se a parceira da anã branca for uma estrela normal, parecida com o Sol, a anã branca pode tornar-se instável e explodir quando atrair o material da sua companheira. Alternativamente, se a anã branca estiver em órbita com outra anã branca, as duas podem fundir-se e desencadear uma explosão. Independentemente do mecanismo de desencadeamento, há muito que se sabe que as supernovas do Tipo Ia são uniformes no que toca ao seu brilho extremo, geralmente ultrapassando o brilho da galáxia onde se encontram. Tal é importante porque os cientistas usam estes objetos como "marcos quilométricos" cósmicos, o que lhes permite medir com precisão as distâncias de galáxias a milhares de milhões de anos-luz e determinar a taxa de expansão do Universo.

Os modelos teóricos tradicionais das supernovas de Tipo Ia geralmente preveem que estas explosões são simétricas, criando uma esfera quase perfeita à medida que expandem. Estes modelos têm sido apoiados por resultados que mostram que os remanescentes de supernovas do Tipo Ia são mais simétricos que os remanescentes de supernovas que envolvem o colapso de estrelas maciças. No entanto, os astrónomos estão descobrindo que algumas explosões de supernova do Tipo Ia podem não ser tão simétricas como se pensava. G299 pode ser um exemplo desse tipo "invulgar" de supernova do Tipo Ia. Usando uma observação longa do Chandra, os investigadores descobriram que a concha de detritos da estrela que explodiu está expandindo-se de forma diferente em várias direções.

Nesta nova imagem do Chandra, o vermelho, verde e azul representam raios-X de baixa, média e alta energia, respetivamente, detetados pelo telescópio. Os raios-X de energia média incluem a emissão do ferro e os raios-X altamente energéticos incluem a emissão de silício e enxofre. Os dados de raios-X foram combinados com dados infravermelhos do levantamento terrestre 2MASS que mostra as estrelas no campo de visão.

Ao realizar uma análise detalhada dos raios-X, os investigadores encontraram vários exemplos claros de assimetrias em G299. Por exemplo, a razão entre as quantidades de ferro e silício na parte do remanescente mesmo acima do centro é maior que na região do remanescente mesmo por baixo do centro. Esta diferença pode ser vista na cor mais esverdeada da secção superior em comparação com a cor mais azulada da secção inferior. Além disso, existe uma porção fortemente alongada no remanescente que estende para a direita. Nesta região, a relação ferro-silício é similar à encontrada na região sul do remanescente.

Os padrões observados nos dados do Chandra sugerem que esta supernova do Tipo Ia pode ter sido produzida por uma explosão muito desequilibrada. Também pode ser que o remanescente está a expandir-se para um ambiente onde o meio que encontra é irregular. Independentemente da explicação definitiva, as observações de G299 e de outros objetos como este estão a mostrar aos astrónomos quão variadas estas flores cósmicas podem ser. O artigo que descreve estes resultados foi publicado na edição de 1 de Setembro de 2014 da revista The Astrophysical Journal e está disponível online.

O estranho caso da anã desaparecida

estrela dupla incomum V471 Tauri no centro da imagem


O novo instrumento SPHERE mostra as suas capacidades
Esta imagem mostra o céu em torno da estrela dupla incomum V471 Tauri. O objeto propriamente dito é visível como uma estrela comum de brilho moderado no centro da imagem. Esta imagem foi criada a partir de dados do Digitized Sky Survey 2.Crédito:ESO/Digitized Sky Survey 2

O novo instrumento SPHERE montado no Very Large Telescope do ESO foi utilizado para procurar uma anã marrom que se pensava estar em órbita de uma estrela dupla incomum, V471 Tauri. O SPHERE forneceu aos astrônomos a melhor visão até hoje do meio que circunda este intrigante objeto e o que se descobriu foi - nada!! A ausência surpreendente desta anã marrom prevista de forma sólida significa que a explicação convencional do comportamento estranho de V471 Tauri está errada. Este resultado inesperado encontra-se descrito no primeiro artigo científico baseado em observações do SPHERE. Alguns pares de estrelas são constituídos por duas estrelas normais com massas ligeiramente diferentes. Quando a estrela de massa ligeiramente superior envelhece e expande dando origem a uma gigante vermelha, parte do seu material é transferido para a outra estrela, e acaba rodeando ambas as estrelas sob a forma de um enorme envelope gasoso.

