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quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Febre de astronautas é grave e ameaça futuras explorações espaciais

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Ir ao espaço não é nada fácil. Além de diversos desafios que os astronautas enfrentam durante suas estadias na Estação Espacial Internacional, agora, uma nova pesquisa confirmou algo preocupante.

O estudo, liderado pela Universidade de Medicina de Berlim, na Alemanha, e publicado na revista Nature, mostrou que astronautas que passam por longos períodos no espaço apresentam uma anomalia na temperatura corporal. A conclusão veio após analisar 11 astronautas durante quase três meses. Foi constatado então que, em média, a temperatura corporal dos viajantes espaciais chegam a 1°C acima do normal.

Pode parecer pouco, mas a febre pode prejudicar a saúde dos viajantes espaciais, sobretudo se forem realizadas viagens de longa duração, como no caso da exploração de Marte que deve acontecer no futuro próximo.


Qual é o significado das cores diferentes de cada traje espacial?

Para que nosso organismo trabalhe em plena disposição, nossos órgãos precisam estar numa temperatura de aproximadamente 37°C, sendo que a temperatura do nosso corpo varia entre 36°C e 36.7°C. Quando a temperatura corpórea sobe ou desce, saindo dessa "janela de normalidade", nosso organismo começa a apresentar sintomas como dor de cabeça, dores musculares, indisposição, mal-estar, etc...

Se a febre for alta, acima de 40°C, a coisa começa a ficar muito séria, já que a pessoa manifesta sintomas como convulsões e/ou delírios. E o pior de tudo é que, apesar da temperatura média dos astronautas subir cerca de 1°C, alguns apresentaram temperaturas superiores a 40°C.

De acordo com os pesquisadores, a elevação da temperatura corpórea no espaço se deve a alterações na molécula interleucina-1, associada ao sistema imunológico. Longas viagens espaciais poderiam trazer consequências graves às funções cognitivas e físicas dos corajosos tripulantes.

Outro fator que influencia na elevação da temperatura corpórea são atividades físicas, pois a falta de gravidade impede a transferência de calor e a evaporação. Para se ter uma ideia, o estudo mostrou que mais de 80% da energia desprendida pelo corpo em atividades físicas é convertida em calor. Ou seja, os astronautas tendem a se sentirem muito mal durante e após qualquer atividade física. Então nada de ficar brincando no espaço, especialmente em Marte...

Dentro de alguns anos, as agências espaciais pretendem começar a enviar astronautas para explorações em Marte. Nesse caso, os viajantes terão de passar cerca de 8 meses no espaço só pra chegar ao Planeta Vermelho, isso sem contar com o retorno e claro, o período de estadia. Será que eles chegam vivos? Ou melhor, será que eles chegam?

Foto: Grande Mancha Vermelha de Júpiter

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A Grande Mancha Vermelha de Júpiter fotografada pela sonda Juno

Efeito Centrífuga

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Ilustração artística de uma futura base espacial com gravidade gerada por efeito centrífuga

Outro Planeta?

oitavo exoplaneta descoberto ao redor de Kepler-90

Pela primeira vez podemos dizer que conhecemos um sistema extrassolar que possui tantos planetas quanto o nosso!

Quem se lembra do sistema TRAPPIST-1? Em fevereiro de 2017, a NASA revelou ao mundo a descoberta de 7 planetas que orbitavam uma estrela a 40 anos-luz da Terra. O mais interessante é que muitos deles estariam localizados na zona-habitável, ou seja, a água líquida poderia estar fluindo em suas superfícies.

Agora, os cientistas anunciaram uma nova descoberta incrível: a de um oitavo planeta que orbita a estrela Kepler-90. Com isso, o sistema Kepler-90 agora possui a mesma quantidade de planetas que o nosso, ultrapassando o recordista anterior, TRAPPIST-1.

O novo achado coloca o sistema Kepler-90 como recordista extrassolar em número de planetas que orbitam a mesma estrela. O estudo foi aceito para publicação na revista The Astronomical Journal.

Os pesquisadores encontraram o novo planeta, conhecido como Kepler-90i após analisar dados da missão Kepler da NASA. Além desse, outro mundo extrassolar também foi descoberto (Kepler-80g).

O telescópio espacial Kepler foi lançado em março de 2009, e durante 4 anos de missão, digitalizou 150.000 estrelas de forma contínua, buscando pequenas quedas em seus brilhos causadas por planetas que passam na frente de suas estrelas (de acordo com o nosso ponto de vista). Em 2014, Kepler assumiu sua segunda missão conhecida como K2, onde buscava por exoplanetas mas também fazia outros tipos de observações.

Até hoje, Kepler já descobriu mais de 2.500 mundos fora do Sistema Solar que já foram confirmados, e mais de 2.000 candidatos, que esperam confirmação por observações e análises de acompanhamento.

Descobrindo novos mundos com dados antigos

Os pesquisadores Christopher Shallue (engenheiro sênior de software do Google) e Andrew Vanderburg (astrônomo da Universidade do Texas em Austin) desenvolveram um programa de computador para reconhecer os sinais mais fracos de exoplanetas que até agora passaram despercebidos nas análises de Kepler.

Os cientistas testaram o novo software em 15.000 sinais examinados previamente por Kepler, incluindo detecções confirmadas e falsos positivos. Shallue e Vanderburg descobriram que o novo programa tinha um acerto de 96%.

Em seguida, os pesquisadores analisaram sinais fracos de 670 sistemas que já tinham planetas confirmados, e assim, foram encontrados dois novos planetas, incluindo o Kepler-90i, que encontra-se a 2.500 anos-luz da Terra. Os pesquisadores acreditam se tratar de um planeta rochoso, assim como a Terra, e que também é o terceiro em distância de sua estrela. Mas as coincidências parecem terminar por aí, já que Kepler-90i completa uma órbita ao redor de sua estrela a cada 14.4 dias terrestres, o que pode torná-lo muito quente para abrigar a vida como conhecemos. Sua temperatura média deve girar em torno dos 430°C, disseram os pesquisadores.

O sistema Kepler-90 se parece muito com o nosso no sentido de possuir 8 planetas (até onde se sabe) que são rochosos e gasosos. Mas esse sistema é muito mais compacto, pois os oito planetas de Kepler-90 estão bem mais próximos de sua estrela se comparados com o nosso.

"Há muito o que se explorar no sistema Kepler-90, e seria surpreendente se não houvessem mais planetas em torno desta estrela", disse Vanderburg.

O outro exoplaneta recém-descoberto, nomeado Kepler-80g, é o sexto planeta conhecido em seu sistema. A estrela que hospeda os seis planetas é uma anã, localizada a cerca de 1.160 anos-luz de distância. Assim como Kepler-90, o sistema Kepler-80 também é bastante compacto. Kepler-80g, por exemplo, completa uma volta ao redor de sua estrela a cada duas semanas

O novo software de detecção de exoplanetas está apenas dando seus primeiros passos. Shallue e Vanderburg pretendem aplicar as mesmas análises em todos os dados de Kepler, e assim, quem sabe, descobrir muitos mundos que estão lá mas não foram identificados ainda pelos métodos tradicionais.

Chegou a hora de descobrirmos logo o tal do 9° planeta do Sistema Solar... ou quem sabe, o décimo também (caso eles realmente existam). Se o avanço na busca de exoplanetas continuar como está, logo logo conheceremos um sistema com mais planetas do que o nosso!

