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domingo, 25 de junho de 2017

Missão Messenger

Nenhum texto alternativo automático disponível.

MESSENGER foi o nome da missão da sonda espacial não-tripulada da NASA, gerenciada pelo Jet Propulsion Laboratory - JPL, destinada a estudar as características e o ambiente do planeta Mercúrio, pesquisar seus polos e a natureza da sua exosfera e da sua magnetosfera, numa missão orbital de inicialmente um ano terrestre de duração que transformou-se em quatro anos.

O que significa Planeta ?

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Planeta é uma palavra grega que significa viajante. Deram esse nome aos planetas pois estes se deslocavam em relação às estrelas “fixas”.

Como seriamos sem a Lua ?

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Sem a Lua, nosso planeta seria irreconhecível. Os oceanos quase não teriam marés, os dias teriam outra duração e nós poderíamos não estar aqui, de acordo com alguns cientistas que acreditam que a Lua foi fundamental para o início da vida em nosso planeta. A cada ano, a Lua se afasta da Terra cerca de 3,78 cm.

Via Láctea

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A Via Láctea e a galáxia de Andrômeda fazem parte do mesmo aglomerado galáctico, o Grupo Local. Segundo os astrônomos, Via Láctea e Andrômeda não só se chocarão formando uma só galáxia, como viajam pelo espaço na direção do aglomerado de Virgem, formado por centenas de outras galáxias. Mas calma isso será daqui a cerca de quatro bilhões de anos.

(Fotos: Hubble Space Telescope, NASA, STScI, ESA)


Quantas Estrelas vemos?

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Nas noites bem transparentes, longe das cidades, vemos entre 2.500 a 3.000 estrelas na semi-esfera celeste. Já em um centro urbano, esse número cai para 1.000 ou 1.500 estrelas. Esta atividade pode ajudar a acompanhar o efeito da poluição luminosa e atmosférica.

Fonte: Planetário do Rio.

segunda-feira, 19 de junho de 2017

Conheça a Scholtz, a estrela que invadiu o Sistema Solar

Uma representação artística da estrela Scholz, que atualmente está a 20 anos-luz de distância

Uma representação artística da estrela Scholz, que atualmente está a 20 anos-luz de distância

Nenhuma outra estrela chegou tão perto de nosso sistema. Os pesquisadores, de uma equipe internacional, dizem que ela chegou a ficar cinco vezes mais perto que nosso vizinho mais próximo, a estrela anã Próxima Centauri.

O objeto, uma anã vermelha conhecida como estrela Scholz, passou pela área externa do Sistema Solar, uma região conhecida como Nuvem Oort.

A estrela Scholz não passou sozinha pelo Sistema Solar, ela veio acompanhada por um objeto conhecido como uma anã marrom - um corpo celeste que não tem a massa necessária para gerar fusão em seus núcleos.

Observações da trajetória da estrela sugerem que há 70 mil anos esta invasora passou a 0,8 ano-luz do Sol. A nossa vizinha mais próxima, a Proxima Centauri, está a 4,2 anos-luz, por exemplo.

A descoberta foi publicada na revista especializada Astrophysical Journal Letters.

Perto 
Na pesquisa, os astrônomos liderados por Eric Mamajek, da Universidade de Rochester, Estados Unidos, afirmaram que têm 98% de certeza de que a estrela Scholz viajou pelo que é conhecido como "Nuvem Oort Externa", uma região no limite do Sistema Solar com trilhões de cometas.

Esta região é como uma "casca" esférica em volta do Sistema Solar e pode se estender até 100 mil Unidades Astronômicas, ou UA (uma UA é a distância entre a Terra e o Sol).

Para determinar a trajetória da estrela, os pesquisadores precisavam de duas informações: a mudança na distância do Sol para a estrela (sua velocidade radial) e o movimento da estrela pelo céu (velocidade tangencial).

A estrela Scholz atualmente está a 20 anos-luz de distância, ou seja, um sistema razoavelmente próximo. Mas, a Scholz demonstrou um movimento tangencial muito lento para uma estrela tão próxima.

Isto indica que ela estaria se distanciando de nosso sistema ou estaria vindo em nossa direção para um encontro próximo com o Sistema Solar no futuro.

As medidas da velocidade radial confirmaram que o sistema estelar binário está, na verdade, se distanciando de nosso sistema. Ao rastrear seus movimentos no passado, os cientistas descobriram a passagem próxima do Sol há 70 mil anos.

'Insignificante' 
Uma estrela passando pela Nuvem Oort poderia causar problemas gravitacionais nas órbitas dos cometas daquela região, arremessando-os para trajetórias dentro do nosso Sistema Solar.

Mas, Eric Mamajek acredita que os efeitos da estrela Scholz em nossa vizinhança cósmica foram "insignificantes".

"Existem trilhões de cometas na nuven Oort e há chance de alguns desses terem sido perturbados por este objeto. Mas, até agora, parece que esta estrela não desencadeou uma 'chuva de cometas' mais importante", afirmou o cientista à BBC News.

A estrela Scholz passou relativamente perto, mas o sistema binário (a estrela anã vermelha e sua companheira, a anã marrom) tem pouca massa e estava passando em alta velocidade. Estes fatores combinados contribuíram para que o efeito da passagem da Scholz pela Nuvem Oort fosse pequeno.

Apesar de esta ter sido a passagem mais próxima já detectada de uma estrela rimeira proximidade inédita da passagem desta estrela, Mamajek acredita não ser incomum que estrelas se aproximem de nosso Sol. Ele afirma que uma estrela provavelmente passa nas proximidades da Nuvem Oort aproximadamente a cada 100 mil anos.

Mas ele sugere que uma passagem tão próxima como esta, ou mais próxima ainda, é, de alguma forma, mais rara. Segundo Mamajek, as simulações matemáticas mostram que um evento como o que envolveu a estrela Scholz ocorre, em média, a cada 9 milhões de anos.

"Então, é uma coincidência que nós tenhamos conseguido descobrir uma que passou tão perto nesses últimos 100 mil anos", disse.