Quando esta nuvem se dispersa as estrelas aproximam-se formando um par muito próximo constituído por uma anã branca e uma estrela mais normal. V471 Tauri é um par estelar deste tipo. Trata-se de um membro do aglomerado estelar das Híades na constelação do Touro e estima-se que tenha cerca de 600 milhões de anos e se encontre a aproximadamente 163 anos-luz da Terra. As duas estrelas encontram-se muito próximas entre si, orbitando em torno uma da outra a cada 12 horas. Duas vezes em cada órbita uma estrela passa em frente da outra - o que leva a variações regulares do brilho do par quando observado a partir da Terra, já que as estrelas se eclipsam uma à outra.

Uma equipe de astrônomos liderada por Adam Hardy (Universidad Valparaíso, Chile) usou o sistema ULTRACAM no New Technology Telescope do ESO para medir estas variações de brilho de forma muito precisa. Os tempos dos eclipses foram medidos com uma precisão superior a dois segundos - um resultado muito melhor que as medições anteriores. Os tempos dos eclipses não eram regulares, mas podiam ser explicados assumindo a existência de uma anã marrom em órbita das duas estrelas, cuja força gravitacional estivesse perturbando as órbitas destes objetos. Foram também descobertas pistas que apontavam para a existência de um segundo objeto companheiro menor.

No entanto, e até agora, não tinha sido possível obter imagens da tênue anã marrom situada tão próximo de estrelas muito mais brilhantes. O poder do novo instrumento SPHERE recentemente instalado no Very Large Telescope do ESO permitiu que a equipa olhasse pela primeira vez para o local exato onde se pensava que estivesse a anã marrom. No entanto, nada foi encontrado, embora as imagens de altíssima qualidade do SPHERE devessem tê-la revelado.

“Existem muitos artigos que sugerem a existência de objetos circumbinários, mas os resultados que obtivemos vão no sentido contrário desta hipótese”, diz Adam Hardy.

Se não existe nenhum objeto orbitando estas estrelas, então o que é que provoca as estranhas variações na órbita do sistema binário? Várias teorias foram propostas e, embora algumas tenham sido já excluídas, é possível que os efeitos na órbita sejam causados por variações no campo magnético da maior das duas estrelas, algo semelhante às variações menores que observamos no Sol.

“Um estudo como este já fazia falta há muito tempo, mas só agora foi possível graças ao advento de novos instrumentos muito poderosos como o SPHERE. É assim que funciona a ciência: observações feitas com tecnologias novas podem tanto confirmar como, e foi o caso, refutar ideias anteriores. Esta foi uma maneira excelente de começar a vida observacional deste instrumento fantástico”, conclui Adam Hardy.
Fonte: ESO

Palomar 12

See Explanation.  Clicking on the picture will download
 the highest resolution version available.


O aglomerado globular de estrelas Palomar 12 não nasceu aqui. As estrelas do aglomerado, identificadas pela primeira vez no Palomar Sky Survey são mais jovens do que aquelas encontradas em outros aglomerados globulares de estrelas que vagam pelo halo da nossa Via Láctea. A posição do Palomar 12 na nossa galáxia e as medidas de movimento, sugerem que sua casa foi em algum momento no passado a Galáxia Anã Elíptica Sagittarius, uma galáxia satélite da Via Láctea. Corrompida pela maré gravitacional durante encontros próximos, a galáxia satélite perdeu parte de suas estrelas para a galáxia maior, no caso, a Via Láctea. Agora, parte do halo da Via Láctea, a captura por maré do Palomar 12 provavelmente ocorreu a cerca de 1.7 bilhões de anos atrás. Visto atrás de um primeiro plano repleto de estrelas “pontudas”, nessa imagem super nítida do Hubble, o Palomar 12 se espalha por quase 60 anos-luz. Ele está localizado a aproximadamente 60000 anos-luz de distância da Terra, na direção da constelação de Capricornius.

Nuvem misteriosa surge em Marte e intriga pesquisadores espaciais

Misteriosa nuvem em marte


 Imagem divulgada pelo Grupo de Ciências Planetárias da Universidade do País Basco mostra detalhes da pluma que se ergueu sobre Marte durante 11 dias em 2012. Créditos: Grupo de Ciências Planetárias, gcp-upv/ehu, Efrain Morales, Apolo11.com.

Sem dúvida, Marte continua sendo o planeta mais intrigante do Sistema Solar. Vira e mexe aparece alguma coisa que chama a atenção e atiça a imaginação. A bola da vez é uma estranha nuvem que surgiu no hemisfério Sul do planeta e que ninguém tem a menor ideia do que se trata. Embora o Planeta Vermelho seja altamente monitorado por sondas e jipes-robôs de última geração, quem causou todo o alvoroço foram os astrônomos amadores, em especial o estadunidense Wayne Jaeschke, que de sua casa na Pensilvânia foi o primeiro a ver uma estranha e inédita formação na borda sul marciana.