O Sol visto de Saturno

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O Sol visto de Saturno, por Ron Miller  .
Lindo não?

Você já ouviu falar no dia 'Zero de Janeiro'? Ele existe e é indispensável na Astronomia

dia 0 de janeiro existe mesmo

O dia 0 de janeiro existe mesmoAcredite: o dia 0 de janeiro existe mesmo, e aqui você vai entender o quanto ele é importante para a Astronomia...

Dia "zero de janeiro"? Pois é, se fosse só pela astronomia é assim que deveria se iniciar o calendário. Mas qual a importância disso, afinal?

Bem, quando se trata de cálculo, o zero é sempre indispensável e não teríamos como calcular efemérides, por exemplo se não fosse o dia 0 de janeiro.

Muito provavelmente você nunca ouviu falar dele, mas sim, ele existe... pelo menos na astronomia! E se você costuma ver publicações astronômicas especializadas, talvez você já tenha se deparado com o "dia zero".

Segundo especialistas, o problema começou com a implementação do calendário gregoriano, que já começa do Ano 1 d.C, e não do ano 0. E depois disso tomamos por costume sempre desconsiderar o zero na contagem dos meses e anos.

Dia 0 de janeiro

Pense bem: até as horas começam com 0, como é o caso da contagem do dia que se inicia às 00:00 , que chamamos de "meia-noite". Pois é... mas no caso dos dias não existe contagem a começar do zero, e isso é um problema para cálculos mais precisos como aqueles que astrônomos profissionais podem utilizar.

Como poderia o dia 1º ser primeiro se ele nunca decorreu a partir do zero para ser preenchido e aí sim fechar como "1" inteiro? Não teríamos como calcular 0,5 ou 0,6, ou 0,85 e assim por diante... Assim, o dia que chamamos de dia 2 de janeiro é na verdade quando o dia 1º se completa!

Pode parecer complicado, mas não tanto assim. É só você imaginar um cronômetro que começa a contar a partir do zero, quando se completam 24 horas ai sim teremos o dia 1, mas nesse casso, no nosso calendário já será dia 2 de janeiro...

Daí porque na astronomia o dia zero existe, e pra não haver confusão, os especialistas utilizam o dia 31 de dezembro como o dia zero. E, claro, quando alguma informação é publicada de maneira não direcionada a astronomia profissional, o calendário é então adaptado, afinal, quem não acharia estranho saber que algum evento astronômico iria acontecer no dia 00 de janeiro?

Gigantescos depósitos de água foram encontrados abaixo do solo de Marte

depositos de água em Marte

Alguns metros abaixo da superfície marciana, pesquisadores encontraram uma quantidade absurda de água pura!

Há cerca de 4 bilhões de anos, Marte perdeu sua atmosfera e tornou-se um mundo seco e hostil. Apesar disso, os cientistas já conhecem há algum tempo os grandes depósitos de gelo de água, que encontram-se principalmente nas regiões polares do planeta.

Agora, um estudo liderado pela U.S. Geological Survey, mostra que a erosão de superfície do Planeta Vermelho revelou  depósitos gigantescos de gelo de água abaixo da superfície. O estudo foi publicado na revista Science, e foi liderado por Colin M. Dundas, pesquisador da U.S. Geological Survey, membro do Lunar and Planetary Laboratory da Universidade do Arizona e do Instituto de Geofísica da Universidade do Texas.

Apesar dos cientistas não terem mencionado isso propriamente, é sabido que o gelo pode guardar e manter intacta toda e qualquer forma de vida. Se ela já existiu em Marte, provavelmente as futuras explorações poderão encontrar sinais que revelariam sua existência no passado.

Por estarem localizados a poucos metros abaixo da superfície, o acesso à água congelada é fácil, e poderia ser alcançado mesmo com pousadores. Mas mesmo sem ter sido explorado (ainda), esses grandes depósitos são um achado único!

O estudo contou com dados obtidos pelo instrumento HiRISE (High Resolution Imaging Science Experiment), a bordo da sonda orbitadora MRO. As análises revelaram oito regiões de latitude média que continham grandes depósitos de água abaixo da superfície marciana. Esses depósitos podem se estender a mais de 100 metros de profundidade.

Os depósitos contém água relativamente pura, depositada por neve há bilhões de anos. Desde então, esses grandes depósitos de água foram congelados e isolados por cerca de um ou dois metros de sedimentos (rochas e poeira). Isso mesmo: os grandes depósitos de água em Marte estão a apenas 2 metros de profundidade. Qualquer escavação simples já poderia revelá-los.

Além de ser uma excelente notícia para os futuros exploradores espaciais, que poderão utilizar esses depósitos na extração de água pura, essa descoberta também fortalece a ideia de que Marte já foi um mundo úmido, bem diferente do que conhecemos hoje. Esses depósitos de água são uma prova cabal da história climática de Marte.

A presença de grandes depósitos de água a poucos metros da superfície é uma excelente notícia quando o assunto é exploração planetária. O mais intrigante é que esses depósitos de água são expostos pela erosão, o que facilita muito seu acesso. Futuros colonizadores marcianos poderão construir suas bases nessas regiões a fim de ter água em abundância, próximo do equador.

Outras sondas, como os orbitadores Mars Odyssey (que usava espectrômetros), o Mars Express Orbiter, e o pousador Phoenix Lander, já haviam detectado sinais de depósitos de água abaixo da superfície marciana, no entanto, os oito locais detectados pela sonda MRO (Mars Reconnaissance Orbiter) revelaram os depósitos de água através de exposição real, e foi possível observá-los diretamente pela primeira vez na história.

Vestígios fósseis em Marte? 'Provavelmente não' afirma NASA

vestigios fosseis em marte?

Identificar algo assim seria extremamente difícil, segundo Ashwin Vasavada, cientista da missão Curiosity

Quem acompanha nosso site ficou sabendo em primeira mão no Brasil que a sonda Curiosity poderia ter encontrado vestígios fósseis em Marte. Era isso que alguns cientistas cogitavam, mas após algumas análises mais profundas, as coisas mudaram um pouco...

De acordo com os membros da equipe da missão Curiosity, as estranhas estruturas tubulares que a sonda Curiosity vem investigando ultimamente provavelmente foram formadas por crescimento de cristais, e não por pequenas criaturas. "Quando olhamos as estruturas bem de perto, vemos que elas são lineares, e não tubulares no sentido de serem cilindros. São bastante angulares", disse o cientista da missão Curiosidade Ashwin Vasavada, do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA.

"Elas possuem um quadrado ou paralelogramo transversal, e forma em ângulos. Tudo isso nos lembra bem o crescimento de cristais", disse Vasavada.

A equipe da missão acredita que as características tubulares são feitas de cristais, ou então que os cristais formaram um molde na rocha que mais tarde foi preenchido por material sedimentar. Ambos os cenários envolvem água líquida, o que sugere que a área onde os estranhos tubos foram encontrados já foi bastante molhada no passado.

A sonda Curiosity já encontrou diversas evidências de água subterrânea e até mesmo de um antigo sistema de lagos e rios abaixo da cratera. A equipe da missão suspeita que as rochas do Monte Sharp podem conter evidências da transformação que fez com que Marte, um mundo antes quente e úmido, se tornasse o planeta frio e seco que conhecemos hoje em dia. Para isso, a sonda Curiosity terá que continuar escalando a montanha a fim de encontrar essa zona de transição. Ainda não chegamos na parte seca de Monte Sharp", disse Vasavada.