Sistema Solar pode ter dois planetas a mais além da órbita de Plutão

  Pelo menos dois planetas desconhecidos podem existir em nosso sistema solar além de Plutão (Foto: Nasa/JPL-Caltech)


É possível que o Sistema Solar tenha, pelo menos, mais dois planetas esperando para ser descobertos, além da órbita de Plutão, anunciaram astrônomos britânicos e espanhóis nesta segunda-feira (19).
A lista oficial de planetas do nosso sistema solar inclui oito corpos solares, entre os quais o gigante gasoso Netuno é o mais afastado.
Para além da órbita de Netuno, Plutão foi relegado ao status de "planeta anão" pela União Astronômica Internacional em 2006, embora seja considerado por alguns o planeta mais distante do sol.
Em um estudo publicado na última edição do periódico mensal "Monthly Notices", da Sociedade Astronômica Real, cientistas propõem que há "pelo menos" dois planetas além de Plutão.
Objetos transnetunianos
Seus cálculos se baseiam no comportamento orbital incomum de rochas espaciais muito distantes, denominados objetos transnetunianos, ou Etnos, na sigla em inglês.
Em teoria, os Etnos deveriam estar dispersos em uma faixa de cerca de 150 Unidades Astronômicas (UA) do Sol. Uma UA corresponde ao espaço entre a Terra e o Sol: quase 150 milhões de quilômetros. Os Etnos também deveriam estar, mais ou menos, no mesmo plano orbital que os planetas do Sistema Solar.
Mas observações de cerca de uma dúzia de Etnos sugeriram uma imagem bem diferente, segundo o estudo. Se a pesquisa estiver correta, os cientistas deduzem que os Etnos se dispersaram muito mais amplamente, entre 150 e 525 UA, com uma inclinação orbital de cerca de 20 graus.
Para explicar esta anormalidade, o estudo sugere que alguns objetos muito grandes, como planetas, devem estar nos arredores e sua força gravitacional está influenciando os Etnos, muito menores, ao redor.
'Forças invisíveis'
"Este excesso de objetos com inesperados parâmetros orbitais nos leva a crer que algumas forças invisíveis estão alterando a distribuição" de Etnos, disse Carlos de la Fuente Marcos, da Universidade Complutense de Madri.
"O número exato é incerto, uma vez que os dados que temos são limitados, mas nossos cálculos sugerem que há pelo menos dois planetas e, provavelmente, mais, nos confins do nosso Sistema Solar", noticiou a agência de notícias científicas espanhola Sinc, citando o cientista.
"Se isto se confirmar, nossos resultados podem ser realmente revolucionários para a astronomia", concluiu. Até agora, não há evidências diretas que sustentem esta teoria.





O Nascimento Caótico do nosso Sistema Solar

Nasa



Há cerca de 20 anos atrás, nossa ideia de formação do Sistema Solar era um tanto simples. Os planetas rochosos, mas próximo do Sol, teriam se formado do material que sobrou da formação do Sol e, por estarem muito próximos dele, seria pobre em gelo. Basicamente partículas de silicatos que aos poucos foram se grudando, formando agregados maiores (os planetesimais) que ao se aglutinarem, formaram planetas. Já os gigantes gasosos se formaram de material mais rico em gelo, o que facilitou o crescimento dos planetesimais e por isso os maiores planetas do sistema estão nas regiões mais externas. Mas de um modo geral, os planetas estariam hoje nas mesmas posições onde se formaram.

E esse também seria o cenário para a formação de qualquer sistema planetário por aí afora.

A partir da década de 1990, todavia, a descoberta de planetas em outras estrelas começou a jogar areia nesse modelo. Planetas tão grandes como Júpiter foram encontrados em órbitas tão próximas da estrela hospedeira, quanto Mercúrio está do Sol. Esses exoplanetas foram chamados de ‘Júpiteres Quentes’, pois de acordo com observações recentes teriam mais de mil graus de temperatura. Outros planetas bizarros, como planetas rochosos duas ou três vezes maiores que a Terra (as super Terras) com temperaturas tão altas que daria para derreter rochas também forma encontrados.

Resumo da ópera: nosso Sistema Solar que deveria ser a regra para todos os outros mais parece ser a exceção.

A ideia corrente é que nos primórdios dos sistemas planetários, os planetas migrem de suas posições iniciais, causando um rearranjo nas órbitas dos outros. Principalmente os gigantes gasosos. Isso explicaria por que são encontrados tantos Júpiteres Quentes, eles simplesmente migraram, ou estão migrando pelo sistema. E isso traz muitas consequências para a evolução do sistema planetário; as migrações podem varrer material que formaria mais planetas, ou mesmo alterar as órbitas dos planetas já existentes, fazendo com que eles sejam ejetados do sistema, ou mergulhem na estrela hospedeira. Numa palavra: caos.

E o nosso Sistema Solar deve ter passado por isso.

Vários trabalhos têm mostrado ao longo da última década que nosso sistema teria nascido com mais um planeta gigante, entre Urano e Netuno com a mesma massa deles. Todos eles mais ou menos no mesmo plano, de modo que a inclinação de suas órbitas seja muito baixa. Além disso, todos eles possuem órbitas quase circulares. A exceção é Mercúrio, que possui uma inclinação mais acentuada e sua órbita é a mais ovalada entre os planetas.

Esse fato em particular tem intrigado os astrônomos há tempos, pois para que a órbita fosse assim tão diferente, algum outro corpo celeste deve ter causado uma perturbação importante. Ao longo dos anos, vários candidatos a esse objeto foram listados, tais como uma lua ou mesmo vários asteroides próximos ao Sol. Nada disso foi encontrado até hoje e parece que o culpado é outro: Júpiter.

Os modelos mais recentes de formação do Sistema Solar fazem uso da migração dos gigantes gasosos para o interior do sistema, como efeito do arrasto causado pelo gás remanescente da formação dos planetas. Mas em algum momento, a força gravitacional de Júpiter e Saturno combinadas teriam revertido esse movimento de migração. Nesse passeio pelo Sistema Solar, os dois planetas teriam alterado as órbitas dos planetas menores. Ocorre que se esse passeio fosse feito devagar, levando tipo algumas centenas de milhões de anos, as perturbações nas órbitas de Mercúrio, Vênus e a Terra teriam sido catastróficas. Caso isso tivesse ocorrido assim, Mercúrio teria sido ejetado, ou ainda, sua órbita estaria tão alongada que teria se colidido com Vênus em algum momento. Como então conciliar as migrações com a existência de Mercúrio e os demais planetas rochosos?

Júpiter teria dado mudado de órbita rapidinho, tipo um “pulinho”!

A ideia é que os cinco gigantes gasosos iniciais estariam mais compactados do que estão hoje. Nessa configuração eles foram ejetando milhões de planetesimais para regiões mais distantes do Sistema Solar. Hoje, esses planetesimais são os objetos do Cinturão de Kuiper, que tem Plutão como o membro mais famoso. Em algum instante dos primeiros 500 milhões de anos de vida do sistema, a complicada interação gravitacional entre esses cinco gigantes fez com o planeta que existia entre Urano e Netuno fosse ejetado do Sistema Solar. Além disso, fez com que a distância entre o Sol e Júpiter encolhesse em 45 milhões de km. Mas, ao invés de migrar de forma lenta, como esperado, isso teria se dado em apenas 100 mil anos! Quase um pulo para os padrões de evolução do Sistema Solar. Por isso esse modelo, proposto pelo astrônomo David Nesvony foi apelidado de ‘Júpiter Saltitante’.