De seu quintal, Jaeschke observou uma grande protuberância que parecia se projetar da superfície em direção à atmosfera e que nunca havia sido vista ou estava documentada em qualquer atlas do planeta. De acordo com o astrônomo, o evento durou 11 dias e só podia ser observado em um ângulo muito específico de reflexão. O registro se deu entre março e abril de 2012, mas só agora ganhou destaque internacional, depois que um estudo feito pela equipe do astrofísico Antonio García Muñoz, ligado à Agência Espacial Europeia, foi publicado na respeitada revista científica Nature. 


Depois da publicação do artigo, diversos astrônomos amadores e profissionais correram aos seus acervos na tentativa de ver com os próprios olhos a estranha e efêmera formação anunciada, mas que havia passado despercebida na ocasião. E lá estava a protuberância, vista em diversas cenas tomadas entre março e abril de 2012.

Especulação

Nuvem em marte

Nuvem em marte

Mosaico feito com imagens captadas pelo astrônomo amador Efrain Morales também mostra a estranha protuberância, ainda sem explicação. Créditos: Grupo de Ciências Planetárias, gcp-upv/ehu, Efrain Morales, Apolo11.com.


Segundo os primeiros estudos, ao que tudo indica a feição é composta por nuvens que se formaram entre 200 a 250 quilômetros de altitude e que por motivos ainda não compreendidos passam por mudanças que as fazem sumir à medida que se deslocam pelo lado escuro do planeta. Em seguida, se formam novamente sob a luz solar. Alguns pesquisadores acreditam que a nuvem é composta por partículas de gelo seco (dióxido de carbono) ou de água, enquanto outros especulam sobre algum fenômeno ligado à interação entre o campo magnético da região e as partículas vindas do Sol, que poderiam criar uma espécie de aurora marciana. Imagens feitas pelo telescópio Hubble, 1997 no total, também revelaram a enorme pluma, mas como não foi um registro programado, não houve uma análise espectrográfica que pudesse analisar a composição química do fenômeno.

Uma das hipóteses mais interessantes é sem dúvida a que associa a nuvem aos cristais de gelo em grande altitude, já que para estar correta a alta atmosfera marciana precisaria ser muito mais fria do que o esperado.  A hipótese das auroras não é levada tão a sério, já que para serem registradas aqui da Terra elas deveriam ser cerca de 1000 vezes mais forte que as auroras boreais. Além disso, não houve registro de atividade solares incomuns naquele período. Como podemos ver, as peças do quebra-cabeça estão novamente na mesa. Afinal, o que seria essa estranha nuvem vista por um astrônomo amador do quintal de sua casa?

Veja fotos incríveis do universo parecendo joias preciosas

fotos tilt shift universo (5)

Muitas vezes, esquecemos que o universo é um lugar incrível, porque as enormes distâncias e escalas sobre-humanas não podem ser bem processadas pelo nosso minúsculo cérebro alojado em um minúsculo ponto azul pálido dessa imensidão. Agora, temos ajuda para poder apreender tanta beleza de um ponto de vista que combina mais com nosso tamanho. A artista italiana Saint Tesla transforma galáxias e nebulosas em pequenas joias preciosas. “Macrocosmo e microcosmo fazem parte de um antigo esquema grego neoplatônico de ver os mesmos padrões reproduzidos em todos os níveis do cosmos, da maior escala (macrocosmo ou nível do universo) até a menor escala (microcosmo ou níveis subatômicos e mesmo metafísicos. No ponto médio do sistema, encontra-se o homem, que resume o cosmos”, argumenta.

“Macrocosmo e microcosmo fazem parte de um antigo esquema grego neoplatônico de ver os mesmos padrões reproduzidos em todos os níveis do cosmos, da maior escala (macrocosmo ou nível do universo) até a menor escala (microcosmo ou níveis subatômicos e mesmo metafísicos. No ponto médio do sistema, encontra-se o homem, que resume o cosmos”, argumenta.