Os instrumentos científicos acoplados à sonda Curiosity, ChemCam de disparo a laser e o espectrômetro de raios-x APXS, estão sendo utilizados para descobrir a real composição dos tubos marcianos, mas eles são extremamente difícies de serem estudados. Apesar de parecem grandes nas fotos ampliadas, eles têm cerca de 1 milímetro de comprimento (como grãos de arroz).

Os resultados da ChemCam e do APXS devem sair na próxima semana. Até lá, não podemos afirmar nada ainda.

A equipe da missão ainda não descarta a possibilidade dos tubos terem sido esculpidos por formas de vida marcianas. Mas de acordo com eles, esse não é o cenário mais provável dada a evidência disponível.

'Podemos não estar sozinhos', afirma ex-chefe de investigação de OVNIs do Pentágono

Além disso, mesmo que essas estruturas tubulares tivessem sido encontradas aqui na Terra, já seria extremamente difícil comprovar que elas teriam origem biológica, mas como estamos falando de algo encontrado em Marte, fica ainda mais difícil, mesmo que seja verdade, afirma Vasavada. "Infelizmente nós podemos não ser capazes ou não ter habilidade suficiente para descobrir isso", disse ele.

Vestígios fósseis podem ter sido encontrados em Marte

vestígios fósseis em Marte

Existem poucas coisas que explicam a origem desses estranhos tubos encontrados em solo marciano...

Ao analisar fotos recentes enviadas em 2018 pela sonda Curiosity (através do Mars Hand Lens Imager MAHLI), o pesquisador Barry DiGregorio levantou uma questão intrigante: teríamos finalmente encontrado vestígios fósseis em Marte?

DiGregorio é pesquisador do Centro Buckingham de Astrobiologia, no Reino Unido, e autor dos livros científicos "Marte: o Planeta Vivo" e "Micróbios de Marte".

De acordo com DiGregorio, o que foi encontrado pela sonda Curiosity em Marte é muito semelhante aos fósseis do ordoviciano fotografados e estudados por ele aqui na Terra. "Se não são fósseis, quais outras explicações geológicas a NASA vai nos dar?"

As características encontradas em Marte são extremamente pequenas, com tamanhos entre 1 e 2 milímetros de largura, sendo que o objeto mais longo mede cerca de 5 milímetros.

Os vestígios apareceram primeiramente em imagens em preto e branco. Assim que os cientistas o encontraram, a equipe de pesquisas da missão Curiosity foi atrás de imagens coloridas bem focadas, feitas pelo instrumento MAHLI. De acordo com Ashwin Vasavada, cientista de projetos da missão, as características da rocha eram realmente diferentes o suficiente para receber mais atenção."

Christopher Edwards, membro da equipe Curiosity e geólogo planetário da Northern Arizona University, também se pronunciou sobre a manobra da sonda para voltar ao local e estudar as características marcantes. "Esse local foi tão interessante que fizemos o rover voltar até lá para olharmos melhor. Temos alguns alvos peculiares que justificam um interrogatório adicional."

Geológico ou biológico?

A origem dessas estranhas características encontradas em Marte ainda é uma grande questão. Vasavada afirma que não se pode descartar uma origem biológica, e que de fato podem ser vestígios fósseis, mas ao mesmo tempo, não se pode fazer com que isso seja a primeira interpretação.

Um olhar mais atento mostra que os objetos angulares possuem múltiplas dimensões, o que poderia ser explicado como cristais na rocha que também são encontrados aqui na Terra, segundo Vasavada. Essa seria uma das poucas possibilidades, explicou ele.

Como vamos saber se são realmente fósseis em Marte?

"Isso é muito desafiador.. distinguir se são cristais de rocha ou vestígios fósseis sem estudá-los num laboratório. Temos uma capacidade limitada para entender se trata-se de processo biológico ou não", disse Vasavada.

A câmera MAHLI, a Chemistry and Camera (ChemCham) e o espectrômetro Alpha Particle X-Ray, que fazem parte do rover Curiosity, estão inspecionando os pequenos objetos a fim de revelar qualquer traço biológico, mas essa não será uma tarefa fácil...

Duas fortes hipóteses

"As imagens da Curiosity realmente dão curiosidade", disse Pascal Lee, cientista planetário do Instituto Mars e do Instituto SETI (Pesquisa de inteligência Extraterrestre). "É difícil dizer o que são esses bastões... mas o que me veio à cabeça de imediato é a bioturbação, um processo no qual organismos vivos podem perturbar os sedimentos ao seu redor criando estruturas como essa."

Veja quais os grandes desafios que os astronautas encontrarão em Marte

Ainda de acordo com Lee, são necessárias mais evidências para se fazer qualquer afirmação. "Afirmações extraordinárias requerem provas extraordinárias", disse ele relembrando a famosa frase de Carl Sagan. E continua: "Mas eu tenho que dizer que a imagem é realmente intrigante, e espero que a sonda Curiosity gaste mais tempo na área para estudar a fundo. Isso é emocionante!"

Outro processo que também pode explicar essas estruturas é a "concreção" - um processo que se parece com a bioturbação, porém é físico e não biológico.

"Legal! parece mesmo com bioturbação, e se essa fosse uma foto da Terra provavelmente essa seria a explicação", disse Dirk Schulze-Makuch, astrobiólogo e professor da Universidade Técnica de Berlim, na Alemanha. "Mas as concreções parecem ser bastante semelhantes, e como essa foto foi feita em Marte, e não na Terra, elas são mais prováveis."

Por outro lado, se as estruturas realmente forem bioturbações, então teríamos evidências de que a vida em Marte seria não apenas unicelular, mas que teria se desenvolvido para organismos multicelulares. A resposta? Só nos resta aguardar..

Em 2018 a internet espacial se torna coisa séria

internet via satélite 2018

Parece que chegamos num ponto sem volta. Agora, a internet entregue por satélites promete mudar o globo!

Quando dizem por aí que a internet está dominando o mundo, não é apenas força de expressão. Em 2005, 1 bilhão de pessoas tinha acesso à rede. Uma contagem feita em 2017 registrou que 3,5 bilhões de pessoas utilizam a internet diariamente em todo o planeta. Antigamente, cerca de 15% da população acessava a internet, sendo que hoje já passa dos 50%. Estima-se que até o final dessa década, 5 bilhões de pessoas terão acesso à internet - cerca de 70% da população

Tá achando pouco ainda? Espere pra ver: em 2018, oito grupos de satélites para internet serão lançados. Assim que estiverem em pleno funcionamento, esse satélites irão aumentar drasticamente o alcance da internet em todo o planeta! Internet com cabos poderá ser uma coisa do passado...

Internet que vem do espaço

A empresa SpaceX lançará um satélite de internet protótipo - o primeiro de um grupo de 4.425 satélites que formarão uma rede complexa que disponibilizará internet em todas as partes do globo. Elon Musk já disse que uma de suas metas é levar acesso à internet para todo o planeta.

Outras empresas, como a Telecom, Samsung e Boeing, também planejam enviar satélites de internet ainda nesse ano de 2018. A Samsung, por exemplo, pretende enviar 4.600 satélites que deverão estar orbitando a Terra até 2028. Assim que estiver funcionando, esses satélites terão a capacidade de entregar até 200 GB de velocidade (ao mês) para até 5 bilhões de pessoas! A Boeing também pretende enviar quase 3 mil satélites com a mesma finalidade.

satélite espacial para internet

Outras grandes empresas como a Telesat LEO, SES O3B, Iridium Next, entre outras, pretendem enviar algumas dezenas ou centenas de satélites também em órbita terrestre baixa (abaixo de 2.000 km de altitude). Grande parte desses satélites deverão estar funcionando "a todo vapor" (na verdade deve ser energia solar, claro!) até 2021.