Esse modelo, apesar de parecer improvável, consegue resolver o problema da estabilidade das órbitas da Terra e de Vênus, além de explicar várias características observadas para o Cinturão de Asteroides. E mais um ponto a favor do pulinho de Júpiter veio de um trabalho liderado por Fernando Roig, pesquisador do Observatório Nacional do Rio de Janeiro.

De acordo com as simulações de sua equipe, o pulinho de Júpiter e a ejeção do companheiro de Urano e Netuno, não só garantem a estabilidade das órbitas dos planetas rochosos, como também espichou e inclinou a órbita de Mercúrio para os valores observados hoje.

O pulinho de Júpiter pode parecer bizarro, mas ele vem ganhando consistência conforme as características observadas do Sistema Solar como um todo possa ser explicado por ele. Até mesmo a ideia do planeta ejetado não é tão estranha assim, ela já foi proposta por Rodney Gomes também do Observatório Nacional e mais recentemente, por Mike Brown que está, inclusive, caçando o bicho.






Esta missão espacial da Nasa nunca foi realizada antes


Quase 50 anos depois que a astrofísica britânica Jocelyn Bell descobriu a existência de estrelas de nêutrons de rotação rápida, a NASA lançará a primeira missão mundial dedicada ao estudo desses objetos incomuns. A agência também usará a mesma plataforma para realizar a primeira demonstração mundial de navegação por raios-X no espaço.

A NASA planeja lançar o Neutron Star Inside Composition Explorer, ou NICER, a bordo do SpaceX CRS-11, uma missão de reabastecimento de carga para a Estação Espacial Internacional a ser lançada a bordo de um foguete Falcon 9.
Cerca de uma semana após a sua instalação como uma carga útil anexada externa, essa pesquisa única começará a observar as estrelas de nêutrons, os objetos mais densos do universo. A missão se concentrará especialmente em pulsares – aquelas estrelas de nêutrons que parecem piscar e desligar porque a sua rotação varre os feixes de radiação, como um farol cósmico.
“O momento deste lançamento é apropriado”, explica Keith Gendreau, cientista do Centro de Vôos Espaciais Goddard da NASA em Greenbelt, Maryland, nos EUA, que liderou o desenvolvimento da missão, envolvendo também o Instituto de Tecnologia de Massachusetts, o Laboratório de Pesquisa Naval e universidades em todo os EUA e no Canadá. Embora a equipe tenha completado e entregado a carga útil do tamanho de uma geladeira equipada com 56 telescópios de raios-X e detectores de silício antes do horário no verão passado, uma oportunidade de lançamento não ficou disponível até 2017.
Logo após o 50º aniversário da descoberta de Bell, em 25 de julho, a equipe do NICER deveria ter coletado dados suficientes para “fazer um pouco de barulho”, acrescentou o pesquisador principal adjunto do NICER, Zaven Arzoumanian, referindo-se a conferências científicas este ano, incluindo uma celebrando a detecção de Bell de sinais pulsantes regulares que mais tarde foram identificados como estrelas de nêutrons rotativas.
Natureza extrema

Devido à sua natureza extrema, as estrelas de nêutrons e os pulsares despertaram um grande interesse, uma vez que sua existência foi teoricamente proposta em 1939 e depois descoberta em 1967.
Esses objetos são os restos de estrelas maciças que, depois de esgotarem seu combustível nuclear, explodiram e se tornaram esferas superdensas do tamanho da cidade de Nova York. Sua intensa gravidade esmaga uma quantidade surpreendente de matéria – muitas vezes mais do que 1,4 vezes o tamanho do sol ou pelo menos 460.000 Terras – nessas esferas de tamanho de uma cidade, criando uma matéria estável, porém incrivelmente densa, não vista em nenhum outro lugar do universo. Apenas uma colher de chá de matéria em uma estrela de nêutrons pesaria um bilhão de toneladas na Terra.
“A natureza da matéria sob estas condições é um problema não resolvido de décadas”, diz Gendreau. “As teorias apresentaram uma série de modelos para descrever a física que rege os interiores das estrelas de nêutrons. Com o NICER, podemos finalmente testar essas teorias com observações precisas”.

Embora as estrelas de nêutrons emitam radiação em todo o espectro, observá-las na banda de raios X energética oferece os maiores conhecimentos sobre sua estrutura e os fenômenos de alta energia que elas hospedam, incluindo terremotos, explosões termonucleares e os campos magnéticos mais poderosos conhecidos no cosmos.
Durante a sua missão de 18 meses, o NICER irá coletar raios X gerados a partir dos campos magnéticos tremendamente fortes das estrelas e dos pontos localizados em seus dois pólos magnéticos. Nesses locais, os campos magnéticos intensos dos objetos emergem de suas superfícies e partículas presas dentro desses campos caem e geram raios X quando atingem as superfícies das estrelas.
Nos pulsares, essas partículas que fluem emitem poderosos feixes de radiação da vizinhança dos pólos magnéticos. Na Terra – como Bell descobriu – esses feixes de radiação são observados como flashes de radiação variando de segundos a milésimos de segundo, dependendo da rapidez com que o pulsar gira.

Navegação por raios-X

Como essas pulsações são previsíveis, elas podem ser usadas como relógios celestiais, fornecendo sincronização de alta precisão, como os sinais de relógio atômico fornecidos através do Sistema de Posicionamento Global, também conhecido como GPS. Apesar de onipresente na Terra, os sinais de GPS diminuem quanto mais distante viajam além da órbita terrestre. Os pulsares, no entanto, são acessíveis praticamente em todo o espaço, tornando-os uma solução de navegação valiosa para a exploração do espaço profundo.
Usando o mesmo hardware do NICER, a missão também planeja demonstrar a viabilidade da navegação autônoma de raios-X ou pulsar, que nunca foi demonstrada antes.
Em um experimento chamado Explorador de Estação para Tecnologia de Temporização e Navegação de Raio-X, ou SEXTANT, a equipe usará os telescópios da NICER para detectar a luz de raio-X emitida dentro dos feixes de radiação de pulsares para estimar os tempos de chegada dos pulsos. Com essas medidas, a equipe usará algoritmos especialmente desenvolvidos para combinar uma solução de navegação a bordo.
Se uma missão interplanetária fosse equipada com esse dispositivo de navegação, poderia calcular sua localização de forma autônoma, em grande parte independente da rede espacial profunda da NASA, que é considerado o sistema de telecomunicações mais sensível do mundo.