Saint Tesla é uma artista interdisciplinar. Seus interesses atuais são focados na mistura de ciência (principalmente biologia e neurociência), arte e sistemas de pensamento, na narrativa distópica e estética da internet na tentativa de penetrar diferentes ecossistemas existentes. Fazendo suas pesquisas, ela descobriu experimentos com miniaturas espaciais usando a técnica “tilt shift”, então decidiu tentar o mesmo. O estilo de fotografia conhecida como “tilt and shift” refere-se ao uso de movimentos de câmara e lente ou de picagem/inclinação para limitar ou aumentar a profundidade de campo. O resultado são nebulosas, galáxias e supernovas transformadas em microrganismos perfeitos. Confira alguns dos seus trabalhos:

fotos tilt shift universo (1)


fotos tilt shift universo (3)



fotos tilt shift universo (4)



fotos tilt shift universo (9)


fotos tilt shift universo (10)

Eta Carinae



Eta Carinae, (na constelação da Quilha, ou "Carina", em latim), está a 7500 anos-luz da Terra. Uma estrela visível no Hemisfério Sul, mas não no Hemisfério Norte. De tamanho muito grande (segundo a estimativa mais alta seu raio pode medir 0,9 unidades astronômicas), seu aspecto mais marcante é a variação de seu brilho em várias ordens de magnitude.

Órion, o caçador .




As estrelas que compõem esta constelação podem ter como elemento no seu nome o genitivo "Orionis".

Órion é uma constelação reconhecida em todo o mundo por incluir estrelas brilhantes e visíveis em ambos os hemisférios

sábado, 14 de fevereiro de 2015

Pilares da Criação em 3 etapas


Para aqueles que falam que os pilares da criação não devem mais existir, vejam bem essa imagem.

Achei espetacular, ela mostra o ciclo de vida das estrelas. O início numa nebulosa, bem similar aos pilares da criação, a vida, limpa, sem nada obstruindo sua luz, e o final, numa bela explosão de supernova.

Obviamente que o final da vida de uma estrela dependerá da sua massa e de outras variáveis, mas esse sim é um fim possível. Vamos considerar uma estrela como o Sol, esse ciclo leva cerca de 10 bilhões de anos.

Resolvendo o enigma, para os que falam que os pilares da criação não devem mais existir. Bem, eles estão localizados a 6500 anos-luz de distância da Terra, ou seja, estamos vendo eles hoje, como eles eram a 6500 anos atrás, como essa parte do ciclo leva milhões de anos, muito provavelmente eles ainda existem e existirão por muito tempo ainda.

Galáxia M65



As galáxias espirais M65 (em cima) e M66 (embaixo) se encontram relativamente próximas de nós, a cerca de 35 milhões de anos-luz de distância da Terra.

Cada uma tem cerca de 90.000 anos luz de diâmetro - aproximadamente o mesmo tamanho da Via Láctea com seus 100.000 anos-luz de diâmetro.

Ambas foram descobertas na mesma ocasião por Charles Messier no ano de 1780.
 

A Galáxia do Sombreiro




A galáxia do Sombreiro (Messier 104, NGC 4594),é uma galáxia espiral com núcleo brilhante rodeado por um disco achatado de material escuro,situada a uma distância na ordem dos 30 milhões de anos-luz de nós, podendo ser observada na constelação de Virgem. Sua magnitude aparente é de cerca de +9,0 fazendo com que seja visível através de um telescópio amador.

Makemake



Makemake, formalmente designado como (136472) Makemake, é o terceiro maior planeta anão do Sistema Solar e o maior objeto transnetuniano conhecido na população dos cubewanos.
Sua superfície é coberta por metano, etano e possivelmente nitrogênio e tem uma baixa temperatura média de cerca de 30 K (-243,2 °C).

O Glóbulo Incomum na Tromba de Elefante




Essa coluna de gás e poeira com 20 anos-luz de comprimento, ganhou o apelido de Nebulosa da Tromba de Elefante. A luz energética de uma estrela e o vento gerado por ela está cavando o buraco que pode ser observado na parrte superior da nebulosa.

Travis Rector (University of Alaska Anchorage) / Heidi Schweiker (WIYN, NOAO, AURA, NSF)

Existe algo menor que o Átomo ?




Essa é uma pergunta que intrigou Demócrito na Grécia Antiga. Pensava-se no átomo(matéria) como uma esfera massiva indivisível. No final do Século XIX e no início do século XX o conceito de átomo já era difundido, o modelo consistia nos elétrons concêntricos orbitando em torno de um núcleo formado por prótons e nêutrons. Na segunda metade do séc.XX encontraram partículas menores ainda: Os 6 sabores de Quarks, que juntos formavam as partículas constituintes do núcleo atômico ( hádrons formadores de bárions). Além dos 3 neutrinos.

Eis que a Teoria das Cordas chega na década de 70 para pôr fim à incompatibilidade entre Relatividade Geral e a Mecânica Quântica com o objetivo de renormalizar a inquietude do microscópico - explicando a força nuclear forte que ligaria estas partículas. Seu tamanho é o comprimento de Planck consistente em x10^-35cm, bilhões de vezes menor do que um único átomo, em definição sobre o tamanho de uma corda, a título de parâmetro: Um átomo está para uma corda, assim como o Sistema Solar está para um átomo.