A empresa LeoSat pretende enviar 108 satélites que serão interconectados através de lasers, que funcionarão como uma "espinha dorsal ótica espacial". Segundo a empresa, esses satélites entregarão uma internet 1,5 vezes mais rápida do que a internet de fibra ótica terrestre. O primeiro desses 108 satélites será lançado em 2019.

Se nem mesmo a água encanada é entregue à toda população mundial, imagine então a internet? Porém, graças ao avanço científico e aeroespacial, em breve isso poderá mudar. Dentro de alguns (poucos) anos poderemos olhar pra trás e ver o quanto evoluímos... e quem sabe, lembraremos de uma época onde nem todos tinham fácil acesso à internet.

E felizmente, internet e informação andam sempre juntas. Quanto mais informação é entregue às pessoas, melhor o mundo tende a se tornar. Pelo menos é isso o que se espera.

E aí? Estão prontos para a nova era da internet ?

Uma visão profunda dos corações das estrelas



À primeira vista, parece impossível observar o interior de uma estrela. Uma equipa internacional de astrónomos, sob a orientação de Earl Bellinger e Saskia Hekker do Instituto Max Planck para Pesquisa do Sistema Solar em Gotinga, Alemanha, determinou pela primeira vez a estrutura interna profunda de duas estrelas com base nas suas oscilações.

Um vislumbre do coração: impressão de artista do interior estelar, estudado através das suas oscilações de superfície.Crédito: Earl Bellinger/ESA

O nosso Sol, e a maioria das outras estrelas, têm "pulsações" que se espalham pelo interior estelar como ondas sonoras. As frequências dessas ondas são impressas na luz da estrela e podem mais tarde ser observadas pelos astrónomos aqui na Terra. Semelhante à forma como os sismólogos decifram a estrutura interna do nosso planeta através da análise de sismos, os astrónomos determinam as propriedades de estrelas a partir das suas oscilações - um campo chamado asterosismologia. Agora, pela primeira vez, uma análise detalhada destas vibrações permitiu que Earl Bellinger, Saskia Hekker e colegas medissem a estrutura interna de duas estrelas distantes. As duas estrelas que analisaram fazem parte do sistema 16 Cygni (conhecidas como 16 Cyg A e 16 Cyg B) e ambas são muito parecidas com o nosso Sol. "Devido à sua pequena distância de apenas 70 anos-luz, estas estrelas são relativamente brilhantes e, portanto, ideais para a nossa análise," comenta o autor principal Eartl Bellinger. 

"Anteriormente, só era possível fazer modelos do interior das estrelas. Agora podemos medi-los. Para fazer um modelo do interior de uma estrela, os astrofísicos variam os modelos de evolução estelar até que um deles encaixe no espectro de frequência observado. No entanto, as oscilações dos modelos teóricos diferem frequentemente daquelas das estrelas, provavelmente devido a alguma física estelar ainda desconhecida. Bellinger e Hekker decidiram, portanto, usar o método inverso. Aqui, derivaram as propriedades locais do interior estelar a partir das frequências observadas. Este método depende menos dos pressupostos teóricos, mas requer uma excelente qualidade dos dados medidos e é matematicamente complexo.

Usando o método inverso, os investigadores analisaram mais de 500.000 km para o interior das estrelas - e descobriram que a velocidade do som nas regiões centrais é maior do que a prevista pelos modelos. "No caso de 16 Cyg B, estas diferenças podem ser explicadas corrigindo o que pensávamos ser a massa e o tamanho da estrela," explica Bellinger. No entanto, no caso de 16 Cyg A, a causa das discrepâncias não pôde ser identificada.

É possível que fenómenos físicos ainda desconhecidos não sejam suficientemente levados em consideração pelos modelos evolutivos atuais. "Os elementos que foram criados nos estágios iniciais da evolução da estrela podem ter sido transportados desde o núcleo da estrela até às suas camadas exteriores," acrescenta Bellinger. "Isso mudaria a estratificação interna da estrela, o que então afeta a forma como oscila."

Esta primeira análise estrutural das duas estrelas será seguida por mais. "Dez a vinte estrelas adicionais, adequadas para esta análise, podem ser encontradas nos dados do Telescópio Espacial Kepler," comenta Saskia Hekker, que lidera o Grupo de Investigação SAGE (Stellar Ages and Galactic Evolution) no Instituto Max Planck em Gotinga. No futuro, a missão TESS (Transiting Exoplanet Survey Satellite) da NASA e o telescópio espacial PLATO (Planetary Transits and Oscillation of Stars) planeado pela ESA vão recolher ainda mais dados para este campo de pesquisa.

O método inverso fornece novas informações que ajudarão a melhor entender a física no interior das estrelas. Isto levará a melhores modelos estelares, que aperfeiçoarão a nossa capacidade de prever a evolução futura do Sol e de outras estrelas na nossa Galáxia.

Bolhas gigantes na superfície de estrela gigante vermelha



Com o auxílio do Very Large Telescope do ESO, astrônomos observaram diretamente pela primeira vez padrões de granulação na superfície de uma estrela fora do Sistema Solar — a gigante vermelha π1 Gruis. Esta nova imagem obtida com o instrumento PIONIER revela as células convectivas que constituem a superfície desta enorme estrela — com um diâmetro 350 vezes maior que o do Sol. Cada célula cobre mais de um quarto do diâmetro da estrela e tem cerca de 120 milhões de km de comprimento. Estes novos resultados foram publicados esta semana na revista Nature.

Situada a 530 anos-luz de distância da Terra na constelação do Grou, π1 Gruis é uma estrela gigante vermelha fria. Possui cerca da mesma massa do Sol, mas é 350 vezes maior e várias milhares de vezes mais brilhante. O nosso Sol irá também aumentar de tamanho, tornando-se uma gigante vermelha semelhante a esta, daqui a cerca de 5 bilhões de anos.

Uma equipe internacional de astrônomos liderada por Claudia Paladini (ESO) usou o instrumento PIONIER montado no Very Large Telescope do ESO para observar π1 Gruis com o maior detalhe conseguido até agora. A equipe descobriu que a superfície desta gigante vermelha tem apenas algumas células convectivas, ou grânulos, cada um com cerca de 120 milhões de km de dimensão — cerca de um quarto do diâmetro da estrela.  Para comparação, apenas um destes grânulos estenderia-se desde o Sol até depois da órbita de Vênus. As superfícies — chamadas fotosferas — de muitas estrelas gigantes encontram-se obscurecidas por poeira, o que dificulta as observações. No entanto, no caso da π1 Gruis, e apesar de haver poeira longe da estrela, este efeito não é significativo nas novas observações infravermelhas.