“Nosso principal objetivo é a ciência”, disse Gendreau. “Mas podemos usar as mesmas medidas de pulsar para demonstrar a navegação por raios-X. É raro que os cientistas desenvolvam uma experiência multifuncional, como essa. Tudo está se unindo”.
Comunicações por raios-X

No entanto, a navegação por raios-X usando os dados de temporização de pulsar da NICER não é a única tecnologia que a equipe gostaria de demonstrar. A equipe quer demonstrar também comunicações baseadas em raios-X, ou XCOM- a capacidade que poderia eventualmente permitir que viajantes do espaço, incluindo a nave espacial, transmitam gigabits de dados por segundo em distâncias interplanetárias.
Central para esta demonstração em potencial é a fonte de raios-X modulada de Goddard, ou MXS, que a equipe NICER desenvolveu para calibrar os detectores da carga útil e ajudar a testar os algoritmos necessários para demonstrar a navegação por raios-X. Este dispositivo gera raios-X com intensidade variando rapidamente, ligando e desligando muitas vezes por segundo para simular, por exemplo, as pulsações de uma estrela de nêutrons alvo.

Para mostrar o XCOM, a equipe voaria um MXS com qualificação espacial para a Estação Espacial Internacional e o implantaria em uma paleta de experiência externa a cerca de 50 metros de distância da NICER. Durante o experimento, a equipe codificaria dados digitais em raios-X pulsados ​​usando o MXS e transmitiria os dados aos receptores da NICER.
“Temos a maior parte do hardware concluída”, diz o membro da SEXTANT e gerente de projetos da XCOM, Jason Mitchell. “Nós só precisamos de mais alguns recursos para terminar o trabalho”.

Se a equipe conseguir pilotar o MXS talvez no próximo ano, “a demonstração resultante pode ser a mudança do jogo”, acrescenta Mitchell. Além das promissoras velocidades de transmissão de dados gigabit por segundo em grandes distâncias, as comunicações de raios-X permitiriam a comunicação com veículos hipersônicos e veículos espaciais.
“Este é um experimento muito interessante que estamos fazendo na estação espacial”, disse Gendreau. “Tivemos um grande apoio das pessoas de ciência e tecnologia espacial na sede da NASA. Eles nos ajudaram a avançar as tecnologias que tornam o NICER possível, bem como aquelas que o NICER demonstrará. A missão é pioneira em vários níveis diferentes”, celebra. 


JÚPITER é provavelmente o PLANETA mais antigo do sistema solar



Júpiter não só é o maior planeta do Sistema Solar, como é também o mais antigo. Crédito: NASA

Ao estudar isótopos de tungsténio e molibdénio em meteoritos ferrosos, a equipa constituída por cientistas do Laboratório Nacional Lawrence Livermore, no estado norte-americano da Califórnia, e do Instituto de Planetologia da Universidade de Monastério, Alemanha, descobriu que os meteoritos são compostos por dois reservatórios nebulosos, geneticamente distintos, que coexistiram, mas permaneceram separados entre 1 e 3-4 milhões de anos após a formação do Sistema Solar. O mecanismo mais plausível para esta separação eficiente é a formação de Júpiter, abrindo um intervalo no disco de acreção e impedindo a troca de material entre os dois reservatórios," comenta Thomas Kruijer, autor principal do artigo publicado na edição de 12 de junho da revista Proceedings of the National Academy of Sciences. Anteriormente da Universidade de Monastério, Kruijer está agora no laboratório norte-americano. "Júpiter é o planeta mais antigo do Sistema Solar e o seu núcleo sólido formou-se bem antes do gás da nebulosa solar se dissipar, o que é consistente com o modelo de acreção do núcleo para a formação do planeta gigante."
Júpiter é o planeta mais massivo do Sistema Solar e a sua presença teve um efeito imenso sobre a dinâmica do disco de acreção solar. A determinação da idade de Júpiter é fundamental para compreender como é que o Sistema Solar evoluiu em direção à sua arquitetura atual. Embora os modelos prevejam que Júpiter se tenha formado relativamente cedo, até agora, a sua formação nunca tinha sido datada.

"Não temos amostras de Júpiter, em contraste com outros corpos como a Terra, Marte, a Lua e asteroides," explica Kruijer. "No nosso estudo, usámos assinaturas isotópicas de meteoritos (que são derivados dos asteroides) para inferir a idade de Júpiter."
A equipa mostrou, através de análises isotópicas de meteoritos, que o núcleo sólido de Júpiter se formou apenas cerca de 1 milhão de anos após o início da história do Sistema Solar, tornando-o o planeta mais antigo. Através da sua rápida formação, Júpiter agiu como uma barreira efetiva contra o transporte interno de material no disco, potencialmente explicando porque é que o nosso Sistema Solar não possui nenhuma super-Terra (um exoplaneta com uma massa superior à da Terra).

A equipa descobriu que o núcleo de Júpiter cresceu até 20 massas terrestres em apenas 1 milhão de anos, seguido de um crescimento mais prolongado até 50 massas terrestres até pelo menos 3-4 milhões de anos após a formação do Sistema Solar.
As teorias anteriores propuseram que os gigantes gasosos como Júpiter e Saturno envolviam o crescimento de grandes núcleos sólidos entre mais ou menos 10 a 20 massas terrestres, seguido da acumulação de gás sobre esses núcleos. Assim, a conclusão foi que os núcleos dos gigantes gasosos devem ter-se formado antes da dissipação da nebulosa solar - o disco circunstelar de gás e poeira que rodeava o jovem Sol -, o que provavelmente ocorreu entre 1 e 10 milhões de anos após a formação do Sistema Solar.
No trabalho, a equipa confirmou as teorias anteriores, mas foi capaz de datar Júpiter com muito maior precisão, até 1 milhão de anos usando as assinaturas isotópicas dos meteoritos.

Embora esta rápida acreção dos núcleos tenha sido já modelada, não era possível datar a sua formação.
"As nossas medições mostram que o crescimento de Júpiter pode ser datado usando o património genético distinto e os tempos de formação dos meteoritos", salienta Kruijer.
A maioria dos meteoritos deriva de pequenos corpos localizados na cintura de asteroides principal entre Marte e Júpiter. Originalmente, estes corpos provavelmente formaram-se numa banda muito maior de distâncias heliocêntricas, como sugerido pelas distintas composições químicas e isotópicas dos meteoritos e pelos modelos dinâmicos, indicando que a influência gravitacional dos gigantes gasosos levou à dispersão de corpos pequenos na cintura de asteroides.

Nosso Sol pode ter nascido com um gêmeo mau: a estrela Nêmesis




Um novo paradigma sobre como as estrelas são formadas fortaleceu a hipótese de que a maioria delas – se não todas – nascem em pares ou “ninhadas”, com ao menos um irmão. Nossa própria estrela central, rainha do Sistema Solar, provavelmente não é uma exceção: alguns astrônomos suspeitam de que o irmão distante do Sol possa ser o seu gêmeo mau, responsável, segundo eles, pela morte dos dinossauros.