Seu funcionamento pode ser descrito como cordas vibrantes, cada corda emite diversas frequências, ou 'tons', da qual produzem diferentes subparticulas. Suas estruturas ainda, podem abrigar dimensões espaciais encaracoladas-recurvadas, ao todo 7, são chamadas de dimensões extras.

A Teoria das Cordas não pode ser testada, porque nem mesmo o LHC possui os Teraelétron-Volts necessários para detectá-la. Precisaríamos de um acelerador de partículas do tamanho do Sistema Solar. Ademais, a Teoria das Cordas segue sendo a plausível Teoria de Tudo, segundo vários modelos matemáticos.

Existiu ou Não Um Big Bang? Equações Quânticas Preveem Um Universo Sem Início




O universo pode ter sempre existido, de acordo com um novo modelo que aplica termos de correção quântica para complementar a Teoria da Relatividade de Einstein. O modelo também pode considerar a matéria escura e a energia escura, resolvendo múltiplos problemas de uma vez.

A idade vastamente aceita do universo, como estimada pela teoria da relatividade geral, é de 13.8 bilhões de anos. No começo, acredita-se que tudo  ocupava um único ponto infinitamente denso, ou a singularidade. Somente depois desse ponto iniciou-se a expansão no chamado Big Bang e o universo oficialmente começou.

Embora a singularidade do Big Bang surge diretamente e sem dúvida e inevitavelmente da matemática da relatividade geral, alguns cientistas as veem como problemática porque a matemática pode explicar somente o que acontece imediatamente depois – não no momento ou antes – da singularidade.

“A singularidade do Big Bang é o problema mais sério da relatividade geral pois as leis da física parecem não funcionar nesse ponto”, disse Ahmed Farag Ali na Universidade Benha e na Zewail City of Science and Technology, ambos no Egito.

Ali e co-autor Saurya Das da Universidade de Lethbridge em Alberta, no Canadá, mostraram num artigo publicado na revista Physics Letters B que a singularidade do Big Bang pode ser resolvida pelo seu novo modelo onde o universo não teve um início e nem um fim.

Os físicos enfatizam que seus termos de correção quântica não são aplicados na tentativa de especificamente eliminar a singularidade do Big Bang. Seu trabalho é baseado nas ideias propostas pelo físico teórico David Bohm, que também é conhecido por suas contribuições para a filosofia da física. Começando em 1950, Bohm, explorou a troca da geodésica clássica (o menor caminho entre dois pontos numa superfície curva), com trajetórias quânticas.

No artigo, Ali e Das aplicaram essas trajetórias Bohmiana a uma equação desenvolvida na década de 1950 pelo físico Amal Kumar Raychaudhuri na Presidency University em Kolkata, na Índia. Raychaudhuri também foi professor de Das quando ele estava na graduação na instituição na década de 1990.

Usando a equação quântica corrigida de Raychaudhuri, Ali e Das derivaram as equações quânticas corrigidas de Friedmann, que descreve a expansão e a evolução do universo (incluindo o Big Bang) dentro do contexto da relatividade geral. Embora não seja uma verdadeira teoria da gravidade quântica, o modelo contém elementos tanto da teoria quântica como da relatividade geral. Ali e Das também esperam que seus resultados possam se manter mesmo quando uma teoria completa da gravidade quântica for formulada.

Além de não prever a singularidade do Big Bang, o novo modelo não prevê uma singularidade no “Big Crunch”. Na relatividade geral, um possível destino para o universo é que ele começa a se encolher até que colapse num big crunch e se transforme num ponto infinitamente denso novamente.

Ali e Das explicam em seu artigo que seu modelo evita singularidades pois considera uma diferença chave entre a geodésica clássica e as trajetórias Bohmiana. A geodésica clássica eventualmente cruza uma a outra, e o ponto onde elas convergem são as singularidades. Em contraste, as trajetórias Bohmianas nunca se cruzam, então as singularidades não aparecem nas equações.

Em termos cosmológicos, os cientistas explicam que as correções quânticas podem ser pensadas como termos de constantes cosmológicas (sem a necessidade para a energia escura) e um termo de radiação. Esses termos mantêm o universo num tamanho finito dando a ele uma idade infinita. Os termos também fazem previsões que concordam muito bem com as atuais observações da constante cosmológica e da densidade do universo.