Quando π1 Gruis gastou todo o hidrogênio que tinha para queimar, há muito tempo atrás, esta estrela anciã terminou a primeira fase da sua fusão nuclear. A estrela diminuiu de tamanho quando ficou sem energia, o que fez com que aquecesse a uma temperatura de mais de 100 milhões de graus. Estas temperaturas extremas deram origem à próxima fase da estrela, que começou então a queimar hélio, transformando-o em átomos mais pesados como o carbono e o oxigênio. O núcleo intensamente quente expeliu as camadas mais externas da estrela, fazendo com que esta aumentasse o seu tamanho em centenas de vezes relativamente ao tamanho original. A estrela que vemos hoje é uma gigante vermelha variável. Até agora, a superfície de uma destas estrelas nunca tinha sido observada com tanto detalhe.

Em termos de comparação, a fotosfera do Sol contém cerca de 2 milhões de células convectivas, com diâmetros típicos de apenas 2000 km. A enorme diferença nas células convectivas destas duas estrelas pode ser explicada em parte pelas suas gravidades de superfície variáveis. π1 Gruis tem apenas 1,5 vezes a massa do Sol mas é muito maior, o que resulta numa gravidade de superfície muito menor e em apenas alguns grânulos extremamente grandes. 

Enquanto estrelas com massas maiores que 8 massas solares terminam as suas vidas em explosões de supernova, as estrelas com menos massa, como esta, expelem gradualmente as suas camadas exteriores, dando origem a bonitas nebulosas planetárias. Estudos anteriores de π1 Gruis tinham revelado uma concha de material a 0,9 anos-luz de distância da estrela central, que se pensa ter sido ejetada há cerca de 20 000 anos atrás. Este período relativamente curto da vida de uma estrela dura apenas algumas dezenas de milhares de anos — comparado com a vida total de cerca de vários bilhões — e por isso estas observações mostram um novo método para investigar esta fase efêmera das gigantes vermelhas.

Buracos negros supermassivos controlam formação estelar em galáxias massivas



O poder de um buraco negro supermassivo pode ser visto nesta imagem de Centauro A, um dos núcleos galácticos ativos mais próximos da Terra. A imagem combina dados de vários telescópios em diferentes comprimentos de onda, mostrando jatos e lóbulos alimentados pelo buraco negro supermassivo no centro da galáxia. Crédito: ESO/WFI (ótico); MPIfR/ESO/APEX/A. Weiss et al. (submilímetro); NASA/CXC/CfA/R. Kraft et al. (raios-X)

As galáxias jovens resplandecem com novas estrelas brilhantes que se formam a um ritmo elevado, mas a formação estelar eventualmente para quando uma galáxia evolui. Um novo estudo, publicado dia 1 de janeiro na revista Nature, mostra que a massa do buraco negro no centro da galáxia determina quando a "extinção" de formação estelar ocorre.

Cada galáxia massiva tem um buraco negro supermassivo central, com mais de um milhão de vezes a massa do Sol, revelando a sua presença através dos efeitos gravitacionais nas estrelas da galáxia e por vezes alimentando a radiação energética de um núcleo galáctico ativo. Pensa-se que a energia que a galáxia recebe do núcleo galáctico ativo desliga a formação estelar através do aquecimento e dissipação do gás que, de outra forma, se condensaria em estrelas à medida que arrefecia.

Esta ideia já existe há décadas e os astrofísicos descobriram que as simulações da evolução galáctica devem incorporar feedback do buraco negro a fim de reproduzir as propriedades observadas das galáxias. Mas as evidências observacionais de uma ligação entre os buracos negros supermassivos e a formação estelar não existiam, até agora.

"Temo-nos debruçado no feedback para fazer com que as simulações funcionem, sem realmente saber como é que acontece," comenta Jean Brodie, professora de astronomia e astrofísica da Universidade da Califórnia em Santa Cruz, coautora do artigo. "Esta é a primeira evidência observacional direta onde podemos ver o efeito do buraco negro na história da formação estelar da galáxia."

Os novos resultados revelam uma interação contínua entre a atividade do buraco negro e a formação estelar ao longo da vida de uma galáxia, afetando todas as gerações de estrelas formadas à medida que a galáxia evolui.

Liderado pelo autor principal Ignacio Martín-Navarro, investigador pós-doutorado da mesma universidade norte-americana, o estudo focou-se nas galáxias massivas para as quais a massa do buraco negro central já foi medida em estudos anteriores através da análise dos movimentos das estrelas perto do centro da galáxia. Para determinar as histórias de formação estelar das galáxias, Martín-Navarro examinou os espectros detalhados da luz obtidos pelo Levantamento de Galáxias Massivas do Telescópio Hobby-Eberly.

A espectroscopia permite aos astrónomos separar e medir os diferentes comprimentos de onda da luz de um objeto. Martín-Navarro utilizou técnicas computacionais para analisar o espectro de cada galáxia e recuperar a sua história de formação estelar, encontrando a melhor combinação de populações estelares que mais se adequa aos dados espectroscópicos. "Diz-nos a quantidade de luz oriunda das várias populações estelares com idades diferentes," realça.

Quando comparou as histórias de formação estelar de galáxias com buracos negros de diferentes massas, encontrou diferenças marcantes. Estas diferenças só se correlacionaram com a massa do buraco negro e não com a morfologia, tamanho e outras propriedades galácticas.

"Para as galáxias com a mesma massa de estrelas, mas um buraco negro de massa diferente no centro, essas galáxias com buracos negros maiores 'apagaram-se' mais cedo e mais depressa do que aquelas com buracos negros mais pequenos. Portanto, a formação estelar durou mais tempo nas galáxias com buracos negros centrais menores," explica Martín-Navarro.

Outros investigadores procuraram correlações entre a formação estelar e a luminosidade dos núcleos galácticos ativos, sem sucesso. Martín-Navarro disse que tal pode ser devido às escalas de tempo serem tão diferentes, com a formação estelar ocorrendo ao longo de centenas de milhões de anos, enquanto as explosões dos núcleos galácticos ativos ocorrem em períodos mais curtos.

Um buraco negro supermassivo só é luminoso quando está engolindo ativamente matéria das regiões internas da sua galáxia hospedeira. Os núcleos galácticos ativos são altamente variáveis e as suas propriedades dependem do tamanho do buraco negro, da taxa de acreção de material que cai na sua direção e de outros fatores.

"Nós usámos a massa do buraco negro como 'proxy' para a energia lançada para a galáxia pelo núcleo galáctico ativo, porque a acreção em buracos negros mais massivos leva a um feedback mais energético dos núcleos galácticos ativos, o que extinguiria a formação estelar mais rapidamente," explica Martín-Navarro.

Segundo o coautor Aaron Romanowsky, astrónomo da Universidade Estatal de San Jose e dos Observatórios da Universidade da Califórnia, a natureza precisa do feedback do buraco negro que trava a formação estelar permanece incerta. 

"Existem várias maneiras pelas quais um buraco negro lança energia para a galáxia e os teóricos têm muitas ideias sobre o modo como esta extinção acontece, mas para encaixar estas novas observações nos modelos precisamos de continuar a trabalhar," conclui Romanowsky.

Astrônomos revelam quantidade 'surpreendente' de estrelas com massa 30 vezes superiores a do Sol



Estudo publicado na revista 'Science' quinta-feira (4) sugere que existência de estrelas muito mais pesadas que o astro pode ter sido subestimada. A quantidade de estrelas maciças, com massa 30 vezes superior a do Sol, pode ser mais comum do que astrônomos pensavam, conclui estudo publicado na revista "Science" nesta quinta-feira. 