Depois de analisar os dados de uma pesquisa via ondas de rádio, realizada em uma nuvem de poeira na constelação de Perseus, dois pesquisadores da UC Berkeley e do Observatório Astrofísico de Harvard-Smithsonian concluíram quem todas as estrelas semelhantes ao Sol nasceram acompanhadas.

“Conduzimos séries de modelos estatísticos para verificar se há explicação para as populações parentais de jovens estrelas, singulares e binárias, dentre todas as separações que ocorreram na Nuvem Molecular de Perseu. O único modelo que poderia reproduzir esses dados foi aquele no qual todas as estrelas se formaram inicialmente em extensão binária”, disse o pesquisador da UC Berkeley, Steven Stahler.
Hipóteses e descobertas

Durante anos, os astrônomos se perguntaram se o grande número de sistemas binários e triplos das estrelas em nossa galáxia são criados próximos um ao outro, ou se eles se juntam depois de se formarem. A hipótese de nascerem em conjunto tem sido a mais aceita, e as simulações desenvolvidas nas últimas décadas mostraram que quase todas as estrelas poderiam nascer em versões múltiplas, que muitas vezes se afastam por conta própria.

Evidências empíricas que sirvam de suporte às simulações têm sido limitadas, infelizmente, o que faz desse novo trabalho uma pesquisa muito interessante.  Nosso trabalho é caminhar um passo à frente para entender como os binários se formam, e também o papel que desempenham na evolução estelar em seus primeiros estágios”, disse Stahler.

Procedimento

Os pesquisadores mapearam ondas de rádio que escoaram de dentro de um denso casulo de poeira, a cerca de 600 anos-luz de distância da Terra, que continha todo um “berçário” de jovens estrelas. A pesquisa permitiu um censo de estrelas com menos de um milhão de anos, chamadas de estrelas Classe 0 – não mais do que bebês, em termos estelares – e as um pouco mais velhas, entre 500 mil e um milhão de anos, chamadas de estrelas Classe 1.
Comparando informações sobre os formatos da nuvem de poeira ao redor, os cientistas encontraram 45 estrelas solitárias, 19 sistemas binários e outros cinco sistemas que continham mais de duas estrelas. Enquanto antigos resultados previram que todas as estrelas nasceram de modo binário, agora os cientistas mudaram suas conclusões para levar em conta as limitações do modelo de pesquisa, ao afirmar que a maioria das estrelas formadas dentro dos núcleos densos de poeira nascem com um parceiro – mas não todas elas.

“Acredito que temos a evidência mais forte até agora para garantir tal afirmação”, disse Stahler. 
Observando-se atentamente as distâncias entre as estrelas, os pesquisadores descobriram que todas as estruturas binárias separadas por um intervalo de 500 Unidades Astronômicas (UAs) ou mais eram Classe 0, e estavam alinhadas ao eixo da novem oval ao seu redor. Estrelas Classe 1, por sua vez, tendiam a estar mais próximas – em cerca de 200 UA – e não estavam alinhadas ao formato “oval”.

“Ainda não sabemos exatamente o que isso significa, mas não é um dado aleatório e deve informar algo sobre a forma como os binários se formam”, disse Sarah Sadavoy do Observatório Astrofísico Harvard-Smithsonian.
O gêmeo do Sol

Se a maioria das estrelas nascem com um parceiro, onde está o irmão do nosso Sol?
Uma distância de 500 UA equivale a aproximadamente 0,008 anos-luz, ou a quase três dias-luz. Para colocar os dados em perspectiva: Netuno situa-se a 30 UA de distância; a sonda Voyager 1 está a menos de 140 UA e a estrela conhecida mais próxima – a Proxima Centauri – localiza-se a 268.770 UA de distância da Terra.
Isso quer dizer que, se o Sol tem um irmão gêmeo, certamente não é fácil vê-lo em nossa vizinhança.

Porém, existe a hipótese de que o nosso Sol tem um gêmeo das trevas que, vez ou outra, gosta de agitar as coisas. Nomeado como “Nemesis”, essa – em tese – estrela causadora de problemas foi proposta como um motivo por trás do aparente ciclo de extinções em massa na Terra, a cada 27 milhões de anos, inclusive o ciclo que eliminou a maioria dos dinossauros.

Um astrônomo da Universidade da Califórnia, em Berkeley, chamado Richard Muller, sugeriu há 23 anos que uma estrela aná vermelha que esteja a 1,5 anos-luz de distância poderia, periodicamente, viajar entre os limites exteriores mais gelados do nosso Sistema Solar, abalando estruturas com a sua gravidade, chutando mais pedras do caminho espacial em nossa direção.

Uma estrela de passagem mais fraca e opaca, como uma anã marrom, também poderia explicar outras anomalias às margens do nosso Sistema Solar, como a órbita curiosa e extensa do planeta anão Sedna.  Não há o menor sinal de Nemesis, mas cabe na conta a existência de um parceiro binário do nosso Sol perdido por aí: “Estamos dizendo que, sim, provavelmente houve uma Nemesis há muito tempo”, disse Stahler.
Nesse caso, nosso Sol teria acumulado a maior parte da poeira e do gás, deixando o seu gêmeo menor e mais escuro. Não admira que ele esteja um pouco irritado. Essa pesquisa consta atualmente no website arXiv.org, e foi aceita para publicação em uma próxima edição da Monthly Notices, administrada pela Royal Astronomical Society.

Equipe da NEW HORIZONS examina novos dados do próximo alvo da SONDA

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Paul Maley e Ted Blank, ambos da IOTA (International Occultation Timing Association), observam a ocultação do objeto da Cintura de Kuiper, 2014 MU69, na madrugada de dia 3 de junho de 2017, a partir do deserto de Karoo perto de Vosburg, África do Sul. O campo de visão do alvo - que continha tanto Plutão como MU69 - encontra-se na porção da Via Láctea vista aqui, na direção da constelação de Sagitário. Eles posicionaram o telescópio próximo de um pequena igreja, protegendo-o dos ventos que podiam surgir durante essa fria noite de inverno. A sonda New Horizons da NASA vai passar por MU69 no dia de 1 de janeiro de 2019. Crédito: NASA/JHUAPL/SwRI/Henry Throop