Em termos físicos, o modelo descreve o universo como sendo preenchido com um fluido quântico. Os cientistas propõem que esse fluido possa ser composto de gravítons – partículas hipotéticas sem massa que permeiam a força da gravidade. Se eles existem, os gravítons são pensados como terem um papel fundamental na teoria da gravidade quântica.

No artigo, Das e outro colaborador, Rajat Bhaduri da Universidade McMaster, Canadá, deram mais credibilidade para esse modelo. Eles mostraram que os gravítons podem formam um condensado de Bose-Einstein (denominado em homenagem a Einstein e outro físico indiano Satyendranath Bose) em temperaturas que estavam presentes no universo em todas as épocas.

Motivados pelo potencial do modelo de resolver a singularidade do Big Bang e por considerar a matéria escura e a energia escura, os físicos planejam analisar seu modelo de maneira mais rigorosa no futuro. Seus trabalhos futuros incluem refazer seu estudo levando em consideração pequenas heterogeneidades e perturbações anisotrópicas, mas eles não esperam que pequenas perturbações tenham efeitos significantes nos resultados.

“É satisfatório notar que essas correções possam potencialmente resolver muitas questões de uma única vez”, diz Das.


Astrônomos Observam Pela Primeira Vez Os Estágios Iniciais De Formação de Um Sistema Múltiplo de Estrela




Essa semana, uma equipe internacional de astrônomos reportou o primeiro sistema estelar múltiplo a ser observado durante seus primeiros estágios de formação. Essa descoberta suporta as previsões do modelo sobre como sistemas estelares duplos e triplos se formam.

Escrevendo na edição atual da revista Nature, o primeiro autor Jaime Pineda do Institute for Astronomy no ETH Zurique, com outros na Inglaterra e EUA, disse que entender porque e como os sistemas estelares múltiplos se formam é essencial para se saber sobre fenômenos como a formação de planetas e estrelas, a frequência de planetas e a habitabilidade. Eles disseram que o número de estrelas no sistema é determinado durante as fases iniciais da formação de estrelas mas que processos críticos ocorrem então e que são normalmente escondidos pelas densas nuvens de gás e poeira.

Offner disse que as novas observações também ajudam a explicar por que algumas condensações de gás pre-estelar ocorrem para formar um sistema com somente uma única estrela como a nossa, enquanto outras formam sistemas binários ou múltiplos. Metade das estrelas residem nesses sistemas com duas ou mais estrelas, incluindo a estrela vizinha mais próxima do Sol, Alpha Centauri. Contudo, os astrônomos não sabem exatamente o que determina quantas estrelas se formaram juntas ou quais as condições iniciais determinam que tipo de sistema estelar se desenvolverá. Os resultados reportados avançam no entendimento dessas condições em situações onde estrelas múltiplas são muito separadas.

Offner, que realizou simulações sobre os ambientes onde as estrelas nascem, previu que as estrelas em muitos sistemas múltiplos serão separadas por uma distância de algumas milhares de vezes a distância entre a Terra e o Sol. As condições nessa configuração inicial, no berçário estelar, são governadas pela velocidade do gás e pela gravidade, nota ela.

“Parece ser uma questão simples”, disse ela. “Por que o nosso Sol é uma estrela simples enquanto nossa estrela mais próxima, Alpha Centauri, é um sistema triplo? Existem modelos sobre como sistemas estelares múltiplos nascem, mas agora nós sabemos um pouco mais que nós não sabíamos antes”.

Nesse novo artigo, Pineda e seus colegas relataram a descoberta de um sistema estelar no ato de formação dentro da região de um berçário estelar da constelação de Perseus, por meio de observações feitas pelo Very Large Array (VLA), um observatório de rádio astronomia em Socorro, no Novo México e pelo Telescópio de Green Bank (GBT), o maior rádio telescópio do mundo em West Virginia.

As novas observações de alta resolução mostram três condensações de gás, que são fragmentos de um denso filamento de gás, e uma estrela muito jovem que ainda está ganhando massa. Eles estimam que as condensações formarão uma estrela em cerca de 40000 anos, um tempo relativamente curto na escala astronômica. A fragmentação do filamento “fornece um novo caminho para criar sistemas estelares”, notou Pineda e seus colegas. “Essa é a primeira vez que nós fomos capazes de estudar esses sistemas jovens em formação, e isso só foi possível graças a combinação tanto do GBT e do VLA”, disse Pineda.

Embora as distâncias entre as condensações de gás sejam atualmente algumas vezes maiores que o nosso sistema solar, os autores estimam a atração gravitacional entre eles é suficientemente forte que as novas estrelas formarão um sistema estelar quadruplo. Contudo, eles dizem que provavelmente interações entre as estrelas farão com que uma das estrelas seja expelida em menos de um milhão de anos, fazendo com que o sistema se torne um sistema triplo.