Ao observarem uma espécie de berçário no espaço, onde o nascimento de estrelas é comum, astrônomos encontraram 1.000 estrelas com massa entre 10 e 200 vezes superiores a do Sol. Atualmente estima-se que apenas 1% das estrelas tenha massa 10 vezes maiores a do astro. O "berçário de estrelas" observado é conhecido como 30 Doradus ou nebulosa de Tarântula e está a uma distância aproximada de 160 mil anos-luz da Terra.

A pesquisa também observou em detalhes cerca de 250 estrelas para tentar determinar a prevalência de estrelas maciças em 30 Doradus, numa variável conhecida como FMI (Função de Massa Inicial).

A importância do estudo das estrelas

- Estrelas são uma grande massa de gás formada nas nuvens do espaço conhecidas como nebulosas.
- Elas também são responsáveis pela distribuição de gases no universo (como carbono e nitrogênio).
- Como possuem características similares a dos sistemas planetários a qual pertencem, seu estudo é de fundamental importância para entender como o universo influencia a vida na Terra, por exemplo.

Com a análise, pesquisadores não só chegaram à conclusão que estrelas pesadas são mais comuns, mas também que é provável que a massa de uma estrela chegue a 300 massas solares -- antes, esse teto era estabelecido em torno de 200 massas solares.

O estudo dessa região do universo também mostra que a explosão que deu origem à formação de estrelas em 30 Dor deve ter ocorrido há menos de 10 milhões de anos.

A pesquisa teve como primeiro autor Fabian Schneider, pesquisador do Instituto Hintze que está realizando estudos no Departamento de Física da Universidade de Oxford (Reino Unido).

Observação foi feita com 'supertelescópio'

Para a observação, astônomos utilizaram o " Very Large Telescope", o maior instrumento óptico existente e propriedade do Laboratório Observatório Europeu do Sul (ESO). O estudo também integra projeto de pesquisa específico para a nebulosa de Tarântula.

Segundo autores, o estudo de estrelas maciças é importante porque esse tipo de estrela exerce grande influência ao seu redor. No final da vida, também formam alguns dos objetos mais exóticos do Universo, como estrelas de nêutrons (estrelas densas e compactas) e buracos negros. 

O achado, assim, eleva também a chance de que mais buracos negros existam. Cientistas ainda devem responder, no entanto, o quanto do resultado da observação numa região específica do universo pode ser extrapolado para todo o espaço.

Humanidade pode superar o fim do Universo; veja como



Sabemos que mesmo que guerras nucleares, poluição ou doenças não acabem com a vida humana na Terra, o nosso planeta está fadado a ser destruído pelo próprio sol em cerca de 1,5 bilhão de anos. Neste ponto, de acordo com projeções do astrônomo Gregory Laughlin da Universidade de Yale (EUA) e do cientista ambiental Andrew Rushby, da Universidade de East Anglia (Inglaterra), o sol vai causar um superaquecimento da Terra. Os mares irão ferver e os tipos de vida complexos não vão sobreviver neste ambiente.

Era multiplanetária

Se a humanidade ainda existir, provavelmente nem estaremos mais vivendo por aqui. Com a tecnologia atual já seria possível estabelecer bases na lua ou em Marte, então em 1,5 bilhão de anos o sistema solar inteiro provavelmente estaria colonizado.

Conforme o sol for ficando mais quente, outros planetas pareceriam mais atraentes. Assim que a Terra estiver muito quente para nós, Marte estaria na temperatura ideal para nos receber. A pesquisadora Lisa Kaltenegger, da Universidade de Cornell, desenvolveu um modelo que mostra que o planeta vermelho deve ficar agradável por outros 5 bilhões de anos.

Daqui a 7,5 bilhões de anos, o sol vai terminar de queimar sua reserva de hidrogênio e vai passar a usar seu hélio. Isso vai fazer com que ele infle como um enorme gigante vermelho. Neste ponto, tanto a Terra quanto Marte estarão literalmente fritos. Por outro lado, as congelantes luas de Júpiter e Saturno serão local ideal para colônias humanas. Poderemos ficar ali por alguns milhões de anos.

Daqui a 8 bilhões de anos, até as luas desses planetas ficarão quentes demais para nós. Não existirá mais vida no nosso sistema solar.

Era multiestelar

Felizmente, ainda existem 200 bilhões de outras estrelas na Via Láctea, a maioria com planetas ao redor. Talvez neste ponto nossos descendentes serão especialistas em viagens na velocidade da luz. Seres humanos do futuro poderiam construir arcas interestelares, nas quais gerações de viajantes poderiam viver e morrer antes de levar seus herdeiros ao novo destino.

Poderemos escolher planetas ao redor de um sol amarelo de tamanho médio parecido com o nosso. Ali poderia ser nosso lar por alguns bilhões de anos, já que esse tipo de estrela leva cerca de 12 bilhões de anos para morrer. Mesmo que uma estrela morra, moderemos nos mudar para outras.

Mesmo que todas as estrelas amarelas morram, as anãs vermelhas também podem ser uma boa fonte de energia para planetas ao seu redor e poderiam ser um bom lar para os seres humanos até daqui 15 trilhões de anos.

A era gravitacional

Quando as anãs vermelhas morrerem, a única opção de nossos descendentes será explorar energia dos buracos negros. Esta seria a “Era gravitacional”. Neste futuro negro, poderemos construir estruturas que deixam massas serem puxadas para dentro do buraco negro para que seu empuxo gravitacional seja explorado da mesma forma como um relógio de peso faria.  Outra opção seria explorar as altas temperaturas do centro de planetas para gerar eletricidade. A interação gravitacional entre corpos celestiais cria atrito, que ajuda a manter os planetas quentes mesmo sem calor de estrelas. 

Não imagine pessoas como nós vivendo nesses cenários. Tantos anos de evolução com certeza terão nos transformado completamente. Possivelmente estaremos em fusão com nossos computadores ou talvez nem teremos uma forma física. O único fator que nossos descendentes provavelmente terão em comum conosco é o conhecimento.

Moldados os primeiros segmentos do espelho principal do ELT



Os seis primeiros segmentos hexagonais do espelho principal do Extremely Large Telescope do ESO acabam de ser moldados pela companhia alemã SCHOTT na sua fábrica principal em Mainz. Estes segmentos farão parte do espelho primário de 39 metros do ELT, o qual terá 798 segmentos no total. O ELT será o maior telescópio óptico do mundo, com primeira luz prevista para 2024. 

O espelho primário de 39 metros de diâmetro do Extremely Large Telescope (ELT) do ESO será de longe o maior já construído para um telescópio óptico-infravermelho. Um gigante desses é grande demais para poder ser feito de uma única peça de vidro, por isso o espelho consistirá de 798 segmentos hexagonais individuais, cada um com uma dimensão de 1,4 metros e cerca de 5 cm de espessura. 

Os segmentos trabalharão em conjunto como se fossem um único e enorme espelho, coletando dezenas de milhões de vezes mais luz que o olho humano é capaz. Marc Cayrel, chefe de optomecânica do ELT, esteve presente nas primeiras moldagens: ”Foi fantástico ver os primeiros segmentos sendo moldados. 

Trata-se de um enorme marco na construção do ELT!  Assim como o molde do espelho secundário do telescópio, os segmentos do espelho principal são fabricados de um material cerâmico de baixa expansão chamado Zerodur© da SCHOTT. O ESO assinou os contratos da fabricação dos quatro primeiros espelhos do ELT — M1 a M4, sendo M1 o espelho primário — com esta companhia alemã. 