Foi a campanha de observação de uma ocultação estelar mais tecnicamente desafiadora e complexa já tentada: pelo menos 54 equipes, com dúzias de telescópios espalhados por dois continentes, posicionados para capturar um vislumbre raro e de dois segundos de um pequeno e distante objeto da cintura de Kuiper a passar em frente de uma estrela. E não era um qualquer KBO - é o próximo alvo da missão New Horizons da NASA.
Durante a noite de 2 para 3 de junho, cerca de duas dúzias de membros da equipe da New Horizons e outros observadores da Argentina e da África do Sul esperavam capturar a fugaz sombra de 2014 MU69, que a nave New Horizons irá explorar num voo rasante no dia de Ano Novo de 2019.
"As estrelas alinharam-se para esta campanha de observação, que foi habilmente implementada pela equipe," afirma Adriana Ocampo, do programa New Horizons na sede da NASA em Washington, DC. "É incrível como a astronomia clássica - desde pequenos telescópios até alguns dos mais avançados observatórios da Terra - está a ajudar a New Horizons a planear o seu próximo 'flyby', e mostra quão verdadeiramente global é a exploração espacial."
Todas as 54 equipes telescópicas recolheram dados, relata Alan Stern, investigador principal, acrescentando que os cientistas já começaram a estudar esses dados quando voltaram para casa na semana passada.
"Muita coisa tinha que correr bem para executarmos corretamente uma campanha de observação tão grande," explica Stern, do SwRI (Southwest Research Institute) em Boulder, no estado norte-americano do Colorado. "O objetivo principal dessas observações era procurar perigos; o segundo era tentar vislumbrar a ocultação estelar do próprio MU69, a fim de determinar o seu tamanho com precisão. O estudo das dúzias de conjuntos de dados destes dois objetivos vai demorar algumas semanas."

Posicionamento quase perfeito
Marc Buie, coinvestigador da New Horizons, no SwRI, que liderou a campanha, enfatizou que os dados da missão Gaia da ESA e do Telescópio Espacial Hubble foram fundamentais para o planeamento das observações. "Sem o Gaia e o Hubble, duvido que pudéssemos ter tido um nível tão alto de sucesso," concorda Stern, "o Gaia e o Hubble foram cruciais para esse sucesso e agradecemos a ambos."
A combinação das posições estelares do Gaia com as imagens do Hubble forneceu a informação necessária para prever o caminho estreito da sombra de MU69 pela Terra. "Os dados estelares do Gaia foram críticos nesta operação," afirma Buie. "Sem eles, não havia maneira de prever um percurso tão preciso."

Observando no ar e no solo
A New Horizons tem mais duas chances para observar ocultações estelares de MU69 este verão, no dia 10 de julho e no dia 17 de julho. No dia 10 de julho, a equipa irá utilizar o poderoso telescópio aéreo de 2,5 metros (100 polegadas) do SOFIA (Stratospheric Observatory for Infrared Astronomy) da NASA; o ponto de vista do avião, acima das nuvens, irá remover o mau tempo como obstáculo à observação e o SOFIA poderá fornecer dados melhores do que os telescópios mais pequenos utilizados na ocultação que já teve lugar. No ar, o SOFIA fornecerá o melhor ponto de vantagem para observar a ocultação de dia 10 de julho, uma vez que a sombra cai no meio do Oceano Pacífico.
No dia 17 de julho, os membros da equipe da New Horizons vão novamente utilizar duas dúzias de pequenos telescópios móveis (40 centímetros em diâmetro) nas terras no extremo sul da Patagónia, Argentina, para observar o terceiro e último evento, que proporciona uma estrela muito mais brilhante para estudar, ainda mais profundamente, quaisquer detritos em torno de MU69.
Fonte: Astronomia OnLine

Qual o Planeta mais quente ?

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O planeta mais próximo do sol é Mercúrio, sendo assim o planeta mais quente. correto?

Errado! o planeta mais quente é Vênus, o segundo mais próximo do sol. A razão é que Vênus possui uma atmosfera muito densa, que retém o calor e faz com que a temperatura média no planeta seja de 450 graus.

Trata-se de um efeito estufa similar ao da Terra, embora muito mais intenso, devido ao dióxido de carbono na atmosfera de Vênus, que se encontra em grande quantidade.

O buraco negro mais próximo

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O buraco negro mais próximo está localizado em um dos braços da Via Láctea, e fica a 1.600 anos-luz de distância, o que significa que se tivéssemos uma espaçonave que viajasse na velocidade da luz, levaria 1.600 anos para chegar até ele

Fabulosos anéis de Saturno

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A primeira pessoa a observar os anéis de Saturno foi Galileu Galilei em 1610, embora a imagem que ele viu através de seu telescópio tenha sido parecida com uma esfera com um par de alças laterais.
Apesar de outros planetas do Sistema Solar também contarem com anéis — como Urano, Júpiter e Netuno —, os de Saturno são, sem dúvida, os mais espetaculares.

Luas Galileanas

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Por terem sido descobertas pelo italiano Galileu Galilei, as luas Europa, Ganimedes, Io e Calisto são chamadas de luas de Galileu ou galileanas. Na ordem: Io, Europa, Ganimedes e Calisto.

(Imagem: concepção artística)

Temperatura Lunar

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A temperatura da Lua pode variar entre 100º Celsius durante o dia lunar e -175º Celsius durante a noite. Em razão de sua composição química (basalto), a Lua possui cheiro de pólvora.
(Foto:NASA/Apollo11)

Asteroides também podem ter luas

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Asteroides também podem ter luas. O asteroide 243 Ida, por exemplo, é orbitado por uma lua chamada Dactyl.

Explosão no Espaço

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Ao contrário do que observamos nos filmes de ficção científica, é impossível ouvirmos o som de uma nave explodindo no espaço. A razão: o som não se propaga no vácuo.

(Cena: Explosão da estrela da morte/StarWars episodio VI)


O Sol é Amarelo?

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Se você pudesse viajar para o espaço e olhar o Sol sem ficar cego, você veria que ele é realmente branco e não amarelo.
Usando um prisma, você pode ver como luz solar pode ser dividida no espectro das cores: vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, índigo e violeta. Quando você misturar todas essas cores, vai chegar no branco (lembrando que estamos nos referindo à luz e não à pigmentos de tinta.)

(Foto:NASA)

Comparação de Tempo

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Se colocássemos a história do universo num calendário de 365 dias, o Big Bang ocorreria em primeiro de janeiro, a vida na Terra surgiria em 30 de setembro e os primeiros hominídeos nasceriam em 30 de dezembro.

Horizonte de Eventos

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Em volta de um buraco negro existe uma fronteira teórica chamada de horizonte de acontecimentos. Dentro dessa fronteira teórica que tem a forma de uma superfície esférica, a velocidade de escape é superior à velocidade da luz. Sendo que a velocidade máxima permitida no Universo é a velocidade da luz, então concluímos que nada pode sair do buraco negro.

Colisão Prevista para 2021

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Colisão entre duas estrelas prevista para o ano 2021 e como consequência será visível a olho nu uma “nova” estrela durante vários meses no céu noturno na constelação do Cisne no sistema KIC 9832227.

Terreno de Marte


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O terreno de Marte e ao fundo o anel da Cratera Gale em mais uma bela foto feita pelo rover Curiosity.