Infelizmente, o conhecimento ganho a partir da observação desse sistema enquanto ele está se formando não inclui assinaturas ou características para ajudar os astrônomos a localizarem outros sistemas como esse. “Nós gostaríamos de saber quão comum esse tipo de configuração é”, nota Offner. “Infelizmente, nós não pudemos prever a existência desse sistema na pesquisa inicial do GBT, assim nós não sabemos o que procurar em outros lugares. Para isso precisamos de mais trabalhos de pesquisa e mais modelos numéricos para sermos capazes de identificar outros sistemas jovens como esse”.

“Em termos do que isso significa para a formação do nosso Sol”, adiciona ela, “isso sugere que essas condições iniciais não foram iguais às observadas nesse sistema em formação. Ao invés disso, o Sol provavelmente se formou de algo que era mais esférico e não filamentar. A distribuição dos planetas no nosso Sistema solar também sugere que o nosso Sol nunca foi parte de um sistema múltiplo como esse”.



Vergonha, Decepção e Depressão – O que Fazer Com a Ciência no Brasil: Deputado do PSB Veta Acordo Científico Brasil



A luta política parece gostar de primar pela mediocridade. Diante da possibilidade de participar de um projeto de pesquisa tecnológica, que estimula a indústria nacional a desenvolver equipamentos de grande valor agregado, um deputado prefere a quebra de um acordo internacional em vias de implantação. Sua argumentação é repisadamente antiga e reiteradamente falsa: não se deve investir em ciência de ponta porque há grandes problemas nacionais (entre os quais a “corrupção”). Se formos esperar para resolver todos os problemas nacionais antes de ousar participar de grandes projetos internacionais, estaremos condenados a ficar para sempre na rabeira das nações industrializadas. Não há, de fato, perspectiva de horizonte aos que apenas insistem em olhar a sujeira do próprio umbigo.

É, no mínimo, bizarro que um deputado do PSB avance para tentar derrubar o acordo que foi idealizado e costurado pelo ex-ministro Sérgio Rezende, do seu próprio partido, o qual foi durante anos responsável pela pasta de C&T ao longo dos governos petistas.

Aos que não sabem, o acordo de adesão do Brasil à ESO prevê que uma parte grande dos custos retorne ao país através de contratos na indústria civil. A Astronomia pode parecer uma “ciência do outro mundo”, mas suas necessidades de equipamento são um estímulo constante ao desenvolvimento e elaboração de novas tecnologias de detetores, ótica, semicondutores, soluções de engenharia, entre outros. A ESO só faz contratos com empresas dos países membros, status que está sendo pleiteado pelo país.

O que é mais grave: a ESO já cede tempo aos pesquisadores brasileiros, nos termos do acordo, uma vez que as autoridades do governo desde 2010 acenaram com sua aprovação em diversas ocasiões. O cancelamento do acordo seria um vexame internacional, tal como foi a expulsão do Brasil da Estação Espacial Internacional, anos atrás, por falta de pagamento (http://www.pampalivre.info/brasil_expulso_do_projeto_da_estacao_espacial…). O deputado não parece perceber que um segundo vexame internacional prejudica qualquer novo pleito do país para participação em projetos científicos internacionais, afetando inclusive os projetos de outras áreas da ciência.

A retirada da pauta que prevê estudos astronômicos no Hemisfério Austral, pelo deputado Fábio Garcia (PSB) na Câmara Federal, no último dia 05, está causando controvérsia e desconforto entre estudiosos do Brasil e União Europeia. Trata-se de um projeto que propõe um investimento de R$ 800 milhões ao país, de Decreto Legislativo (1287/2013), cujo Brasil será o 15º país membro – o primeiro não europeu, nesta empreitada.

fabio5

Este acordo foi relatado pelo então deputado Jorge Bittar (PT-RJ) na Comissão de Ciência e Tecnologia em 2014, para o funcionamento de um telescópio de 39 metros de diâmetro cujo projeto está atualmente em fase de detalhamento.

Será o maior “olho” do mundo para o espaço. Isso porque, sendo um telescópio extremamente grande, vai propiciar um enorme avanço no conhecimento astrofísico, permitido, a partir do Chile.

Lá ficará alocado estudos detalhados a respeito de exoplanetas, os primeiros objetos do Universo, super-buracos negros, e a natureza e distribuição da matéria escura e energia escura.