A moldagem dos primeiros segmentos é um processo importante, já que é a partir dela que os engenheiros da SCHOTT validam e otimizam o processo de fabricação, assim como as ferramentas e os procedimentos associados. 

A moldagem dos primeiros seis segmentos trata-se um importante marco no processo de construção deste telescópio, mas a estrada ainda é longa — será necessário moldar e polir mais de 900 segmentos (789 para o espelho primário propriamente dito e um conjunto sobresselente de 133). Quando o processo estiver completamente otimizado, a taxa de produção será de cerca de um segmento por dia. 

Após a moldagem, os moldes dos segmentos de espelho serão submetidos a uma sequência de tratamento de aquecimento e lento processo de resfriamento, sendo depois aparados até à forma correta e polidos até uma precisão de 15 nanometros em toda a superfície óptica. Os ajustes da forma e polimento da superfície serão da responsabilidade da companhia francesa Safran Reosc, a qual fará testes adicionais.

Um filamento misterioso está saindo do enorme buraco negro no meio da nossa galáxia



A imagem acima provavelmente não tem significado nenhum para a maioria de nós, mas é bastante emocionante para os astrônomos.  Ela mostra um filamento misterioso de 2,3 anos-luz de comprimento aparentemente saindo do buraco negro supermassivo Sagittarius A*, no centro da nossa galáxia.

O que é emocionante sobre isso? Dentre várias possibilidades, pode provar uma teoria proposta na década de 1970. O filamento foi descoberto em 2012, mas a nova imagem revela que a longa linha parece ser bastante próxima do coração da nossa galáxia.

Os pesquisadores produziram a fotografia usando dados do radiotelescópio Karl G. Jansky Very Large Array e aplicando uma nova técnica para destacar os detalhes. Embora encontrar fluxos de gás ou linhas de partículas brilhantes que se estendem por regiões do espaço não seja incomum, as origens destes filamentos são geralmente um mistério.

Segundo o astrônomo Jun-Hui Zhao, do Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics em Cambridge (EUA), essa descoberta deve motivar cientistas a construir uma nova geração de telescópios de rádio com tecnologia de ponta, a fim de resolvermos o enigma. Estruturas como esta, chamadas de filamentos de rádio não térmicos (NRF, na sigla em inglês), já foram observadas flutuando no meio da nossa galáxia anteriormente.

Inicialmente, suspeitava-se que eles tivessem algo a ver com os campos magnéticos da Via Láctea. Conforme mais filamentos foram descobertos fluindo em direções estranhas, essa ideia foi rejeitada.
O que torna este filamento particularmente incomum é que parece estar partindo do horizonte de eventos de Sagittarius A*, o buraco negro gigantesco, quatro milhões de vezes mais pesado que o nosso sol, que mora no meio da nossa galáxia.

Isso abre algumas explicações intrigantes possíveis.

A opção menos emocionante é que este filamento é apenas um NRF tradicional, que simplesmente parece estar conectado ao buraco negro. Em outras palavras, pode ser o equivalente astronômico de um cabelo galáctico na frente da lente. Porém, de acordo com os astrônomos, isso é extremamente improvável.  A hipótese preferida dos pesquisadores é de que o fio é feito de partículas sendo descartadas de Sagittarius.

Redemoinhos de partículas sendo puxadas para o buraco negro podem criar um campo magnético forte, que por sua vez age como um acelerador de partículas. Partículas carregadas canalizadas a uma velocidade absurda poderiam explicar um fluxo fino e incandescente ligado à Sagittarius.  Por fim, existe uma outra possibilidade, menos provável, porém ainda mais emocionante: de que este filamento é na verdade um objeto hipotético conhecido como “corda cósmica”.

As cordas cósmicas foram teorizadas pela primeira vez pelo físico Tom Kibble na década de 1970. Elas são “falhas topológicas” unidimensionais maciças que se formam entre diferentes partes do vácuo à medida que o espaço se expande.

Em outras palavras, são como fendas no espaço que se formaram quando nosso universo ainda jovem estava se expandindo (como um tecido que rasga ao se esticar muito).

Dado que essas “cordas” devem ser absolutamente imensas, se de fato existem, o meio de uma galáxia seria um bom lugar para procurar por elas. Seja o que for, descobrir a natureza desse filamento estranho será um avanço para a astronomia. Se forem partículas sendo atiradas de Sagittarius, isso nos ensinaria mais sobre campos magnéticos nesta zona altamente caótica do universo. Já detectar uma corda cósmica seria uma descoberta pioneira que nos diria muito sobre a própria natureza do universo e suas origens.

“Vamos continuar procurando até que tenhamos uma explicação sólida para esse objeto. E pretendemos produzir imagens ainda melhores e mais reveladoras”, disse Miller Goss, integrante do National Radio Astronomy Observatory, observatório que abriga o Karl G. Jansky Very Large Array.  

Humanidade finalmente verá um buraco negro em 2018



Os buracos negros já são parte do conhecimento popular há algumas décadas. Sabemos que eles são lugares no espaço de onde nada, nem mesmo partículas que se movem na velocidade da luz, consegue escapar. Sabemos também que há um buraco negro enorme no meio da nossa Via Láctea – assim como em outras galáxias. Mas apesar de sabermos deles teoricamente desde Einstein, nós nunca olhamos para um, mas, segundo os especialistas, 2018 será o ano em que isso finalmente vai acontecer.

Albert Einstein previu a existência de buracos negros em sua teoria da relatividade geral, mas mesmo ele não estava convencido de que eles realmente existiam. E, até agora, ninguém conseguiu produzir evidências concretas de que eles de fato existem. A esperança dos cientistas para mudar isso está no Event Horizon Telescope (EHT). Apesar do nome, o EHT não é só um telescópio, mas uma rede de telescópios em todo o mundo. Trabalhando em conjunto, esses dispositivos podem fornecer todos os componentes necessários para que finalmente sejamos capazes de capturar uma imagem de um buraco negro.

A ideia é que a imagem produzida pela combinação destes dados seria comparável a uma que poderia ter sido criada usando um único telescópio de tamanho terrestre. O primeiro teste começou em abril de 2017. Ao longo de cinco noites, oito telescópios em todo o mundo colocam suas miras em Sagitário A * (Sgr A *), um ponto no centro da Via Láctea que os pesquisadores acreditam ser a localização de um buraco negro supermassivo.

Um telescópio do tamanho da Terra

Para fazer isso, seria preciso um telescópio mais ou menos do tamanho da Terra – e é mais ou menos isso que o EHT é, na prática. Primeiro, você precisa de uma ampliação ultra alta – o equivalente a contar as covinhas em uma bola de golfe em Los Angeles quando você está sentado em Nova York”, compara o diretor do EHT, Sheperd Doeleman. “Em seguida, você precisa de uma maneira de ver o gás na Via Láctea e o gás quente que envolve o próprio buraco negro. Isso requer um telescópio tão grande como a Terra, que é onde o EHT entra”.

A equipe do EHT criou um “telescópio virtual de tamanho terrestre”, explica Doeleman, usando uma rede de radiotelescópios individuais espalhados pelo planeta. Eles sincronizaram os telescópios para que eles observassem o mesmo ponto no espaço ao mesmo tempo e fossem capazes de gravar as ondas de rádio detectadas. 