Olho Negro

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A maioria das galáxias têm buracos negros em seus centros, e os astrônomos sugerem que sua massa seja cerca de 1/1000 da massa de sua galáxia hospedeira.

quarta-feira, 14 de junho de 2017

Dois exoplanetas, com características, são diferentes. Por que?



Este diagrama compara observações, pelo Telescopio Espacial Hubble, de dois "Júpiteres quentes" em órbita íntima de duas estrelas parecidas com o Sol. Os astrónomos mediram o modo como a luz de cada estrela-mãe era filtrada pela atmosfera de cada exoplaneta. HAT-P-38b tem uma assinatura espectral da água indicada pelo pico da característica de absorção no espectro. Ou seja, a atmosfera superior está livre de nuvens ou neblinas. WASP-67b tem um espectro sem qualquer característica da absorção da água, sugerindo que a maior parte da atmosfera do planeta está mascarada por nuvens de alta altitude. Crédito: arte - NASA, ESA e Z. Levy (STScI); ciência - NASA, ESA e G. Bruno (STScI)

Com o auxílio do Telescópio Espacial Hubble da NASA, cientistas estudaram dois "Júpiteres quentes" numa experiência única. Dado que estes planetas têm virtualmente o mesmo tamanho e a mesma temperatura, e orbitam duas estrelas praticamente idênticas à mesma distância, a equipe teorizou que as suas atmosferas pudessem ser iguais. O que encontraram foi surpreendente. 
O investigador principal, Giovanni Bruno do STScI (Space Telescope Science Institute) em Baltimore, no estado norte-americano de Maryland, explicou: "O que estamos a ver, quando estudamos estas duas atmosferas, é que não são iguais. Um planeta - WASP-67b - é mais nublado do que o outro - HAT-P-38b. Não estamos a ver o que estávamos à espera e precisamos de entender o porquê desta diferença."



Este diagrama compara observações, pelo Telescopio Espacial Hubble, de dois "Júpiteres quentes" em órbita íntima de duas estrelas parecidas com o Sol. Os astrónomos mediram o modo como a luz de cada estrela-mãe era filtrada pela atmosfera de cada exoplaneta. HAT-P-38b tem uma assinatura espectral da água indicada pelo pico da característica de absorção no espectro. Ou seja, a atmosfera superior está livre de nuvens ou neblinas. WASP-67b tem um espectro sem qualquer característica da absorção da água, sugerindo que a maior parte da atmosfera do planeta está mascarada por nuvens de alta altitude.Crédito: arte - NASA, ESA e Z. Levy (STScI); ciência - NASA, ESA e G. Bruno (STScI)

A equipe usou o instrumento WFC3 (Wide Field Camera 3) do Hubble para observar as assinaturas espectrais dos planetas, que indicam a composição química. "O efeito que as nuvens têm na 'impressão digital' da água permite-nos medir a quantidade de nuvens na atmosfera," comenta Bruno. "Uma maior quantidade de nuvens significa uma maior redução na assinatura espectral da água." As equipes descobriram que, no caso de WASP-67b, existem mais nuvens às altitudes estudadas nestas medições. Isto diz-nos que algo no seu passado alterou o aspeto dos planetas," realça Bruno. Hoje, os planetas completam uma órbita em torno das suas respetivas estrelas anãs amareladas a cada 4,5 dias terrestres, a uma distância inferior do que Mercúrio está do Sol.

 Mas, no passado, os planetas provavelmente migraram para o interior oriundos do local onde foram formados.Talvez um planeta se tenha formado de modo diferente do outro, sob um conjunto diferente de circunstâncias. "Neste momento, parecem ter as mesmas características físicas. Assim, se a sua composição medida é definida pelo seu estado atual, então deveria ser a mesma para ambos os planetas. Mas não é esse o caso. Ao invés, parece que as suas histórias de formação podem ter desempenhado um papel importante," salienta o coinvestigador Kevin Stevenson.

As nuvens nestes quentes gigantes gasosos parecidos com Júpiter não são nada idênticas às da Terra. São provavelmente nuvens alcalinas, compostas por moléculas como sulfureto de sódio e cloreto de potássio. A temperatura média em cada planeta é superior a 700º Celsius. Os exoplanetas sofrem o efeito de acoplamento de maré, isto é, o mesmo lado está sempre virado para a estrela. Isto significa que têm um lado diurno muito quente e um lado noturno mais frio. 

Em vez de ostentarem múltiplas bandas horizontais como Júpiter, cada um tem provavelmente apenas uma larga banda equatorial que move o calor lentamente do lado diurno para o lado noturno. A equipe está apenas a começar a aprender quais os fatores mais importantes no que toca a produzir exoplanetas "nublados" e "limpos". Para melhor compreender o possível passado dos planetas, os cientistas necessitarão de mais observações com o Hubble e com o futuro James Webb, com lançamento previsto para 2018.

Os resultados da equipa foram apresentados dia 5 de junho na 230.ª reunião da Sociedade Astronómica Americana em Austin, Texas, EUA.

Astrônomos explicam formação de sete exoplanetas em redor de TRAPPIST-1




Esta impressão de artista apareceu na capa da edição de 23 de fevereiro de 2017 da revista Nature, anunciando que a estrela TRAPPIST-1, uma anã vermelha ultrafria, tem em órbita sete planetas do tamanho da Terra. Qualquer um destes planetas pode ter água líquida. Os planetas mais distantes têm, mais provavelmente, grandes quantidades de gelo, especialmente na face oposta à estrela.Crédito: NASA/JPL-Caltech

Astrónomos da Universidade de Amesterdão forneceram uma explicação para a formação do sistema planetário TRAPPIST-1. O sistema tem sete planetas tão grandes quanto a Terra que orbitam muito perto da sua estrela hospedeira. O ponto crucial, de acordo com os investigadores da Holanda, é a linha onde o gelo se torna em água. Perto dessa linha de neve, as rochas que vaguearam a partir das regiões mais longínquas receberam uma porção adicional de água e aglomeraram-se para formar protoplanetas. O artigo com o modelo foi aceite para publicação na revista Astronomy & Astrophysics.

Em fevereiro de 2017, uma equipa internacional de astrónomos anunciou a descoberta de um sistema com sete exoplanetas em redor de uma pequena estrela, TRAPPIST-1. O grande número de planetas relativamente grandes, em órbita tão íntima de uma estrela pequena, veio contra as teorias vigentes da formação planetária. Os investigadores da Universidade de Amesterdão desenvolveram agora um modelo que explica as origens do sistema planetário.