“O parlamentar mato-grossense alegou que o país não pode gastar R$ 800 milhões com pesquisas astronômicas enquanto o povo brasileiro sofre com a ausência de Saúde, Educação e segurança pública de qualidade”, destaca o diretor presidente do Planetário Via-Láctea de Cuiabá/MT, Carlos Wagner Ribeiro.

Para ele este descarte é um absurdo, tendo o Brasil fora desse contexto. Ribeiro acrescenta ainda que há verbas de impostos alocadas para as áreas que o parlamentar lembra serem prioritárias como a Saúde, a Educação e a Segurança.

“Contudo, milhões são desviados para a corrupção e muito pouco é feito, problema, este sim, que deve ser combatido veementemente na tribuna da Câmara Federal e não a busca pelo conhecimento, que, afinal, é uma forma de incremento à educação e não um desperdício para o País”, disse Ribeiro, que há anos pesquisa o assunto e tenta trazer conhecimento sempre atualizado para o Estado.

A contribuição do Brasil deveria ser de € 270 milhões em 10 anos, mas o congresso começou a travar esse investimento que garantiria ao Brasil o acesso as maiores descobertas astronômicas jamais realizadas até então.

Desde então a entidade responsável pelo telescópio, o Observatório Europeu do Sul (OES – em inglê: European Southern Observatory – ESO), já realizou importantes descobertas astronômicas e produziu diversos catálogos do segmento financiado por: Alemanha, Áustria, Bélgica, Brasil, Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Holanda, Itália, Portugal, Reino Unido, República Checa, Suécia e Suíça.

Por que no Chile?

O Chile foi o local escolhido por apresentar as melhores condições para observação astronômica a partir da Terra, pois o mesmo é cercado pelas cordilheiras dos Andes e altas montanhas secundárias, nas adjacências do deserto com raras gotas de chuva e mais de 300 noites de céu limpo.

O Atacama é considerado um dos melhores lugares do planeta para observação do céu devido às condições favoráveis como os mais de 2,4 mil metros de altitude, baixa umidade local e pouca luminosidade artificial.

Outro Lado

A reportagem tentou falar com o deputado Fábio Garcia para detalhar sua postura diante do veto, mas não obteve êxito.



A Grande Nuvem de Magalhães



A Grande Nuvem de Magalhães é uma galáxia satélite da nossa galáxia, a Via Láctea. A Grande Nuvem de Magalhães pode ser observada à vista desarmada a partir do hemisfério sul, situando-se na constelação de Dorado (ou Dourado) e na constelação de Mensa (ou Mesa). 

Qual é o real formato das estrelas ?



Uma das principais conquistas das crianças pequenas é aprender a desenhar uma estrela, com suas pontas. Infelizmente, a verdade é menos poética - mas não menos bela. Estrelas são esferas, assim como os planetas.

Segundo o professor de Astrofísica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul Charles Bonatto, enxergamos as estrelas naquele formato com pontas devido à refração da sua luz na atmosfera da Terra.

Mas essa esfera pode ser levemente achatada nos pólos, como nosso planeta, explica. "Isso ocorre porque as estrelas também giram em torno de seu próprio eixo, como a Terra. O próprio Sol é um pouco achatado nos pólos", disse Bonatto.

Pareçam elas de cinco pontas ou mais, as estrelas que enxergamos são, porém, fotografias antigas. A estrela mais próxima da Terra está a quatro anos-luz, diz o professor.

Ou seja: a luz que emite demora quatro anos para chegar ao nosso planeta, mesmo viajando a 300 mil quilômetros por segundo. "Alguns astros que vemos no céu estão tão longe que sua luz leva dezenas de milhares de anos para chegar", exemplifica Bonatto.

Professor cria game em que alunos exploram o universo




Como professor temos a preocupação de desenvolver atividades pedagógicas que privilegiem o aluno como protagonista. Ao receber o convite para participar de um curso de games educacionais logo aceitamos. Pensamos que a produção de game educativo é oportunidade para o aluno ser autor no processo de aprendizagem.

A criação de um game educacional tendo como pano de fundo aspectos do Universo, para nós, foi algo natural, uma vez que coordenamos um Clube da Astronomia na escola que trabalhamos. O game "Caça aos Asteróides" tem como pano de fundo a queda de um asteróide. A partir deste fato as personagens comentam, discutem e avaliam características de alguns asteróides como o que exterminou os dinossauros, o evento Tunguska e a queda em Chelyabinsky. Os alunos disseram ser muito motivador poder abordar assuntos da Astronomia em um game.

Neste ano de 2015 está previsto produção de game educacional com todos os alunos do 2. ano do ensino médio. Será a vez deles colocarem a mão na massa e desenvolverem um jogo.