A ideia é que a imagem produzida pela combinação destes dados seria comparável a uma que poderia ter sido criada usando um único telescópio de tamanho terrestre. O primeiro teste começou em abril de 2017. Ao longo de cinco noites, oito telescópios em todo o mundo colocam suas miras em Sagitário A * (Sgr A *), um ponto no centro da Via Láctea que os pesquisadores acreditam ser a localização de um buraco negro supermassivo.

Os dados do Telescópio do Polo Sul chegaram ao Observatório Haystack, do MIT, somente em dezembro, devido à falta de voos de carga na região. Agora que a equipe tem os dados de todos os oito telescópios, eles podem começar sua análise com a esperança de produzir a primeira imagem de um buraco negro.

Uma imagem de um buraco negro não só provaria definitivamente que eles existem, como também revelaria novas informações sobre nosso universo, principalmente em escalas maiores. “Acredita-se que os buracos negros supermassivos no centro das galáxias e as galáxias em que vivem evoluem ao longo dos tempos cósmicos, de modo que observar o que acontece perto do horizonte do evento nos ajudará a entender o universo em escalas maiores”, diz Doeleman.

Pés no chão

O pesquisador diz que, no futuro, os pesquisadores devem ser capazes de fazer imagens de um único buraco negro ao longo do tempo. Isso permitiria aos cientistas determinar se a teoria da relatividade geral de Einstein é verdadeira ou não na fronteira do buraco negro, além de estudar como os buracos negros crescem e absorvem a matéria.

Por mais empolgante que a pesquisa pareça, as observações do buraco negro em Sagitário A * são apenas as primeiras usando o EHT, e Doeleman está mantendo as expectativas sob controle. “Não temos garantia do que veremos, e a natureza pode nos jogar uma bola curva. No entanto, o EHT agora está funcionando, então, ao longo dos próximos anos, trabalharemos para fazer uma imagem para ver como realmente se parece um buraco negro”, garante. 

Não há ainda uma data para a publicação dos resultados. Segundo Doeleman, justamente porque a equipe está trabalhando com cuidado, mas é provável que a Terra veja seu primeiro buraco negro em 2018. 

Primeiras galáxias do universo giravam como a Via Láctea

Imagem

Impressão de artista da rotação de uma galáxia no Universo jovem.
Crédito: Instituto de Astronomia, Amanda Smith

Os astrónomos olharam para trás no tempo, para uma época pouco depois do Big Bang, e descobriram gás turbulento em algumas das primeiras galáxias que se formaram no Universo. Estes "recém-nascidos" - observados como eram há quase 13 mil milhões de anos - giravam como um redemoinho, de modo semelhante à nossa própria Via Láctea.

Uma equipe internacional liderada por Renske Smit do Instituto Kavli de Cosmologia da Universidade de Cambridge usou o ALMA (Atacama Large Millimeter/submillimeter Array) para abrir uma nova janela no Universo distante e identificou galáxias normais de formação estelar num estágio muito inicial da história cósmica. Os resultados foram divulgados na revista Nature e foram apresentados na 231.ª reunião da Sociedade Astronómica Americana.

A luz de objetos distantes leva tempo até alcançar a Terra, de modo que a observação de objetos a milhares de milhões de anos-luz permite-nos olhar para trás no tempo e observar diretamente a formação as galáxias mais antigas. No entanto, naquela época o Universo estava repleto de uma "neblina" obscura de hidrogénio neutro, o que torna difícil ver a formação das primeiras galáxias com telescópios óticos.

Smit e colegas usaram o ALMA para observar duas pequenas galáxias recém-nascidas, como existiam apenas 800 milhões de anos após o Big Bang. Ao analisarem a "impressão digital" espectral da radiação infravermelha distante recolhida pelo ALMA, foram capazes de estabelecer a distância às galáxias e, pela primeira vez, ver o movimento interno do gás que alimentou o seu crescimento.

"Até à construção do ALMA, nunca tínhamos conseguido ver a formação de galáxias em tão grande detalhe e nunca tínhamos sido capazes de medir o movimento do gás em galáxias tão cedo na história do Universo," afirma o coautor Stefano Carniani, do Laboratório Cavendish e do Instituto Kavli de Cosmologia, ambos de Cambridge.

Os cientistas descobriram que o gás nestas galáxias recém-nascidas rodava e girava num movimento parecido com o de um redemoinho, um movimento semelhante ao da nossa própria Galáxia e de outras galáxias mais maduras muito mais tarde na história do Universo. Apesar do seu tamanho relativamente pequeno - cerca de cinco vezes mais pequenas que a Via Láctea - estas galáxias formavam estrelas a um ritmo maior do que outras galáxias jovens, mas os investigadores ficaram surpresos ao descobrir que as galáxias não eram tão caóticas quanto o esperado.

"No início do Universo, a gravidade fez com que o gás fluísse rapidamente para as galáxias, agitando-as e formando muitas estrelas novas - as violentas explosões de supernova dessas estrelas também tornaram o gás turbulento," comenta Smit. "Nós esperávamos que as galáxias jovens fossem uma 'bagunça' dinâmica, devido aos estragos provocados pela explosão de estrelas jovens, mas estas mini-galáxias mostram a capacidade de manter a ordem e parecem bem reguladas. 

Apesar do seu pequeno tamanho, já estão a crescer rapidamente para se tornarem em galáxias 'adultas' como a galáxia onde vivemos. Os dados deste projeto sobre galáxias pequenas preparam o caminho para estudos maiores de galáxias durante os primeiros milhares de milhões de anos do tempo cósmico.

Radiotelescópio


A imagem pode conter: céu

No fim de 2019, o Brasil terá um radiotelescópio no meio do sertão da Paraíba. Esse aparelho trabalha para investigar zonas espaciais inacessíveis aos telescópios ópticos, e serve para detectar e analisar as emissões radioelétricas emitidas de fontes cósmicas de rádio.

Essa construção está dentro do projeto Bingo, sigla para Observação de Gás Neutro das Oscilações Acústicas Bariônicas, que estuda as ondas eletromagnéticas.

Ele trabalha em um comprimento de ondas que corresponde às de rádio.

Estrela da Morte? Só que não !

Nenhum texto alternativo automático disponível.

Quem disse que a estrela da morte é realmente uma estrela? 

Temos aqui a Belíssima Estrela Da Morte,imagens tiradas Graças a nossa Amada Amiga Cassini,que a algumas horas Mergulhou no Gigante Gasoso Saturno o Senhor dos Anéis ;-;


Não veremos o Eclipse :(

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No dia 31/01 de janeiro, ocorrerá o primeiro eclipse lunar total do ano de 2018.

O fenômeno será visível do oeste do Pacífico, do Alasca, do oeste do Canadá, do Havaí, da Austrália, da Nova Zelândia, da Indonésia, das Filipinas, da China, do Japão e da Sibéria oriental. 

Grande parte do eclipse também será visto da América do Norte, mas os observadores orientais perderão os últimos estágios do eclipse, pois a Lua já estará abaixo do horizonte. Da mesma forma, partes da Europa Oriental e da Ásia Central experimentarão o nascer do sol após o início do eclipse. 

O eclipse não será visível da Europa Ocidental, da África e da AMÉRICA DO SUL.

Há 40 anos atrás


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Há 40 anos, a nave Soyuz-27 acoplou-se na estação espacial soviética Salyut-6 e permitiu a primeira troca de tripulação da história. 

Inaugurou-se a fase das estações espaciais permanentemente ocupadas, cuja logística que se mantém até hoje na ISS e na estação chinesa Tiangong-2.

Via: Wilson Guerra