Até agora, existiam duas teorias principais para a formação de planetas. A primeira teoria assume que os planetas são formados mais ou menos nas posições onde se encontram. Com TRAPPIST-1, isso é improvável porque o disco a partir do qual os planetas se formam deveria ter sido muito denso. A segunda teoria assume que um planeta se forma muito mais longe no disco e, depois, migra para dentro. Esta teoria também causa problemas ao sistema TRAPPIST-1 pois não explica porque é que os planetas são praticamente todos do tamanho da Terra.

Migração de seixos
Agora, os cientistas de Amesterdão desenvolveram um modelo onde são os seixos que migram em vez de planetas inteiros. O modelo começa com rochas que flutuam a partir das regiões mais distantes da estrela. Estes seixos são constituídos principalmente por gelo. Quando chegam perto da chamada linha de neve, o ponto quente o suficiente para a água se tornar líquida, recebem uma porção adicional de vapor de água para processar. Como resultado, aglomeram-se para formar um protoplaneta. Em seguida, o protoplaneta move-se um pouco mais perto da estrela. No caminho, "suga" mais rochas como um aspirador até que alcança o tamanho da Terra. O planeta move-se então um pouco mais e abre espaço para a formação do próximo planeta.

O ponto crucial, de acordo com os investigadores, é a aglomeração de rochas perto da linha de neve. Ao atravessarem a linha de neve, os seixos perdem o seu conteúdo gelado. Mas essa água é reutilizada pela seguinte "carga" de rochas que viaja desde as regiões mais externas do disco de poeira. No sistema TRAPPIST-1, este processo foi repetido até formar sete planetas.

Modelo da linha de neve
O líder da investigação, Chris Ormel da Universidade de Amesterdão, comentou: "Para nós, TRAPPIST-1 e os seus sete planetas surgiram como uma bem-vinda surpresa. Temos vindo a trabalhar na agregação e "varredura" de planetas há já algum tempo e também estávamos a desenvolver um novo modelo da linha de neve. Graças à descoberta de TRAPPIST-1 podemos comparar o nosso modelo com a realidade." Num futuro próximo, os cientistas de Amesterdão querem refinar o seu modelo. Irão executar simulações de computador para ver como o modelo se comporta sob condições iniciais diferentes.

Os investigadores ainda esperam alguma discussão entre colegas. O modelo é bastante revolucionário porque as rochas viajam da região externa do disco, até à linha de neve, sem muita atividade pelo meio. Ormel acrescenta: "Espero que o nosso modelo ajude a responder à questão de quão único é o nosso próprio Sistema Solar em comparação com outros sistemas planetários."

Pode haver tanta água dentro da Terra quanto nos oceanos: estudo



Uma equipe de pesquisadores de várias instituições do Japão e Alemanha encontraram evidências de que o manto da Terra tem tanta água quanto os oceanos da superfície. Os pesquisadores realizaram testes de laboratório para acabar de vez com o debate entre os que acreditam que há enorme quantidade de água ali e os que defendem que o manto é livre de água. Em um artigo publicado no site Science Advances, o grupo aponta que a parte superficial e a mais profunda do manto são livres de água, mas que seu centro pode conter quantidades massivas do líquido. Esta camada fica a cerca de 500km de profundidade a partir da superfície do manto. A principal evidência de que esta parte do manto pode conter grandes quantidades de água é que ela é composta pelos minerais wadsleyvite e ringwoodita, conhecidos por segurar bastante água.

Os pesquisadores criaram rinwoodita sintética para representar a parte central do manto e bridgemanita (MgSiO3) para representar a parte inferior da camada. Eles então analisaram a viscosidade e adicionaram água à ringwoodita. O resultado observado foi que fazer isso reduz a viscosidade e que as medições bateram com as realizadas no manto de verdade.
Ao ajustar a quantidade de água adicionada ao manto sintético e calcular as mudanças na viscosidade, eles conseguiram estimar a acumulação de água nos minerais do manto Essa informação foi usada para calcular quanta água está na região central do manto. O artigo diz que essa quantidade é semelhante à dos oceanos da superfície da Terra. 

A verdadeira forma do Bumerangue




Esta Fotografia da Semana mostra a Nebulosa do Bumerangue, uma nebulosa protoplanetária, observada pelo Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA). A estrutura de fundo em violeta, obtida no óptico pelo Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA, mostra uma forma clássica de lóbulo duplo com uma região central muito estreita. A capacidade do ALMA em observar o gás molecular frio revela a forma mais alongada da nebulosa (em laranja).

Desde 2003 que esta nebulosa, localizada a cerca de 5000 anos-luz de distância da Terra, detém o recorde do objeto mais frio conhecido no Universo. Acredita-se que a nebulosa formou-se a partir do envelope de uma estrela nas fases finais da sua vida, a qual teria engolido uma companheira binária menor. É bem possível que esta seja a causa dos fluxos muito frios que apresenta, os quais se encontram iluminados pela luz da estrela central moribunda.

O ALMA observou o disco de poeira central da nebulosa e os fluxos mais externos, que atingem distâncias de quase 4 anos-luz no céu. Estes fluxos encontram-se ainda mais frios que a radiação cósmica de fundo, atingindo temperaturas abaixo dos -270ºC. Estes fluxos expandem-se a uma velocidade de 590 000 km/h.

Valsa das ANÃS MARRONS no sistema LUHMAN 16AB



Essa série de pontos, com a distância variando entre eles, mostra na verdade a lenta valsa de duas anãs marrons. A imagem na verdade representa uma composição de 12 imagens feitas ao longo de 3 anos com o Telescópio Espacial Hubble. Usando astrometria de alta precisão, uma equipe de astrônomos rastreou os dois componentes do sistema, à medida que eles se movimentavam tanto no céu, como um em relação ao outro.

O sistema observado, é conhecido como Luhman 16AB, está localizado a apenas 6 anos-luz de distância da Terra, e é o terceiro sistema estelar mais próximo do nosso Sol, perdendo somente para o sistema de Alfa Centauri e para a Estrela de Barnard. Apesar da proximidade, o Luhman 16AB só foi descoberto em 2013 pelo astrônomo Kevin Luhman. As duas anãs marrons que constituem o sistema, Luhman 16A e Luhman 16B, orbitam uma em relação a outra a uma distância equivalente à distância entre a Terra e o Sol, e essas observações mostram a grande precisão e o poder de observação do Hubble.

Os astrônomos usam o Hubble para estudar o Luhman 16AB, não somente interessados na valsa entre as duas anãs marrons, mas também para pesquisar um terceiro, porém invisível parceiro de dança. Observações anteriores feitas com o VLT do ESO indicaram a presença de um exoplaneta nesse sistema. A equipe de astrônomos quer verificar isso analisando o movimento das anãs marrons em grande detalhe, durante um longo período de tempo, mas até o momento os dados do Hubble mostraram que as duas anãs marrons estão dançando sozinhas, sem a perturbação de um companheiro planetário massivo.